O consórcio é uma forma de investir em um bem de alto valor sem ter a necessidade de pagar valor de entrada ou juros nas mensalidades.
Trata-se de uma espécie de autofinanciamento, em que o interessado define o que deseja comprar e escolhe o valor do bem, que é representado pela carta de crédito.
A carta de crédito serve como referência para o bem que deseja. Digamos que você queira investir em um consórcio para a compra do carro. No processo, em vez de escolher o modelo de carro que deseja, na verdade você seleciona o valor de carta de crédito, que vai permitir a compra do seu veículo.
Diferentemente de outras modalidades, você não tem acesso ao bem assim que fecha o contrato de consórcio. Na verdade, você é inserido em um grupo junto a outros consorciados, que possuem interesse parecido com o seu - neste caso, querem comprar um carro também.
Enquanto paga as mensalidades do consórcio, você participa das assembleias mensais, que definem os que serão contemplados por meio dos sorteios. Todos têm as mesmas chances de contemplação: por isso mesmo, nenhuma administradora de consórcio pode prometer quando os consorciados serão contemplados, já que isso pode acontecer nos primeiros ou últimos meses de pagamento da sua cota.
Caso queiram antecipar a sua aquisição, podem fazer a oferta de um lance, que é um valor a mais que cada consorciado pode tentar: pelo lance livre, que é a modalidade mais comum.
Seja via sorteio ou lance, ao ser contemplado você tem acesso ao valor da carta de crédito, já corrigido com os reajustes que acontecem anualmente. Após passar por uma série de validações junto à administradora, você tem acesso ao valor da carta de crédito para a compra do modelo que deseja. Além de economizar mais ao longo de todo o processo, principalmente comparado ao financiamento, com o consórcio você tem poder de compra à vista, o que dá uma boa margem de negociação na hora da sua compra.
Para conseguir fazer um consórcio, é necessário realizar o processo de simulação e efetuar o pagamento das mensalidades, que incluem a taxa de administração.
Mas, como realmente funciona essa taxa? Ela tem um valor prefixado? Quanto o consorciado precisa comprometer do seu bolso para lidar com esse tipo de taxa? Iremos responder essas dúvidas a seguir, continue lendo o texto.
Como funciona o valor da parcela de consórcio
Para que você entenda a taxa de administração, antes de tudo precisa compreender como funciona a composição de uma parcela de consórcio.
A melhor forma de identificar isso é por meio da simulação de um consórcio.
Na Embracon, que é uma administradora independente com mais de 30 anos de atuação, você tem as seguintes possibilidades de compra:
Consórcio de automóveis: para a compra de automóveis novos e seminovos (com até cinco anos de uso);
Consórcio de motos: para a compra da motocicleta que sempre quis em sua garagem;
Consórcio de imóveis: para quem deseja realizar o sonho da casa própria, comprar um apartamento na planta, apartamento já decorado, terreno para construir ou até mesmo um empreendimento comercial com a carta de crédito;
Consórcio de serviços: esta categoria é nova e permite realizar uma série de experiências, como uma viagem, estudos (para pagar faculdade, cursos livres, intercâmbio etc), festas (formatura, casamento, aniversários), cirurgias e reformas;
Consórcio de pesados: para a compra de caminhões, ônibus, vans e máquinas agrícolas.
Ao selecionar uma dessas categorias pelo site da Embracon, você é orientado a fazer uma simulação de consórcio.
A primeira informação pedida é o valor da carta de crédito que, como antecipamos, equivale ao valor necessário para a compra do bem. Cada categoria possui um limite de valor.
Depois disso, você pode escolher a quantidade de parcelas. Como retorno, o simulador já identifica o valor das suas mensalidades, com o acréscimo das taxas nas parcelas.
Dessa forma, a mensalidade de consórcio é composta da seguinte maneira:
Pela divisão do valor da carta de crédito com o total de mensalidades;
O valor da taxa de administração, que serve para remunerar as empresas de consórcio pelos serviços realizados;
Valor de fundo de reserva, que serve para cobrir casos de inadimplência nos grupos de consórcio. Se, até o encerramento do grupo, não houver casos de inadimplência (ou houver poucos casos), o valor do fundo de reserva é devolvido aos integrantes do grupo.
A seguir, vamos explicar mais detalhes sobre a taxa de administração.
O que é e como funciona a taxa de administração
A taxa de administração nada mais é que a forma de remunerar a empresa de consórcio pelo serviço que ela realiza.
Uma administradora como a Embracon, por exemplo, precisa de uma ampla infraestrutura, com quadro complexo de funcionários, tecnologia, auditoria e fiscalização para que o consórcio funcione de ponta a ponta para quem deseja investir em um bem.
