Setor fabricou 146,4 mil unidades até novembro e anotou alta de mais de 80% sobre iguais meses do ano passado
A produção de caminhões em novembro somou 14,4 mil unidades. Este foi o quinto maior volume de 2021, ano em que a média mensal superou os 13,3 mil caminhões. O acumulado do ano atingiu 146,4 mil unidades, uma alta de 82% sobre iguais meses do ano passado. Este é também o melhor resultado para o período desde 2013. Os números foram divulgados na segunda-feira, 6, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Com a demanda aquecida, o setor de caminhões fechará 2021 com o melhor resultado em oito anos e um total que deve superar as 156 mil unidades.
“Diferentes fatores colaboraram para a produção este ano. Além do transporte de alimentos, medicamentos, combustíveis e produtos agrícolas, contaram também a mineração, construção civil e o comércio eletrônico”, recorda o vice-presidente da Anfavea, Gustavo Bonini.
Os modelos pesados (com Capacidade Máxima de Tração, CMT, acima de 40 toneladas) somaram 72,5 mil unidades no acumulado do ano, registrando alta de 86,5% sobre iguais meses do ano passado.
O crescimento dos semipesados (com CMT abaixo de 40 toneladas) também foi significativo, com 42,3 mil unidades fabricadas e acréscimo de 73,8% sobre iguais meses de 2020. Os modelos com maior alta para o período (quase 250%) foram os semileves, mas neste caso a produção foi de apenas 1.870 unidades nestes 11 meses.
Alta de quase 80% nas exportações
Em novembro o Brasil enviou ao mercado externo 1,8 mil caminhões, anotando queda de 21,9% na comparação com outubro. Já o acumulado teve 20,8 mil unidades, ou 79% a mais pela comparação interanual. O setor permanece como o segmento de veículos com maior crescimento no mercado externo.
Os modelos pesados e semipesados também respondem pelos maiores volumes. A soma de ambos resulta em mais de 16 mil embarques e equivale a 77% de todos os caminhões exportados em 2021.
Mercado interno cresce acima dos 45%
Em novembro foram emplacados no Brasil 10,5 mil caminhões, revelando pequena queda de 5,2% na comparação com outubro. Mas o acumulado do ano ainda é forte, com 116,8 mil unidades e alta de 46,3% pela comparação interanual.
“Foi o melhor novembro desde 2014 e o acumulado é também o melhor desde aquele ano”, ressalta Bonini. Questionado sobre a perspectiva de mais um ano de crescimento para 2022, o executivo afirma: “O setor de transporte acabou se recuperando bastante em relação ao início da pandemia. E uma estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê para 290 milhões de toneladas de grãos para a safra 2021/2022. São 15% a mais que a anterior. No entanto, temos a inflação, as revisões do Produto Interno Bruto (PIB) e a escassez de semicondutores, que podem trazer impacto negativo”, recorda Bonini. Em janeiro a Anfavea divulgará suas projeções para 2022.
Fonte: Automotive Business