O guia completo para você comprar seu carro seminovo

24 de set. de 202112 minutos de leitura
O guia completo para você comprar seu carro seminovo

Muitas pessoas ainda têm receio de comprar um carro seminovo, geralmente porque não têm informações sobre o seu histórico ou porque não confiam nos vendedores.

No entanto, é possível contratar um bom profissional para fazer uma vistoria no veículo.

Existem inúmeras vantagens em comprar carros usados, desde que haja um bom controle de todo o processo, sabendo principalmente qual o valor certo a ser pago e se o automóvel se encontra em perfeito estado.

Esse é o melhor negócio para aqueles que não podem adquirir um zero km. Sem contar que o valor é sempre inferior ao do carro novo, as taxas de documentação são menores, entre várias outras vantagens que falaremos ainda neste post.

É importante ressaltar que a escolha de um carro seminovo não deve ser feita considerando apenas o preço e a aparência. Fatores como garantia, manutenção, seguro e desvalorização também devem ser levados em conta.

Pensando nisso, preparamos este guia, para que você tome os cuidados necessários e faça a melhor compra. Confira e boa leitura!

1.Quais as vantagens de comprar um carro seminovo?

Conheça as principais vantagens de comprar um veículo seminovo:

1.1. Preço

Esse é o benefício básico da compra de um carro usado em relação ao modelo zero km. Quem está à procura de preço baixo certamente vai encontrar muitas oportunidades boas nos seminovos.

Além disso, em diversas situações, com o mesmo valor que seria investido na compra de um zero, o consumidor vai poder encontrar modelos usados bem mais equipados e sofisticados no mercado.

1.2. Seguro

Além do preço de um usado ser mais baixo do que o de um carro zero, o valor do seguro também será menor.

Como sabemos, o seguro não é cobrado apenas uma vez, logo, a economia será vista ao longo dos anos em que o veículo estiver com o consumidor. Esta é, portanto, uma vantagem que será percebida em longo prazo.

1.3. Desvalorização do carro zero

Evitar que se perca muito dinheiro devido à desvalorização de um carro zero é um dos grandes motivos que leva muitas pessoas a optarem pela compra de um seminovo.

A desvalorização do zero km é aproximadamente de 20% assim que o comprador retira o carro da loja — redução que se mantém nos primeiros três anos de uso do veículo.

1.4. Documentação

A economia para adquirir um carro seminovo também se encontra vinculada à parte da documentação.

Os custos necessários para regularizar um modelo zero podem passar de R$ 1 mil. Por outro lado, o valor gasto para regularizar o veículo é apenas a taxa de transferência — que é bem mais em conta, em média, R$ 122.

1.5. Equipamentos

Em um cenário de alta competitividade e concorrência, algumas montadoras procuram adotar novas estratégias para tornar as ofertas mais atraentes.

Para tanto, elas criam novas versões dos carros, com preços mais baixos e com menos equipamentos.

Os carros seminovos, quando comparados a esses modelos, além de apresentarem um valor mais baixo ainda, possuem mais equipamentos.

Nesse sentido, os consumidores que desejam adquirir carros completos certamente vão encontrar mais satisfação nos usados.

1.6. Impostos

Todos sabem que o IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores) é pago todos os anos, certo? No entanto, muitos não sabem que as alíquotas utilizadas para o cálculo são diferentes.

Como elas incidem sobre o valor do bem, o usado leva mais vantagem, uma vez que tem um valor menor. Assim, a taxa de imposto será bem mais baixa do que a cobrada para os veículos novos.

Ainda há dúvidas se é mais vantajoso comprar um carro zero ou seminovo?

2. Como avaliar o carro seminovo antes de comprar?

Antes de contratar o serviço de um profissional que entende mais sobre carros (caso você seja leigo), você mesmo pode fazer uma inspeção e analisá-los.

Veja alguns detalhes que devem ser verificados:

2.1. Inspeção visual

Antes de começar a analisar o carro, é preciso ter uma preocupação quanto ao local e ao horário em que a análise será feita. É fundamental que o local tenha uma boa iluminação. Sempre é preferível fazer a inspeção sob a luz do sol.

Nada de fazer a avaliação em local apertado ou escuro e, claro, evite dias de chuva, já que a água pode esconder pequenos defeitos na pintura e amassados.

Confira também a distância nas frestas das portas, porta-malas e capô, pois se houver diferenças, pode ser que o carro já tenha sido reparado.

