A vida não está fácil para quem deseja comprar um carro premium. Além de pagar 35% de imposto para importação, o governo agora estuda aumentar o IPI dos carros de luxo e retirar as isenções do setor petroquímico. Atualmente as marcas premium pedem ao governo federal a diminuição do Imposto de Importação para 20%. A elevação poderia prejudicar operações de marcas premium como Audi, BMW, Volvo, Mercedes-Benz e Porsche.
Segundo dados da CNN Brasil, o estudo feito para o aumento do IPI sobre os carros premium já teria sido aprovado pelo ministro Paulo Guedes e agora aguarda apenas a conclusão do trabalho do fisco para ir à aprovação da presidência.
A necessidade de elevar o IPI veio depois do presidente Jair Bolsonaro diminuir o PIS/Cofins sobre o diesel, a fim de evitar uma greve dos caminhoneiros que estava agendada para a próxima segunda-feira (1). De olho na responsabilidade fiscal o executivo evita medidas que reduzam a arrecadação e, em troca, pode onerar os carros premium que já encareceram ao longo do ano por conta do dólar e do euro.
Para a Abeifa, Associação Brasileira das Empresas Importadoras E Fabricantes De Veiculos Automotores, a decisão do aumento não é vista com bons olhos. Segundo o presidente da entidade João Henrique Oliveira, o segmento premium está no "limite de exaustão financeira" e teme que com mais esse aumento, algumas montadoras fechem concessionárias ou diminuam postos de trabalho. Em contrapartida as marcas premium não tem do que reclamar e mesmo em meio à crise marcas como Porsche e Volvo bateram recordes de venda. Juntas as marcas emplacaram em 2020 10.151 veículos.
Atualmente o IPI é cobrado somente sobre veículos que são importados dos EUA, Europa e Ásia. Produtos importados do México, Argentina e Uruguai não pagam esse imposto devido aos acordos comerciais vigentes.
Fonte: Fenabrave