Cuidados para se ter antes de investir

5 de set. de 20224 minutos de leitura
Cuidados para se ter antes de investir

Nos últimos anos, o Brasil tem passado por diferentes tipos de crise que, de uma forma ou de outra, comprometeram o poder de compra do brasileiro. Da alta da taxa básica de juros à chegada da pandemia de Covid-19, que comprometeu setores importantes da nossa economia, a necessidade de se ter uma relação melhor com o dinheiro só tem aumentado com o passar dos anos.

Para se ter uma ideia, o termo educação financeira tem apresentado um índice de crescimento nas pesquisas online. De acordo com uma pesquisa recente feita pelo Instituto Locomotiva, 41% passaram a pesquisar mais sobre o tema ao longo de 2020, tendência que deve aumentar nos anos seguintes.

Porém, as pessoas ainda possuem algumas dificuldades ao lidar com finanças no dia a dia. Uma pesquisa realizada pela empresa de educação financeira Leve revelou que mais de 52% dos brasileiros não conseguem se organizar financeiramente para atingir metas de médio e longo prazo. Embora muitos citem o baixo orçamento como o principal entrave, mesmo entre as pessoas que ganham um pouco a mais, o planejamento financeiro acaba sendo uma barreira.

Nos últimos anos vimos uma enxurrada de conteúdo sobre como investir nas redes sociais e em diversos blogs. É preciso ficar atento a algumas dessas dicas, porque muitas delas prometem retorno rápido e fácil com simples aplicações.

Infelizmente, na prática as coisas não funcionam dessa maneira. Fazer com que o dinheiro trabalhe para você, como muitos afirmam, é uma tarefa árdua que exige mudança de comportamento, dedicação e comprometimento de todos os envolvidos. Se você é responsável por uma família, por exemplo, precisa contar com a colaboração de seus entes queridos para atingir seus objetivos.

Para que você tenha uma boa experiência ao entrar no mundo dos investimentos, confira nossas dicas a seguir.

Como começar a investir

Antes de pensar em guardar dinheiro, é preciso pensar: qual o seu objetivo ao investir? Proporcionar mais conforto para a sua família? Comprar um bem de alto valor para formar um patrimônio? Ou, quem sabe, garantir um futuro promissor para os filhos?

Às vezes podemos ter diversos objetivos de uma só vez, o que só aumenta a necessidade de se fazer um investimento.

Quando somos movidos por um propósito, ficamos mais propensos a ter um compromisso com o investimento. E, sim, você pode começar aos poucos.

Antes de tudo, é preciso eliminar todas as dívidas que possui. É complicado pensar em guardar dinheiro quando se está com o nome sujo na praça, porque os juros das dívidas sempre tendem a ser maiores que os juros que você ganharia deixando o seu dinheiro em alguma aplicação.

Portanto, se organize para pagar as dívidas que possui. Veja se é necessário fazer algum tipo de acordo. Se conseguir pagar à vista, melhor ainda, porque você paga um índice bem menor de juros. Mas, se tiver que parcelar a dívida, mantenha um valor mensal que seja compatível com o seu bolso, para não ter que ficar renegociando diversas vezes.

Comece a juntar dinheiro

Depois de eliminar as dívidas, dê uma olhada em seus gastos mensais. O ideal é começar cortando os gastos superficiais: fatura do cartão de crédito, TV a cabo, entre outras opções. É importante que a família esteja envolvida nessa discussão, para que essa mudança de hábito não seja prejudicial para ninguém.

Você pode fazer os cortes aos poucos. O importante é que, no fim do mês, você consiga destinar um pouco de dinheiro com a finalidade de investir.

Para isso, você pode adotar algumas táticas. Uma delas é conversar com o gerente do banco ou adquirir um produto que desconte automaticamente de sua conta corrente o valor sempre que cair seu salário, por exemplo.

Só fique atento ao tipo de produto financeiro que pretende usar para essa finalidade. Alguns investimentos de renda fixa, por exemplo, precisam de um tempo até que possam ser resgatados.

De início, vale a pena investir em produtos que possibilitam fácil resgate, ou seja, dê permissão para saque quando você precisar. A poupança é o meio mais conhecido para essa finalidade, porém seus rendimentos são ínfimos: atualmente, ela rende um percentual menor que a inflação, ou seja, se você deixar seu dinheiro parado na poupança por um ano, ele pode se desvalorizar.

Existem contas digitais que rendem com percentual aplicado ao CDI e que se apresentam como uma boa opção. Aliás, antes mesmo de pensar em uma finalidade para seu investimento, é preciso garantir segurança para você e sua família. É aí que entra a reserva de emergência.

Por que ter uma reserva de emergência

A reserva de emergência consiste em, pelo menos, seis vezes os seus rendimentos mensais. Ela deve ser guardada em uma conta apartada de sua conta corrente, mas que seja de fácil resgate para lidar com alguns imprevistos, como perda de renda, doença, entre outros casos graves.

Com uma reserva garantida, você tem mais segurança para aplicar o seu dinheiro de diferentes formas.

Não tenha medo de começar com pouco

Você pode começar guardando R$ 50 por mês e, aos poucos, ir aumentando, conforme se tem uma folga maior nos seus rendimentos mensais. O importante é manter o hábito de poupar, pensando sempre a longo prazo.

Considere a possibilidade de ter uma renda extra e, claro, sempre diminuir o que considerar supérfluo. Com pequenas atitudes, você pode dar um passo extremamente importante para garantir a segurança que a sua família precisa.

Mantenha controle de seus gastos com a ajuda de uma planilha e invista na sua educação financeira, a fim de encontrar ótimas oportunidades de investimento. O que começa com pouco pode se tornar gigante.

Você também pode contar com o consórcio para o seu investimento em um imóvel. É você que define o valor de mensalidade e de carta de crédito para atingir seus objetivos. Faça uma simulação agora mesmo e confira as vantagens de uma modalidade que tem ajudado milhares de pessoas a realizarem seus sonhos.