Não se esqueça de verificar os parafusos internos no cofre do motor. Se o automóvel não sofreu nenhuma colisão, certamente eles terão as mesmas características do restante da pintura.

2.2. Checagem do desgaste de peças

Um dos itens a serem checados, e que é o mais simples, é o pneu. Verifique se os pneus estão gastos.

Além disso, vale destacar que, se a banda de rodagem estiver com desgaste irregular, pode ser que haja um desalinhamento da direção ou desgaste em componentes da suspensão, o que exige uma substituição imediata.

Ah, e lembre-se de que um motor muito sujo não é um bom sinal. Porém, desconfie se ele estiver limpo demais, pois quem o limpou pode estar querendo esconder vazamentos. Por isso, é importante checar o nível de óleo.

Os hodômetros podem ser modificados facilmente. Dessa forma, é extremamente necessário que se faça uma consulta ao manual para ver as revisões realizadas — assim, é possível conferir a quilometragem.

Caso o carro já tenha saído da garantia, verifique o pedal do freio e o volante. Se o carro for muito rodado, eles apresentarão desgastes.

De qualquer forma, é preciso lembrar que nem sempre uma quilometragem baixa é sinônimo de um carro em perfeito estado. É possível encontrar modelos em bom estado de conservação e que já rodaram muito.

test drive

No test drive (parte indispensável do processo) opte por um percurso que seja possível exigir um pouco mais do carro. Então, avalie se ele sofre para subir uma ladeira ou se apresenta barulhos incomuns ao passar por valetas ou lombadas.

Verifique também se, em um trecho reto e plano, a direção não puxa para os lados, se a frenagem apresenta ruídos e se a aceleração é constante. Se apresentar algum desses sintomas, pode ser que o carro precise de manutenção.

E, por último, não deixe de verificar o histórico do automóvel no site do Detran, com o documento do carro em mãos. Dessa forma, você saberá se ele tem algum registro de roubos ou de sinistro e se possui multas pendentes.

Não se esqueça, é claro, de atentar para o código de chassi, a fim de saber se ele apresenta a mesma numeração nos vidros e no motor.

Por fim, faça uma vistoria para saber se o carro teve repintura, se foi batido ou se teve um acidente grave.

3. Por que é importante fazer uma vistoria profissional do carro seminovo?

O ideal é que a vistoria seja realizada por um especialista no assunto. Afinal, já percebemos que verificar quilometragem e ano do carro não é o suficiente. É preciso investigar as reais condições do automóvel seminovo.

Então, se você não sabe avaliar um seminovo, contrate um bom profissional para fazer uma vistoria, pois ele vai confirmar se o automóvel é o que realmente parece.

Trata-se de um serviço muito utilizado tanto por aqueles que vendem (a fim de valorizar o veículo), quanto por quem compra (que evitam ter dores de cabeça).

Os profissionais que fazem esse serviço geralmente verificam mais de 150 itens do carro, como pintura, avaliação de estruturas, colunas, restrições financeiras, chassi, motor, multas, roubo, quilometragem adulterada e furto em aberto.

Essa vistoria vai garantir uma compra com segurança e transparência, além de pagar um preço justo. O proprietário receberá um certificado de procedência com três anos de garantia contra furto e roubo, em aberto anterior à data da certificação.

4. Como saber se o preço do carro seminovo é justo?

Ainda não conseguiu compreender a forma de precificação do mercado para os automóveis seminovos? Então conheça alguns fatores que são considerados na hora da avaliação e como cada um deles vai pesar no valor final.

4.1. Tabela FIPE

No momento de fazer a compra de um carro seminovo, a primeira coisa que deve ser feita é a verificação do valor dele na tabela FIPE (Fundação de Institutos e Pesquisas Econômicas).

Primeiramente, deve-se levar em consideração que ninguém tem a obrigação de vender o carro pelo preço que é indicado na tabela. Não há uma lei que regulamente esse tipo de negociação e, portanto, o valor dele é definido pelo próprio dono.

No entanto, a tabela deve ser utilizada como referência. Consulte-a e verifique o valor para ter uma base de preço.

Lembrando que a tabela FIPE é feita a partir da média das negociações de automóveis em todo o Brasil. Para se chegar ao valor, ela elimina valores que são considerados anormais.

4.2. Ano de fabricação ou ano do modelo

Ultimamente, a prática de lançar modelos com um ano de antecedência tem sido bastante comum. Ou seja, nesse momento, as montadoras já estão começando a lançar as suas linhas 2019.

