Na última sexta-feira (27) o Governo federal lançou um programa para oferecer linha de crédito a pequenas e médias empresas com a finalidade de financiar o pagamento da folha de pagamento. A medida, que visa combater a crise provocada pelo coronavirus, foi anunciada pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em pronunciamento conjunto com o presidente Jair Bolsonaro.
Resumo da proposta:
- Receita da empresa: o crédito atenderá empresas que faturem R$ 360 mil a R$ 10 milhões por ano.
- Salário: o dinheiro será depositado diretamente para o trabalhador por meio do CPF.
- Carência para demitir: a empresa só poderá demitir o trabalhador depois dos dois meses de pagamento.
- Folha: serão financiados dois meses da folha.
- Prazos: a empresa terá carência de 6 meses para começar a pagar. O empréstimo será parcelado em 36 meses.
- Juros: a taxa será de 3,75% ao ano.
Serão liberados, no total, R$ 40 bilhões durante dois meses. “O dinheiro vai direto para as folhas de pagamento, então a empresa fecha o contrato com o banco, mas o dinheiro vai cair direto no CPF do funcionário. A empresa fica só com a dívida”, explicou Campos Neto.
O trabalhador que for atingido pelo crédito poderá receber, no máximo, dois salários mínimos mesmo que ganhe acima desse valor.
Outra medida que o governo vai adotar, é a liberação para que o banco Central compre crédito no mercado, ou seja, que possa emprestar diretamente às empresas, assim como faz o Federal Reserve (Fed), o banco central americano.
Um dos motivos é que as empresas estão com dificuldades de acessar o crédito porque os bancos estão travando os empréstimos com medo do atual cenário econômico.
Fonte: A Gazeta