Segmento injetou mais de R$ 15 bilhões no mercado em 2021
Conhecido por ser um modelo de compra programada, o consórcio de imóveis registrou bons resultados em 2021, sendo o terceiro maior setor em número de participantes, perdendo apenas para veículos leves e motocicletas. O balanço da Abac (Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios) indica crescimento de quase 35% nas vendas de novas cotas e pouco mais de 40% nos negócios realizados.
Houve no período mais de 85 mil contemplações, o que representa uma injeção financeira acima de R$ 15 bilhões. No recorte de novembro, a modalidade foi responsável por 9,6% no total de 887,04 mil imóveis financiados no período, segundo dados da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário).
FGTS no consórcio chega a R$ 179,15 milhões
O balanço da Abac também revela que, no ano passado, 3.588 consorciados-trabalhadores, participantes dos grupos de consórcios de imóveis, utilizaram os seus saldos das contas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para pagar as parcelas, quitar débitos, dar lances ou complementar créditos, chegando a R$ 179,15 milhões, de acordo com o Cepas/Caixa.
“Além de atender os objetivos pessoais, familiares, profissionais e empresariais, o Sistema de Consórcios provou estar, cada vez mais, presente na cultura financeira do consumidor. Ao ampliar os conhecimentos sobre educação financeira, o brasileiro tem procurado praticá-los, gerindo as finanças com responsabilidade, sem extravagâncias ou imediatismos, tornando sua vida financeira mais tranquila ao adquirir bens ou serviços de forma planejada e com custos mais baixos”, comenta Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da Abac.
O advogado Leandro Sender lembra que uma das vantagens do consórcio de imóveis é que o nível burocrático é bem inferior àquele necessário para conseguir um financiamento bancário. “Além disso, na modalidade não há cobrança de juros, apenas correção monetária, na maioria das vezes pelo INCC (Índice Nacional de Custos da Construção), taxa de administração, fundo de reserva e seguros”, explica Sender. Ele alerta que, antes de contratar, o interessado deve verificar se o consórcio está autorizado pelo Banco Central, acessando o site da instituição (bcb.gov.br/).
Fonte: O Dia