O consórcio de serviços superou uma marca inédita em 2021. Pela primeira vez desde sua criação, há pouco mais de dez anos, o segmento registrou mais de 200 mil participantes ativos. Ou seja, é cada vez maior o número de consumidores e empresas que estão optando pela modalidade na hora de planejar a contratação de serviços.
Os dados de participantes ativos divulgados pela assessoria econômica da ABAC são mensais. Considerando até novembro de 2021, o total de 200 mil foi superado em três oportunidades. A primeira, em julho, quando chegou a 200,5 mil participantes, enquanto a segunda foi em setembro, quando atingiu o recorde histórico de 207,4 mil consorciados ativos.
Foi no mês de novembro de 2021 que o resultado se repetiu pela terceira vez. Na ocasião, o consórcio de serviços contabilizou 200,61 mil participantes ativos. O número representa alta de 16,2% em relação a um ano antes, quando haviam 172,63 mil consorciados ativos no segmento. Em pouco mais de dois anos, esse contingente praticamente dobrou.. Isso porque a marca dos 100 mil participantes no segmento foi superada pela primeira vez em agosto de 2019, quando chegou a 102,98 mil.
Duas características fundamentais ajudam a explicar esse sucesso: a flexibilidade e a diversidade no uso dos créditos. Independente de onde o consórcio foi feito, o participante contemplado tem o direito de escolher o fornecedor ou prestador de serviços de sua preferência. Ele pode ainda usar o valor do crédito para contratar qualquer serviço. Ou seja, tudo bem mudar de ideia e usar o crédito que seria de uma viagem para reformar seu quarto, por exemplo.
Pandemia afeta mais o consórcio de serviços
Dos seis indicadores divulgados pela ABAC com dados até novembro de 2021, o consórcio de serviços cresceu em quatro deles: participantes ativos, tíquete médio, contemplações e créditos disponibilizados. Em apenas dois deles, adesões e créditos comercializados, os resultados estão inferiores ao acumulado entre janeiro e novembro de 2020. E a razão para esse desaquecimento tem um nome bastante conhecido: pandemia.
Nos primeiros meses de pandemia, entre março e maio de 2020, o setor de consórcios logo sentiu os impactos econômicos. Porém, a recuperação na grande maioria dos segmentos ocorreu logo nos meses seguintes. “É natural que o consórcio de serviços ainda siga sentindo os efeitos da pandemia, já que a prestação de serviços geralmente está ligada a um contato mais próximo entre as pessoas, o que não acontece na aquisição de bens”, pondera o assessor econômico da ABAC, Luiz Antonio Barbagallo.
Em janeiro e fevereiro de 2020, o consórcio de serviços vendeu mais de 38,6 mil cotas. Foi um volume expressivo, ainda mais considerando que, em apenas dois meses, foram comercializadas mais cotas que em todo o 1º semestre de 2019, quando foram vendidas 34,3 mil cotas. “O excelente desempenho do 1º bimestre fez com que o resultado anual permanecesse positivo em 2020, na comparação com o ano anterior. Essa elevação não deve se repetir no fechamento de 2021, mas considerando o acumulado entre janeiro e novembro, será o segundo melhor ano da história do segmento”, pontua Barbagallo.
Confira no quadro abaixo um resumo dos principais indicadores do consórcio de serviços em novembro de 2021:
Fonte: ABAC