As administradoras cobram este serviço porque se responsabilizam por diversas etapas que envolvem o consórcio, como:
Criação dos grupos de consórcio: a partir do momento que você se torna um consorciado, a administradora identifica o perfil e o encaixa em um dos grupos formados. Geralmente, esses grupos são compostos por pessoas que serão contemplados com bens e cartas de crédito parecidos com o seu.
Definição das formas de pagamento: o consórcio é a forma mais flexível de investir em um bem a longo prazo. Ao permitir que o consorciado defina o valor da carta e a quantidade de mensalidades, a administradora fica responsável por integrá-lo em um grupo que se manterá comprometido em pagar as mensalidades.
Entrega da carta de crédito: por ser responsável pela entrega dos bens, a administradora toma todo o cuidado possível para que a inadimplência não afete o bom funcionamento dos grupos. Por isso, só pode participar dos sorteios mensais quem paga corretamente as mensalidades.
Contemplações por lance: o lance é uma forma de pagar um alto valor em um dos sorteios. Quem é contemplado, consegue abater as últimas parcelas com o valor pago.
Funcionamento dos sorteios: os sorteios são o principal meio de contemplação pelo consórcio. É dever da administradora cuidar para que todos os consorciados sejam contemplados enquanto realizam o pagamento das mensalidades.
Além disso, as administradoras são responsáveis pela comunicação, pela checagem das documentações no momento da contemplação e pela transferência da carta de crédito aos contemplados.
Todo esse serviço é regulado pelo Banco Central do Brasil (Bacen), que define as regras de funcionamento de todas as administradoras de consórcio. Somente administradoras autorizadas podem garantir que o processo funcione do começo ao fim, sem o risco de fraudes no meio do caminho.
A Embracon, por exemplo, é uma administradora com autorização do Bacen - ou seja, uma empresa de confiança para você investir em seu consórcio.
É pela execução de todos esses serviços que as empresas de consórcio cobram taxas de administração: para que possam ser remuneradas e continuem realizando todo o trabalho que vai da contratação à contemplação da carta de crédito.
Taxa de administração e juros: quais são as diferenças?
Diferentemente do financiamento, o consórcio não realiza nenhuma cobrança de juros nas mensalidades.
Os juros são uma forma de taxar a compra parcelada a são praticadas pelas instituições financeiras.
Quem já procurou um banco para realizar algum tipo de financiamento, e se dispôs a calcular o valor a prazo do bem, com certeza se surpreendeu com a diferença do valor final.
O valor a prazo no financiamento é bem maior que o valor que se pagaria à vista. Como o consumidor procura parcelar o bem, precisa pagar os juros por essa transação.
Você paga juros no banco porque, diferentemente do consórcio, o financiamento é realizado por meio de uma lógica diferente.
No financiamento, o banco quita o valor do carro ou casa que você deseja comprar. Na verdade, é como se você escolhesse o bem, para que o banco possa realizar a compra e, então, fazer a cobrança diretamente para você. Esse processo, claro, gera lucro para a instituição financeira, que tem a possibilidade de dividir em quantidades de parcelas
Esses juros levam em consideração a taxa Selic e as condições do banco para conceder crédito. Normalmente, trata-se de juro composto, ou seja, juros sobre juros. Por isso, quanto maior é a quantidade de parcelas devidas ao banco, maior é o percentual de juros que você deverá pagar. Afinal, os juros são cobrados mês a mês.
Por isso que, antes mesmo de fechar a compra via financiamento, é importante fazer o cálculo do valor a prazo: para isso, basta ver a quantidade de parcelas do financiamento e multiplicar pelo valor cobrado. Na maioria das vezes, você pode pagar o dobro ou mais pelo bem dessa forma. Muitas pessoas acabam tomando a decisão ruim de comprar por esse meio somente pela facilidade de condições: afinal, dá pra parcelar em múltiplas vezes a sua compra. Só que, com maior quantidade de parcelas, maior é o valor cobrado pelo bem.
Já a taxa de administração é diferente. Antes mesmo de fechar o contrato de consórcio, você já tem uma ideia de quanto pagará por mês de taxa de administração.
Ou seja, trata-se de um valor prefixado, já atrelado ao valor do bem. Você não pagará um valor de juros sobre a taxa, porque o consórcio não tem juros.
Como funciona o cálculo da taxa de administração
A taxa de administração tem como base um percentual fixo sobre a carta de crédito, que equivale ao valor do bem que deseja comprar.
Digamos que você queira investir em um automóvel de R$ 50 mil, dividido em 60 mensalidades.
Neste caso, é aplicado o percentual da taxa de administração sobre o valor de R$ 50 mil.
Ou seja, a taxa de administração representa um valor bem inferior quando comparado aos juros cobrados no financiamento.
Além disso, a administradora faz reajuste anual das parcelas de acordo com índices como IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e INCC (Índice Nacional de Custo de Construção ao Mercado). Esses reajustes permitem que tanto a administradora quanto o consumidor invistam no bem de acordo com sua indexação aos impostos federais.
