Para muitas pessoas, comprar um carro é realizar um sonho. O carro dá mais liberdade de locomoção, além de conforto e melhoria de bem-estar como um todo.
Muitas pessoas romantizam esse tipo de compra porque querem desfrutar dos muitos benefícios de se ter um automóvel. A pandemia de Covid-19 fez com que o desejo por um automóvel aumentasse ainda mais: por conta do isolamento social, muitas pessoas optaram por se locomover com seus automóveis. Quando isso não era possível, o uso de algum aplicativo de carona era a preferência para ir de um local a outro.
Independentemente da sua fase de vida, a compra de um carro tem tudo para facilitá-la. Quem está prestes a completar a maioridade, por exemplo, quer mais liberdade para sair com os amigos ou até mesmo cumprir a rotina de trabalhar e estudar no mesmo dia. Porém, pessoas já inseridas no mercado de trabalho ou até mesmo bem estabelecidas também podem desfrutar do benefício de ter um carro pela primeira vez: elas podem buscar mais conforto para o dia a dia e realizar uma série de atividades que não poderiam caso dependessem do transporte público ou aplicativos de carona.
Por mais que as pessoas tenham passado mais tempo em casa, devido ao isolamento social, a compra de um carro dá mais liberdade para que elas possam fazer o que desejam: ir ao trabalho, fazer compras ou até mesmo um simples passeio de fim de semana.
Se antes as pessoas se esforçavam em busca da compra de um modelo zero km, atualmente existem tantas opções, que os seminovos têm caído cada vez mais no gosto popular. Para se ter uma ideia, os seminovos ficaram tão atrativos, que tiveram maior aumento de preço do que os carros zero nos últimos anos.
Mas, quando se fala em ter o primeiro carro, é importante levar em consideração algumas particularidades: fatores como dinheiro à disposição e objetivo de uso do automóvel são importantes, mas o gosto pessoal também deve ser analisado. Afinal, um carro não é um bem barato e, se não tivermos o mínimo de apreço por ele, provavelmente a experiência não será muito boa.
A compra de um carro é um dos momentos mais importantes de nossas vidas. Trata-se de um bem de alto valor, portanto, é necessário fazer uma boa escolha e que esteja dentro de suas expectativas.
Muitas pessoas já têm o modelo de carro que deseja na cabeça, mas precisam fazer uma pesquisa mais aprofundada na hora efetiva da compra. É preciso pensar em um modelo que tenha um valor aceitável, de acordo com os seus rendimentos mensais, e até mesmo entender características que se alinham às suas necessidades, como potência, consumo e até reposição de peças.
Mas, quais fatores devem ser levados em consideração na hora de comprar um carro? Confira nossas dicas a seguir.
Entenda qual tipo de carro você deseja comprar
Como já antecipamos, a compra de um carro precisa estar alinhada às suas necessidades. Por mais que você tenha um modelo em mente, é preciso ir a fundo nessa questão, para ter uma escolha mais assertiva.
Se você mora sozinho, por exemplo, vale se perguntar: qual o objetivo de se ter um carro? Sair para viajar com mais frequência? Usá-lo somente para passeio? Trabalhar?
E, se morar com a família, precisa levar em consideração um modelo que atenda a todos, incluindo mais espaço interno ou até um porta-malas maior.
Quem precisa de um carro para trabalhar precisa considerar o consumo - principalmente a relação de quilômetros por litro de combustível. Quanto maior a quilometragem por litro, mais econômico o carro é. Considere modelos flex (que dão a possibilidade de abastecer tanto com etanol, como gasolina) ou até mesmo avalie a opção de kit gás, que pode deixar seu modelo mais econômico.
Mas, se a ideia é ter um modelo para passeio, você pode priorizar outros fatores, como espaçamento interno, acabamento dos materiais (como bancos de couro, por exemplo), painéis multimídia (para quem gosta de ouvir as músicas do seu streaming favorito enquanto dirige), entre outros modelos.
Claro que, quanto mais configurações você exigir em sua avaliação, mais caro será o modelo.
