Reação do setor produtivo de indústria e serviços e do investimento indicam caminho para a retomada após o choque causado pela pandemia
A economia brasileira vinha do forte impacto da fase mais aguda da pandemia do novo coronavírus no país. Com o fechamento de atividades, houve choque recorde. Porém, com a flexibilização das medidas de isolamento, era esperada - e foi confirmada - uma recuperação no período seguinte. Segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira, a alta do período entre julho a setembro foi a maior registrada desde 1996, início da série histórica, ou seja, o melhor resultado pelo menos em 24 anos. A conjunção da reabertura gradual com o leque de medidas do Governo Federal, como o auxílio emergencial, programas de manutenção do emprego e política de crédito para as empresas, serviu para não desmontar a capacidade produtiva do país e auxiliar na retomada.
Sendo assim, os setores produtivos de indústria e serviços, muito deprimidos no trimestre anterior, mostram forte retomada. Comparada com o 2º trimestre, a indústria avançou 14,8%, com destaque para a indústria de transformação. No caso dos serviços, o avanço foi de 6,3%, muito motivado pelo comércio, já que as atividades prestadas para as famílias, como restaurantes e hospedagens, tiveram ritmo mais lento de retomada, muito por causa do distanciamento social, flexibilizado aos poucos. Pelo lado negativo, houve queda da agropecuária, que recuou 0,5% no período.
O PIB (Produto Interno Bruto) é o principal indicados para medir o crescimento da economia de um país. O índice soma todos os bens e serviços finais produzidos em um determinado período de tempo na moeda corrente do local. É importante ver qual o impacto imediato da pandemia na economia brasileira para entender o desafio da retomada. Confira, em números, como foi o desempenho no segundo trimestre de 2019 por setor produtivo, demanda, e sua evolução ao longo dos anos.
Fonte: Veja