Fevereiro foi fraco por ter menos dias úteis, mas média diária de emplacamentos foi próxima à de janeiro
A venda de caminhões em fevereiro somou apenas 7.961 unidades, resultando em queda de 6,5% na comparação com janeiro. Foi o pior mês para o segmento desde fevereiro de 2021 (com 7,7 mil caminhões licenciados). Já o acumulado do ano indica 16,5 mil emplacamentos e alta de 10% sobre o primeiro bimestre do ano passado. Os números foram divulgados na quinta-feira, 3, pela Fenabrave, federação que reúne as associações de concessionários.
"O mercado continua aquecido, mas os juros altos e os aumentos dos custos de produção e dos combustíveis são fatores que podem impactar o segmento no decorrer do ano", admite o presidente da Fenabrave, José Andreta Júnior.
Mês tradicionalmente curto
O baixo volume de fevereiro também se explica pelo mês mais curto. A conta formal seria de 20 dias úteis, com média diária de 398 caminhões emplacados, mas, na prática, foram 19 dias úteis em razão do Carnaval, o que eleva a média para 419 unidades. Como comparação, a média diária de janeiro foi de 405 caminhões lacrados.
O setor de caminhões foi o que mais cresceu em 2021: 127,3 mil emplacamentos e alta de 42,8% sobre 2020. Para 2022 a Fenabrave estima 136,6 mil caminhões e alta de 7,3%.
VW mantém liderança, com Mercedes na cola
A Volkswagen permanece na liderança do setor, com 4.809 caminhões licenciados no bimestre, o equivalente a 29,2% de participação. A seguir vem a Mercedes-Benz, com 4.504 emplacamentos e fatia de 27,3%, o que indica uma briga boa entre ambas até o fim deste ano.
Bem atrás aparece a Volvo, com 3.216 caminhões. Sua parcela no segmento está em 19,5%. Nestes dois meses a Iveco licenciou 1.650 caminhões e detém 10% do mercado.
Fonte: Automotive Business