Aproveite as diferentes opções que existem no mercado para identificar o que realmente faz sentido para a sua realidade. Se a ideia é um modelo mais econômico, carros hatch podem atender ao que você precisa. No caso de se ter mais comodidade e conforto, quem sabe um SUV ou um sedã médio?
Após entender as facilidades de cada um deles, você pode considerar os modelos. Vale a pena considerar uma avaliação mais precisa - e nem é preciso sair de casa para fazer isso.
Assista a vídeos de especialistas que realizam test drive, consulte os valores na Tabela Fipe e considere montar uma planilha com as principais configurações de seus modelos favoritos. Vamos explicar como você pode fazer isso.
Faça comparativo de modelos
Quando se cria um comparativo entre os carros que deseja, fica mais fácil tomar uma decisão acertada na hora de comprar um carro.
Para isso, você pode contar com uma planilha ou até mesmo um quadro em branco. Coloque as características principais, uma a uma, principalmente: valor do carro, consumo, facilidade de revenda, entre outros (que iremos detalhar ao longo deste artigo).
Você pode ser detalhista neste momento e colocar um campo como espaçamento interno (se agrada ou não) ou até mesmo colher novas percepções com um test drive.
É possível agendar um test drive nas concessionárias, sem ter o compromisso de compra. Se realmente quiser entender se o veículo vale a pena para você, este teste é essencial. Considere dirigir todos os carros que estão em sua lista para, então, decidir qual é o melhor para você e para sua família.
Conheça os tipos de carro
Hatch
Os carros hatch são muito procurados por sua versatilidade e, principalmente, por seu excelente custo-benefício.
Geralmente são econômicos: seus modelos têm motor entre 1.0 e 1.6, ótima opção para quem costuma se locomover bastante em grandes metrópoles. Alguns modelos de hatch esportivo chegam a ter motores 2.0, que acabam consumindo mais combustível (mas são mais potentes).
Embora sejam compactos, existem modelos de carros hatch 4 portas, que acomodam tranquilamente até 5 pessoas - embora nem todos fiquem extremamente confortáveis.
Os principais modelos são Volkswagen Gol, Ford Ka, Renault Sandero e Chevrolet Onix, o mais vendido da categoria.
Em linhas gerais, o hatch é a opção perfeita para quem mora sozinho e costuma rodar bastante com o carro. Mas, se precisar de mais espaço no porta-malas ou pretende encarar a estrada em alta velocidade, vale a pena considerar outros tipos de carro.
Sedan
Nos últimos anos, houve um grande ‘boom’ de modelos sedan no mercado, ampliando uma oferta que atende a diferentes necessidades. Existem modelos que atendem bem famílias pequenas, ou até os mais luxuosos, com tecnologia de ponta e motores mais turbinados.
SUV
SUVs são modelos mais robustos e excelentes opções para grandes famílias - ou para aqueles motoristas que gostam de viajar com parentes e vizinhos. Existem modelos que transportam até 7 pessoas, com conforto e bastante espaço no porta-malas, para levar uma boa quantidade de bagagem.
Se você tem um perfil mais esportivo, e gosta de viajar com pranchas de surfe, bicicleta ou até jet-ski, a SUV se apresenta como uma opção adequada, porque permite carregá-los com segurança.
Quando se fala em conforto o SUV se apresenta como melhor opção que o sedan, já que sua suspensão suaviza lombadas e pequenos obstáculos no caminho. Os principais modelos são o Honda HRV, Hyundai Tucson, Renault Duster e Peugeot 3008.
Caminhonete
A caminhonete é adequada para quem costuma transportar itens pesados, como eletrodomésticos, equipamentos industriais ou grande quantidade de mercadorias. Além disso, é a melhor opção para estradas esburacadas - mesmo carregando cargas pesadas (há modelos que podem carregar até 1 tonelada na caçamba).
