Nos últimos cinco anos, o número de participantes do consórcio de máquinas agrícolas aumentou 68,2% no País. Foi o que identificou pesquisa realizada em maio pela assessoria econômica da ABAC, junto às administradoras que atuam no segmento.
De maio de 2015 para maio de 2020, o volume de consorciados ativos do consórcio de máquinas agrícolas passou de 69,5 mil para 116,9 mil. Quase metade desse grupo (44%) é proveniente da Região Sul, mas o segmento também tem muita força na Região Centro-Oeste, onde estão 30% dos consorciados. Outros 15% estão na Região Sudeste, enquanto 8% são do Norte e 3% do Nordeste.
O total de consorciados que estão planejando a aquisição de máquinas e implementos agrícolas representa 33,3% dos 350,65 mil participantes ativos no consórcio de veículos pesados – na qual a compra de bens vinculados ao agronegócio se insere.
Três a cada cinco consorciados (60,4%) são pessoas físicas, identificou a pesquisa. Isso corresponde a 70,6 mil participantes. Já o total de pessoas jurídicas (36,9 mil), responde por 31,6%. Por fim, há 9,4 mil enquadrados como prestadores de serviços, representando 8%.
Dados gerais do Consórcio de Máquinas Agrícolas
A pesquisa da ABAC mostrou que a taxa média mensal de administração no consórcio de máquinas agrícolas foi de 0,111% – ou 1,33% ao ano. O prazo médio de duração dos grupos ficou em 11o meses.
Os créditos praticados variaram entre R$ 80 mil e R$ 461 mil. Com os créditos disponibilizados via contemplações, 50,7% dos consorciados adquiriram tratores de rodas, 21,7% adquiriram tratores com esteira, enquanto 20,3% preferiram implementos agrícolas/rodoviários e 7,3% colheitadeiras e cultivadores motorizados.
Diferenciais do consórcio para o agronegócio
O Brasil pode atingir safra recorde no período 2020/21, estimou a Cogo – Inteligência em Agronegócio. O volume de grãos colhidos deve chegar a 270,8 milhões, representando alta de 7% frente às 253,3 milhões de toneladas previstas para a temporada 2019/2020.
O Sistema de Consórcios é parceiro do agronegócio e tem muito a contribuir com esses resultados. Isso ocorre porque os produtores rurais têm desenvolvido novas técnicas de produtividade, que são potencializadas com novos equipamentos e contam com a participação do Sistema de Consórcios na viabilização das aquisições de equipamentos e no aumento da rentabilidade.
Existem planos especiais do consórcio para os profissionais do agronegócio. Eles contam com prazos mais longos e condições de pagamento diferenciadas, que atendem às sazonalidades das culturas.
As opções são pagamentos normais (parcelas mensais de acordo com o plano da cota adquirida pelo produtor), pagamentos anuais por safra (se adequa ao período das colheitas), pagamentos por safra com adiantamentos (também se adequa aos períodos das colheitas, mas possui adiantamentos trimestrais ou semestrais) e meia parcela (pagamento do valor de meia mensalidade, com reforços trimestrais ou semestrais).
Diferenciais do consórcio contribuem para agronegócio
O sucesso do consórcio de máquinas e implementos agrícolas apoia-se em diversos fatores, aponta o presidente executivo da ABAC, Paulo Roberto Rossi. “Em muitas ocasiões, está na disponibilização de crédito, limitados em prazos, critérios e taxas. Por outro lado, no consórcio, por se tratar de autofinanciamento, o produtor pode, a qualquer tempo, aderir a grupos em formação ou em andamento, podendo escolher os prazos e durações mais adequados às suas necessidades, com opções variadas de créditos desejados”, conclui.
Fonte: ABAC