Os índices econômicos impactam todos os produtos e serviços que são ofertados aos consumidores. Com o consórcio, não seria diferente.
Desde que a modalidade foi introduzida pela primeira vez no Brasil, nos anos 1960, teve seu boom atrelado às mudanças na economia. Naquela época, por exemplo, ela cresceu de forma exponencial devido ao interesse das pessoas em comprar o seu primeiro automóvel.
Com o passar dos anos, o consórcio passou a trabalhar com imóveis e, mais recentemente, serviços.
Esses produtos foram ofertados a partir do momento que se percebeu a necessidade dos clientes: muitos querem realizar o sonho de comprar um carro ou uma casa, mas têm dificuldades para obter empréstimo, pedir financiamento no banco ou até mesmo juntar um valor significativo para pagar à vista.
Tudo o que afeta o cliente acaba afetando o segmento de consórcio. Mas, não é só isso: o andamento da Taxa Selic e o ritmo da economia também são fatores importantes para o nosso negócio. Vamos explicar em detalhes a seguir.
Consórcio nos dias de hoje
Apesar da crise econômica nos últimos anos, a modalidade de consórcio obteve um crescimento representativo. Só em 2017, o segmento teve uma expansão de 21%, segundo a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio (ABAC). O principal motivo foi a flexibilidade de estender o prazo de pagamento e a oferta de novos produtos, como o consórcio de serviços.
Esse ritmo de crescimento se sustenta até os dias de hoje. Os dados mais recentes da ABAC mostram um aumento de até 26% de cotas de consórcio em novembro de 2019, impulsionados pelo 13º salário e pela maior confiança do cliente no segmento.
Afinal, as pessoas têm investido cada vez mais tempo em educação financeira e não querem mais perder dinheiro para os bancos e pelo financiamento, que cobram juros abusivos, além de valor de entrada e exigência de determinado valor mensal para conceder crédito.
Por ter mais acesso à informação, as pessoas querem utilizar melhor o dinheiro. Devido à sua flexibilidade e menores taxas, o consórcio tem se mostrado uma opção atrativa para quem deseja realizar o sonho de comprar um carro, uma casa ou adquirir um serviço.
Economia na vida das pessoas
Como dissemos acima, a forma com que a economia interfere na vida das pessoas impacta diretamente em nossa modalidade.
Após anos de recessão econômica, o número de empregos voltou a aumentar. Com isso, mais dinheiro está entrando no mercado, fazendo com que as pessoas se sintam mais seguras para consumir bens de pequeno, médio e alto valor.
Porém, é preciso extrair um aprendizado importante de tudo isso: as pessoas estão mais atentas à forma com que querem utilizar o dinheiro.
Por isso, transparência é essencial para que elas confiem na modalidade de consórcio e se sintam confortáveis em investir em bens de alto valor, mesmo sem ter acesso imediato a eles.
Os índices de crescimento mostram que os clientes estão confiando mais no segmento de consórcio, o que é bastante positivo. Porém, o índice de aumento de preços tem gerado desconfiança: os itens têm ficado cada vez mais caros, e as flutuações em preço de gasolina e valor de imposto predial, por exemplo, são fatores que têm interferido cada vez mais na decisão de compra dos brasileiros.
É importante que o especialista de consórcio fique atento a esses movimentos, para entender como as pessoas estão reagindo à economia. Afinal, o que atrai um cliente para o consórcio é o interesse no bem final: casa, carro ou serviço.
O meio de pagamento é uma variável importante, mas que costuma ser impactado de outras maneiras.
Política monetária e o consórcio
O sistema financeiro como um todo é afetado pelas decisões da política monetária brasileira - o Banco Central (Bacen).
É o Bacen que define o índice da taxa de juros básica, a Taxa Selic. A seguir, explicamos o que acontece ao diminuir e aumentar o percentual dessa taxa.
Diminuição da Taxa Selic
Em dezembro de 2019, o Bacen diminuiu o percentual da Taxa Selic para 4,5%, um valor considerado baixo. Isso significa que o Bacen quer estimular o consumo, ou seja, fazer com que as pessoas paguem um valor menor de juros por produtos e serviços que costumam adquirir.
O principal objetivo de diminuição dessa taxa é aquecer a economia: fazer com que os consumidores comprem mais e tomem mais empréstimo, já que sua redução se traduz em menor valor de operações para os bancos privados. Por isso mesmo, os bancos costumam oferecer condições melhores de empréstimo nesse período.
Neste cenário de queda da taxa Selic, o consórcio acaba se beneficiando com o aquecimento da economia por conta do aumento de adesões.
Aumento da Taxa Selic
Quando o mercado dá ares de que vai se aproximar de uma inflação, o Bacen costuma aumentar o percentual da Taxa Selic.
Isso faz com que as transações financeiras fiquem mais caras, resultando em aumento de juros e de preço dos produtos.
Dessa forma, o consórcio se beneficia pelo pela diminuição de crédito ao consumidor e custo final mais elevado do financiamento.
De olho na economia
De qualquer forma, é extremamente importante acompanhar o noticiário econômico. O consórcio pode se beneficiar em uma alta de consumo por parte da população, mas ultimamente tem se provado uma alternativa eficaz aos modelos tradicionais de financiamento, já que não cobra entrada nem juros.
As pessoas estão mais atentas à forma com que usam o seu dinheiro. Com a flexibilidade do consórcio, milhões de pessoas estão aproveitando para investir e pagar por um preço mais justo na sua casa, carro ou serviço.
Fique atento para tirar as dúvidas dos clientes e seja o principal propagador das vantagens de uma modalidade que permanece em constante crescimento.