O motor e a suspensão são as principais vantagens deste modelo, que hoje conta com boa versatilidade: é possível investir em um mais compacto, como um Fiat Strada, ou um mais robusto, como Ford Ranger. Mas, ao considerar uma caminhonete, leve em consideração que, geralmente, os modelos comportam dois passageiros, e os que comportam mais pessoas não fornecem tanto conforto.
Esportivo
Os esportivos chamam atenção por seu design arrojado e se adequam ao perfil de motorista que gosta de trabalhar com conforto no meio da semana e programar viagens aos sábados e domingos. São excelentes opções para quem curte aventuras, conhecer novas pessoas ou causar boa impressão ao chegar na balada e curtir com os amigos.
Vans
Dificilmente uma van é considerada na decisão de compra de um carro, mas pode ser uma ótima opção para quem pretende trabalhar transportando pessoas em passeios, viagens e eventos corporativos. Para momentos de lazer, é a melhor opção para chamar dezenas de amigos, vizinhos e familiares.
Pode não parecer, mas esta categoria é bem versátil. Modelos como Fiat Fiorino e Renault Kangoo são propícios para levar pequenas cargas. Mas, quem pretende investir em uma van para transportar uma grande quantidade de pessoas pode contar com a Mercedes-Benz Sprinter ou Fiat Ducato.
Fatores que devem pesar em sua avaliação
Durante o comparativo de modelos, você precisa considerar pelo menos os seguintes dados:
Consumo: é o total de quilometragem por litro que o veículo faz com o combustível. Além dos carros convencionais, você pode considerar um carro híbrido ou totalmente elétrico - que, embora economize bastante, custa bem mais caro que os demais veículos.
Manutenção: pesquise o valor das peças do veículo ou até mesmo a sua oferta no mercado nacional. Por mais que você não esteja pensando em levá-lo ao mecânico tão cedo, este fator é importante, porque vai influenciar nos gastos correntes com o seu veículo.
Potência: se a ideia é ter um carro para passeio ou para viajar, a potência é um fator a ser levado em consideração. Se você gosta de acelerar bem nas avenidas e estradas, precisa de um veículo que entregue o que você precisa. Além do mais, a potência ajuda a entender se um modelo pesado demais não terá sua performance comprometida, por exemplo.
Capacidade de revenda: uma pesquisa na tabela Fipe pode ajudar a entender se o carro que você quer comprar costuma se valorizar ou não. Você pode pesquisar na ANFAVEA quais são os modelos mais procurados e emplacados pelos consumidores, para saber se o seu veículo terá um bom preço quando decidir vender ou trocar no futuro.
Preço: o preço, claro, é determinante para a escolha do seu carro. Veja se o valor final está condizente com seus rendimentos mensais, para não gerar uma grande dívida. Lembre-se que um carro mais caro também possui um valor de IPVA mais elevado (já que seu valor é calculado sobre o preço do carro) e tem influência no valor do seguro.
Para ter ainda mais segurança na avaliação, você pode considerar outros fatores, como conforto interno, tamanho do porta malas, design etc. Sinta-se à vontade para determinar os parâmetros que vão influenciar na escolha do seu carro: você pode configurar a sua planilha ao listar cada uma dessas características.
Zero km ou seminovo?
No processo de escolha do seu carro, você precisa determinar se tem preferência por um modelo seminovo (que, geralmente, tem até 5 anos de uso) ou um zero km, que pode ser customizado a partir das opções dadas pelas concessionárias.
A seguir, vamos explicar as vantagens e desvantagens dos modelos zero km e seminovos.
Vantagens do zero km
Se você deseja ter um carro novinho, que não vai dar problemas mecânicos tão cedo, pode contar com um modelo zero km.
Dependendo do carro que deseja comprar, você tem a autonomia de customizá-lo da forma como desejar, como adicionar bancos de couro, itens opcionais, entre outros. A garantia de fábrica também é outro componente importante de um carro zero: algumas marcas podem dar mais de cinco anos, o que dá uma segurança a mais ao condutor, caso depare com algum defeito de fábrica ou tenha que trocar alguma peça, por exemplo.