Tal prática é utilizada para valorizar a venda de carros novos, mas cria um grande problema para os usados.Isso porque esses lançamentos, na maioria das vezes, apresentam poucas modificações quando se compara com os modelos anteriores. Portanto, quem compra, fica com um automóvel de um ano e modelo do próximo ano.

Então, é fundamental levar em consideração o ano em que o carro foi fabricado, e não o modelo. Itens como quilometragem, conservação e revisões são sensibilizados devido ao uso do carro, que se dá a partir do exato momento em que ele sai da loja.

Por esse motivo, não aceite o argumento de que o ano do modelo vai valorizá-lo. Isso não vai fazer diferença na hora de você vendê-lo.

4.3. Estado de conservação

Esse é um dos itens que mais conta na hora de definir o valor do carro. Afinal, ninguém quer comprar um veículo que apresente aspecto de velho e que tenha problemas mecânicos, certo?

Isso significa que, quanto menos o carro estiver cuidado, mais dificuldade o dono terá na hora de vendê-lo, o que faz com que o preço caia muito.

A conservação do carro é algo que pode ser verificado rapidamente. Algumas técnicas infalíveis:

  • Motor: em hipótese alguma compre um carro sem antes dar um passeio. Ouça com bastante atenção o barulho do motor, para ver se apresenta ruídos anormais. Correias com desgaste geralmente produzem um assobio bem agudo;

  • Pintura: olhe a lataria do carro, como já mencionamos, sob a luz do sol. Verifique se a pintura está com brilho e se não há ondulações. Caso apresente essas alterações, é bem provável que o carro já tenha sido batido;

  • Bancos: as sujeiras vão denunciar a falta de cuidado do proprietário. Veja, também, se há marcas de queimaduras.

4.4. Quilometragem rodada

Muitas pessoas valorizam a quilometragem total do veículo. No entanto, assim como já explicamos, rodar pouco não é sinônimo de qualidade do veículo.

Entre um que rodou muito, mas que tenha as revisões feitas na concessionária, e outro que rodou pouco, mas que não apresenta nenhum carimbo de revisões no manual, opte pelo primeiro.

De qualquer forma, a quilometragem é sempre utilizada para definir o valor final de um carro. Assim, como aquele que rodou menos vale mais no mercado, é fundamental que se investigue se a quilometragem mostrada no painel é realmente verdadeira ou se foi adulterada.

Para saber isso, analise os seguintes itens:

  • Volante e manopla do câmbio: essas peças acabam se desgastando com o uso — em alguns casos ficam lisas e, em outros, esfarelam. Porém, esse é um processo bastante demorado. Então, se os itens estiverem muito gastos, isso significa que o carro já é bem rodado;

  • Pneus: um jogo de pneus, quando bem cuidado, pode durar até 50 mil quilômetros. Portanto, se a borracha apresentar muito desgaste e o hodômetro estiver apresentando uma quilometragem baixa, desconfie;

  • Placa dianteira: a placa dianteira geralmente sofre mais do que a traseira, pois recebe o vento que chega na parte da frente do carro. Caso ela esteja bem desgastada, com pontos de ferrugem e com os números se apagando, provavelmente o carro tem uma quilometragem bem alta.

4.5. Acessórios

Os carros populares têm seus valores influenciados pelos acessórios. Itens como direção hidráulica e ar-condicionado elevam o preço final do veículo.

Modelos superiores possuem acessórios mais luxuosos. Entre eles, acionamento de limpadores de para-brisa, câmera de ré, assistentes de estabilidade e sensores  de farol.

Além da tabela FIPE, itens como acessórios, quilometragem e conservação do veículo influenciam bastante na avaliação. Para não ter problemas na compra do seu carro seminovo, tenha isso em mente antes de fechar um negócio para se preparar em relação à sua questão financeira.

5. Quais as melhores formas de pagamento para comprar carro seminovo?

Entre as várias opções de comprar um carro usado, destacam-se as mais conhecidas. Veja quais são:

5.1. Financiamento

Uma forma de pagar o automóvel é pelo financiamento, seja pelos bancos das montadoras, seja por um banco comercial.

A diferença entre eles é que a taxa das montadoras são custeadas pelas próprias marcas, o que as torna mais atrativas diante das taxas dos bancos comerciais.

É preciso ressaltar que, além da taxa de juros em si, os processos de financiamento incluem encargos, como a TAC (Taxa de Abertura e Renovação de Cadastro) e o IOF (Impostos sobre Operações Financeiras).

5.2. Leasing

Esse é um tipo de financiamento que podemos relacionar com um aluguel do carro, uma vez que o automóvel permanece no nome do agente concessor até o final do pagamento das mensalidades.