Por nunca ter sido rodado, o carro zero km tem uma vida útil maior. Quando você for pensar na revenda, muito provavelmente conseguirá um bom valor na transação, principalmente se tiver rodado por pouco tempo com o veículo.
Desvantagens do zero km
As principais desvantagens de um carro zero km têm a ver com preços. Você paga mais caro pelo veículo, que passa por um processo de desvalorização assim que você o tira da concessionária. Para se ter uma ideia, você acaba perdendo mais de 15% do valor só por rodar com o carro pela primeira vez.
Além disso, precisa pagar um valor mais elevado de IPVA, que é calculado sobre o valor venal do veículo. Por ser mais caro, o dinheiro dedicado a um zero km pode comprar um seminovo mais luxuoso e com mais itens opcionais.
Vantagens do seminovo
A principal vantagem do seminovo está relacionado ao seu preço: você paga menos por um modelo que pode proporcionar mais conforto do que se comprasse um modelo zero km.
Além disso, os seminovos não desvalorizam tanto quanto um modelo zero km - tanto que sua depreciação é até 10% menor que a de um carro zero.
Ao escolher a compra de um modelo hoje, por exemplo, quando quiser vendê-lo daqui dois anos, a diferença não é tão grande quanto a tentativa de venda de um carro que foi comprado na concessionária zero km.
Outra vantagem é pagar um valor menor de IPVA e de seguro - dependendo do modelo que escolher, é claro.
Desvantagens do seminovo
É preciso tomar alguns cuidados ao optar pela compra de um seminovo. Antes de tudo, pesquise o histórico do carro que deseja comprar, para saber se possui multas em aberto ou algumas batidas que possam ter comprometido a carroceria do veículo, por exemplo.
Após a compra, visite o seu mecânico de confiança, para saber se tudo está em ordem com o veículo. Se possível, vale a pena fazer essa avaliação até mesmo antes da compra: chame alguém de confiança para olhar o modelo que deseja comprar, para verificar se realmente o preço justifica o estado do modelo.
Pesquise a reputação do local em que vai comprar o seu carro, para evitar qualquer tipo de experiência frustrante.
Vale lembrar que, em muitos casos, a garantia do veículo pode ter expirado. E, dependendo do estado do veículo, muito provavelmente você terá que ir ao mecânico com maior frequência do que se tivesse comprado um zero km.
Como funciona o consórcio de veículos
O primeiro passo para fazer o seu consórcio de veículos é ter uma noção do valor do bem que deseja comprar. Para isso, você pode pesquisar a tabela Fipe, para entender o preço do seu carro.
No consórcio, o valor total do bem serve como parâmetro para determinar a carta de crédito, que equivale ao preço do bem. Na verdade, com o consórcio você investe para ter acesso ao valor da carta de crédito, que vai possibilitar a compra do carro quando você for contemplado.
Ao escolher a carta de crédito, não é preciso ficar tão fixado ao valor exato do bem que deseja comprar. Isso porque, ao ser contemplado, sua carta de crédito passa por reajustes anuais, devido à inflação (iremos explicar como funciona mais adiante). Além disso, você não precisa utilizar todo o valor da carta de crédito para a compra do bem.
Depois que tiver uma ideia do valor do carro que deseja comprar, já pode realizar o processo de simulação de consórcio, que iremos detalhar a seguir.
Simulação
Após ter um valor de referência, é preciso selecionar uma administradora que possua autorização do Bacen para seu pleno funcionamento - como a Embracon, por exemplo.
Selecione o consórcio de automóveis para, então, dar início ao processo de simulação.
A primeira informação pedida é o valor da carta de crédito, que equivale ao valor total do carro. Depois disso, basta inserir a quantidade de mensalidades em que deseja dividir. Como retorno, a administradora já informa o valor da parcela de consórcio, com o acréscimo das seguintes taxas:
Taxa de administração: serve para remunerar a empresa de consórcio por todos os serviços realizados, como simulação, formação dos grupos, entrega das cartas de crédito, entre outros serviços, que vão viabilizar a contemplação do consorciado.
Fundo de reserva: trata-se de um valor cobrado com o objetivo de proteger os grupos da possível inadimplência de alguns integrantes. Como o consórcio conta com a mensalidade dos consorciados para o fundo comum, o fundo de reserva é tido como uma garantia de saúde financeira dos grupos durante o pagamento das cotas.
É possível simular o bem quantas vezes achar necessário. Seu objetivo é possibilitar ao interessado verificar um valor de mensalidade que caiba em seu orçamento pessoal.
Durante o processo de simulação, os dados pessoais são pedidos, para que um especialista de consórcio entre em contato e possa formalizar o contrato de adesão.
Fechamento do contrato
Nesse momento, você define o melhor valor de carta de crédito. A administradora faz uma rápida análise de crédito, para verificar se a mensalidade não ultrapassa 30% dos seus rendimentos mensais. Essa medida é tomada para evitar casos de inadimplência por parte do consorciado. Afinal, quando uma ou mais pessoas deixam de pagar, podem colocar o fundo comum do grupo em risco, comprometendo as contemplações. (É por isso que as administradoras fazem a cobrança do fundo de reserva.)
É possível fazer consórcio com nome sujo. Porém, você precisa resolver sua situação até que seja contemplado - momento em que a administradora faz uma análise de crédito mais minuciosa.
Antes da assinatura, o representante da administradora pergunta se você deseja fazer um seguro para o seu consórcio.
Participação nos grupos
É preciso estar com o pagamento em dia para participar das assembleias, que acontecem uma vez por mês com o objetivo de definir os contemplados do consórcio.
A contribuição mensal de cada um garante a participação nos grupos - quando você deixa de pagar uma ou mais mensalidades, não pode participar das assembleias e nem ser contemplado.
Pagamento das mensalidades
Como já antecipamos, o pagamento da mensalidade é essencial para que você participe do consórcio.
No fechamento do contrato, você já fica ciente do valor da sua mensalidade e do valor da carta de crédito em que está investindo.
A cada aniversário da sua cota, sua mensalidade passa por reajuste. Essa medida é feita para preservar o poder de compra da sua carta de crédito.
Quando você realiza a simulação de um bem, espera que o valor escolhido da carta de crédito seja suficiente para a compra. Porém, até que você seja contemplado, podem se passar anos. E, como a nossa moeda pode valorizar ou desvalorizar nesse período, o reajuste da mensalidade se faz necessário. Afinal, a administradora precisa garantir que o valor simulado há, por exemplo, dois anos, seja suficiente para a compra do bem que você havia imaginado.
O reajuste é aplicado diretamente no valor da carta de crédito e, então, dividido nas mensalidades. Para o consórcio de automóveis, é levado em consideração o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) como indexador.
Portanto, o reajuste é aplicado em benefício do próprio consorciado.
Ao determinar o valor da sua mensalidade, leve esse detalhe em consideração para que, com o passar dos anos, o valor da sua cota não prejudique seus rendimentos mensais.
Formas de contemplação
As contemplações acontecem nas assembleias, que são realizadas uma vez por mês. Os grupos podem determinar regras específicas mas, em geral, um consorciado é contemplado por sorteio e outro pode ser contemplado por lance.
Todos os consorciados que pagam corretamente suas mensalidades estão elegíveis para os sorteios. Para isso, a administradora conta com o sistema da Loteria Federal.
Caso não queira aguardar o sorteio, você pode antecipar sua aquisição com a oferta de um lance, que é um valor a mais que cada um pode tentar nas assembleias. Pelo lance livre, que é a modalidade mais comum, a maior oferta define o vencedor. Nenhum consorciado pode ver as ofertas dos integrantes do grupo.
Caso você faça uma oferta, mas outro consorciado seja contemplado, não se preocupe: seu valor não é debitado para a administradora, e você pode tentar o lance nos meses seguintes. É uma boa oportunidade para juntar um valor ainda maior e, assim, aumentar suas chances de contemplação.