Após isso, o bem é transferido para o comprador.

Alguns desses contratos são pós-fixados, ou seja, as taxas vão oscilar de acordo com a variação de câmbio — as chamadas taxas flutuantes.

Diante de uma instabilidade da moeda, essa forma de financiamento acaba se tornando um grande risco, já que pode trazer grandes perdas para o consumidor.

Além disso, o leasing exige do comprador o pagamento de uma entrada, que é uma parte do valor correspondente à compra do veículo.

5.3. À vista

A compra à vista é utilizada principalmente quando o consumidor tem o valor total do veículo guardado. Assim, ele geralmente pensa: “como eu tenho o dinheiro, o melhor a fazer é não entrar em uma dívida, então vou comprar à vista”.

No entanto, é importante reforçar que, muitas vezes, o dinheiro a ser usado na compra é o total que esse consumidor tem de reserva financeira. Então, comprando o carro à vista, ele não poderá contar com essa quantia em um momento de emergência.

Lembre-se, portanto, de sempre ter precaução. Afinal, imprevistos podem acontecer a qualquer momento. Tenha sempre uma reserva a mais quando for fazer a compra de um bem, e quando não houver essa reserva, opte por outra forma de pagamento.

5.4. Crédito direto ao consumidor

O CDC (Crédito Direto ao Consumidor) é uma forma de empréstimo pessoal, totalmente desvinculada da garantia do veículo.

O comprador solicita um empréstimo do valor ao banco e, geralmente, o seu próprio aval é a garantia do pagamento.

Existem outras modalidades de empréstimo pessoal que são vinculadas ao recebimento da aposentadoria ou de salário junto ao banco, e isso pode diminuir as taxas de juros. Entretanto, elas ainda permanecem altas, principalmente quando se compara CDC ao leasing ou ao financiamento.

5.5. Consórcio

Chegamos, então, na forma que está se tornando cada vez mais popular no Brasil. Você sabe qual é o motivo? Os consórcios, ao contrário das outras formas de pagamento já citadas, não cobram juros nas parcelas e, por isso, os custos são extremamente menores.

O grande segredo dos consórcios está na sua estrutura. Grupos de participantes que têm o mesmo interesse em comprar um bem ou adquirir um serviço são formados por uma administradora de consórcios.

Tais grupos, todo mês, contribuem para uma poupança comum que vai servir para financiar a compra de todos os consorciados.

Mensalmente, consorciados são contemplados por meio de lances ou de sorteios e, assim, cada um do grupo vai conquistando o seu sonho.

O consórcio para carros seminovos é, portanto, considerado uma das formas mais vantajosas de fazer uma compra, pois não existe a cobrança de juros.

Lembrando que o comprador interessado em participar de um consórcio de carros para adquirir o seu seminovo deve optar por uma administradora autorizada pelo Banco Central para exercer a sua atividade.

Assim, ele se torna um consorciado com segurança e com a certeza de que vai conseguir conquistar o seu bem.

Quem optar pelo consórcio concorrerá a um sorteio mensal de sua carta de crédito — valor escolhido na contratação do consórcio para fazer a compra do bem — e, assim, adquirir o carro de sua preferência.

Lembrando que os consorciados que tiverem a intenção de acelerar o recebimento dessa carta podem dar lances.

Caso o veículo tenha um valor inferior à carta de crédito, a diferença pode ser utilizada para cobrir demais gastos.

Se o carro for mais caro, o consorciado pode cobrir a diferença. Depois desse processo, o participante continua pagando as mensalidades do consórcio, até o fim do contrato.

Precauções

Por fim, antes de assinar o contrato, é fundamental que se tome algumas precauções:

  • Atente para as condições de contemplação. Tudo o que o vendedor prometeu a você deve constar no contrato;

  • Leia com atenção todas as cláusulas e só assine se não restar dúvidas;

  • Verifique quais são as regras do Banco Central e não se esqueça de pesquisar sobre a administradora, para verificar se ela está de acordo com todas as exigências. Para isso, use o CNPJ da administradora.

Como você pode perceber, as regras para comprar um modelo seminovo são bem simples, e podem valer muito mais a pena do que comprar um carro zero km.

Siga as nossas dicas para fazer uma compra consciente. E, claro, opte pela forma de pagamento que vai te deixar tranquilo com sua saúde financeira! Confira os planos de consórcio da Embracon para você comprar seu carro seminovo ou zero km, se preferir.

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