Independente da forma que for contemplado, é preciso passar por uma análise de crédito feita pela administradora. Além de avaliar seus rendimentos mensais, uma série de documentações é pedida. Siga as recomendações, para não perder o acesso à carta de crédito.
Como usar a carta de crédito ao ser contemplado
Ao ser contemplado, você finalmente tem acesso à sua carta de crédito para a compra do seu carro com o consórcio.
Por conta do reajuste anual, pode acontecer de a carta de crédito ter um valor maior que o originalmente contratado.
Com a carta em mãos, você pode finalmente escolher o carro que deseja comprar. Ela possui poder de compra à vista, o que dá uma excelente margem de negociação. Você pode chegar em uma concessionária e pedir um bom desconto: é possível obter até 10% de desconto do valor original com o pagamento à vista.
Você pode comprar um carro zero km em uma concessionária ou um seminovo com até cinco anos de utilização - contanto que esteja em boas condições.
Saiba como escolher seu carro
Para alguns, pode ser um processo divertido. Para outros, a escolha de um carro pode levar mais tempo do que se esperaria.
Embora muitas pessoas tenham seus modelos de carro favoritos, a hora da compra precisa obedecer uma série de critérios: será que tenho dinheiro para a compra do carro que quero? E, sendo mais profundo: será que ele realmente atende às minhas necessidades?
Felizmente existem diversas opções no mercado, portanto, achar um modelo que seja agradável e que caiba no orçamento pode ser uma tarefa menos penosa do que você imagina.
Mas, qual o processo certo para a escolha de um automóvel? Acompanhe nossas dicas a seguir.
Defina o tipo de carro que precisa
A primeira etapa na escolha de um veículo é definir o tipo de carro que você precisa. Se você mora sozinho, esse processo pode ser mais simples: primeiramente, é preciso analisar seus rendimentos mensais e identificar um valor de mensalidade que não pese no seu bolso.
O consórcio permite o parcelamento para a compra - mas, para isso, tem como base o valor de carta de crédito, que corresponde ao carro que deseja comprar. Dependendo do valor selecionado, a mensalidade pode ficar mais alta.
Se tiver com muitas dúvidas do modelo de carro, comece pela simulação de um consórcio. A partir dos valores de mensalidade, você pode ter uma ideia do necessário para a carta de crédito.
É possível dar início ao pagamento da sua cota sem ter escolhido o seu carro. Afinal, o consórcio de automóveis conta com a carta de crédito como objetivo, e isso pode ser definido com antecedência. Aí, ao ser contemplado, você utiliza o valor para a compra do carro que escolher enquanto paga as mensalidades.
Se você mora com a sua família, precisa entender qual o modelo de veículo que melhor atende a todos.
Por exemplo, se você quer um carro para circular bastante pela cidade e trabalhar, pode considerar um modelo hatch e que seja econômico - para isso, você pode analisar quantos quilômetros o veículo faz por litro de combustível. Mas, se mora com a família e deseja passear bastante e com conforto, pode considerar outros modelos, como SUV e sedã, que possuem maior espaçamento interno e proporcionam mais bem-estar ao longo da direção.
Quem trabalha com entregas pode considerar minivans ou até uma picape ou caminhonete. E o consórcio também possui planos específicos para quem deseja um automóvel maior, como um caminhão ou van: para isso, conte com o consórcio de veículos pesados.
Pesquise os preços com antecedência
Após decidir o tipo de carro que deseja comprar, o próximo passo é pesquisar os preços.
A melhor forma de fazer essa consulta é por meio da tabela Fipe, que lista os valores dos veículos a partir do ano e do modelo. Mas, antes disso, é preciso ter uma ideia do carro que deseja comprar, para não se perder em meio a tanta informação disponibilizada.
Um dos principais aspectos da tabela Fipe é mostrar o preço de veículos novos e seminovos a partir de modelos bem específicos. Por exemplo, se você quer comprar o modelo top de linha do carro popular, pode listar utilizando a Fipe e até comparar o preço com os demais modelos do mesmo veículo, para ver se compensa ou se está dentro de seu orçamento.
Ao navegar pela internet, você também pode pesquisar por comparativos de modelos ou até mesmo test-drives feitos por especialistas. Fique aberto às diferentes opções: às vezes o carro que você tanto deseja pode ter um alto consumo de combustível, o que fará com que você gaste mais sempre que for ao posto de gasolina.
Se você tiver mais de uma opção em mente, melhor ainda. Pode acontecer de o modelo estar praticamente inacessível no momento da compra - principalmente quando a ideia é comprar um seminovo.
Utilize uma tabela de comparação com os modelos que você considera comprar. Assim, as vantagens ficam perceptíveis e as chances de fazer uma ótima escolha aumentam. Nessa tabela, considere o valor do automóvel, consumo de combustível, reposição de peças, motor e até mesmo comentários de especialistas, para garantir a melhor tomada de decisão na hora da compra.
Entenda quais são os custos fixos e variáveis do seu carro
A compra de um carro envolve diferentes tipos de custos. A seguir, vamos explicar um pouco como funcionam os custos fixos e variáveis de um veículo:
Custos fixos: quando falamos de custo fixo, estamos mencionando aqueles gastos que, independente do uso do carro, serão frequentes e obrigatórios com a compra. É aí que entra o valor da mensalidade do consórcio, que você define com antecedência no momento de simulação no site da administradora. E existem gastos adicionais, como IPVA, que costuma ser cobrado sempre no início do ano, e taxa de licenciamento. É extremamente recomendado que você pague pelo seguro do seu carro, para se prevenir diante de algum tipo de acidente ou até mesmo furto e roubo. A partir do momento que você tem acesso à apólice, precisa se comprometer com o pagamento, que pode ser parcelado diretamente com a seguradora.
Custos variáveis: se referem ao custo que pode ser alterado com o passar do tempo. O custo variável mais conhecido de um veículo é o preço do combustível: depende do quanto você roda com o seu veículo para determinar quanto gastará mensalmente com idas ao posto de gasolina. Além disso, é preciso considerar manutenção, como revisões anuais e possíveis avarias da parte mecânica do carro, como pastilhas de freio, embreagem etc. Gastos indesejáveis e não previstos, como multas, também entram na listagem de custos variáveis.
Quando se compra um carro zero km, a tendência é gastar menos com os custos variáveis e mais com os custos fixos. Isso significa que valor de seguro e IPVA podem ficar mais caros, porém você não precisa se preocupar por um bom tempo em ir ao mecânico.
Por mais que você pesquise previamente o modelo do carro, é difícil estimar com exatidão os custos que se têm com o carro. A melhor forma de lidar com isso é manter uma planilha de finanças pessoais e contar com uma reserva de emergência antes de efetuar a compra.
A partir do primeiro dia que tiver com o carro em mãos, liste em sua planilha todos os gastos relacionados ao carro, para que tenha uma ideia do quanto ele compromete seu orçamento mensal. Custos variáveis podem ser ajustados com uma saída menos frequente com o seu veículo, por exemplo.
Se você já possui um modelo de carro, e quer comprar um novo, tenha uma noção do quanto esses valores impactam seu orçamento. Isso vai ajudar a escolher o próximo modelo. Por mais que alguns gastos aumentem, em alguma ponta certamente você pode economizar.
Por exemplo, você pode até gastar mais de IPVA anualmente, mas com um carro zero ou seminovo, provavelmente não terá que se preocupar com troca de peças ou manutenção.
Entenda que o carro deve atender ao que você precisa, e isso representa lidar com alguns gastos ao longo do caminho. Quanto mais preparado você estiver para esse tipo de compra, maiores serão as chances de ter uma excelente experiência com o seu novo veículo - ainda mais com a compra por meio do consórcio, que representa uma economia significativa diante do financiamento, por exemplo.
E aí, já sabe qual será o próximo carro em sua garagem? Faça uma simulação de consórcio de veículos e economize a longo prazo em sua compra.