A seguir, vamos dar mais detalhes sobre como funcionam os reajustes.
Reajustes de parcelas: o que são e quando acontecem?
Sempre que a cota de um consorciado faz aniversário de um ano, é preciso que ela passe por um reajuste de valor.
O reajuste é necessário para impedir que o valor final da carta de crédito seja prejudicado com as oscilações da inflação.
Na prática, funciona da seguinte maneira: digamos que, para um consórcio de imóveis, você tenha selecionado o valor de R$300 mil para a carta de crédito. Ao selecionar este valor, você considerou a compra de um tipo de casa ou apartamento. Porém, até que você seja efetivamente contemplado com o valor total da sua carta, alguns anos podem se passar. E, com isso, a moeda passa por processo de desvalorização, sem falar que os bens e serviços também acompanham mudanças em seus preços.
Ou seja, se você for contemplado, digamos, 5 anos depois do momento em que fez a simulação, muito provavelmente aquele valor de R$ 300 mil será insuficiente para a compra de imóvel que você desejava.
Por isso mesmo, todos os anos o consórcio precisa acompanhar as subidas e descidas de preço da economia. Para isso, cada categoria de consórcio passa por diferentes tipos de reajuste, para que o valor da carta de crédito seja o suficiente para a compra do bem que você simulou lá no começo.
No caso do consórcio de imóveis, por exemplo, a cada aniversário anual de sua cota, o valor é reajustado seguindo o INCC (Índice Nacional da Construção Civil). Já o consórcio de automóveis acaba seguindo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
Quando isso acontece, o valor da sua mensalidade passa por um reajuste, que irá refletir no valor total da sua carta de crédito. Por exemplo, se houver um aumento no índice correspondente ao seu bem, você deve pagar a mais pela mensalidade. Em contrapartida, você tem à disposição um valor maior de carta de crédito quando for contemplado.
Como planejar o seu consórcio da melhor forma
Agora que você já sabe como funciona a taxa de administração, os reajustes e a composição da mensalidade da sua cota de consórcio, vamos trazer algumas dicas para que você possa planejar o seu consórcio da melhor forma. Confira a seguir.
Aproveite para fazer a simulação de consórcio: você pode fazer a simulação de compra do seu bem quantas vezes desejar. Pela Embracon, você já sabe de antemão o valor da parcela, com o acréscimo da taxa de administração e do fundo de reserva. O mais importante da simulação é identificar o melhor valor para a sua mensalidade, sempre pensando no seu planejamento financeiro.
Defina uma mensalidade que não impacte em seu orçamento: quanto menor o impacto da mensalidade em seu orçamento, melhor a sua experiência com o consórcio. Assim, quando a sua mensalidade passar por algum tipo de reajuste, você não sentirá tanto no bolso.
Pesquise o bem que deseja comprar com antecedência: com o consórcio você não precisa definir o que deseja comprar na hora de fechar o contrato. Mas, se tiver ideia do valor necessário, conseguirá determinar um valor de carta de crédito mais condizente com os seus desejos. Faça uma pesquisa prévia do valor, para ter uma ideia do quanto precisa escolher de carta de crédito. E, no final, não se preocupe em utilizar o valor inteiro, afinal, sua cota passa por reajustes - assim como o próprio bem pode ter interferência de preço também.
Planeje a oferta de um lance: nenhuma administradora pode garantir que o seu lance será efetivo de primeira. Porém, você pode se organizar para juntar um valor significativo de lance e, assim, ter mais chances de ser contemplado rapidamente. Quando um lance é efetivado, o valor do lance quita as últimas mensalidades, e você termina de pagar sua cota com antecedência.
Acompanhe os índices: identificar o índice que impacta a sua carta de crédito pode ajudar na hora de ter uma ideia de quanto a sua mensalidade pode aumentar. Portanto, acompanhe a economia e organize seu orçamento.
Utilize sua carta de crédito com inteligência: com o consórcio, você tem poder de compra à vista. Se o valor da sua carta for maior que o bem, não se preocupe: você pode utilizar até 10% do valor para lidar com despesas burocráticas ou até mesmo quitar parte do saldo restante de sua cota. E, se quiser comprar um bem com valor superior, pode negociar diretamente com o proprietário do bem e completar com os seus próprios recursos.
Realize o seu sonho: o consórcio é um investimento a longo prazo em um bem. Portanto, envolva toda a família na discussão do que comprar e, com a carta de crédito em mãos, aproveite para comprar o que sempre quis: seja a casa dos sonhos ou até mesmo o carro que sempre desejou.
A taxa de administração ajuda a remunerar as empresas de consórcio por todo o trabalho realizado da simulação até a entrega da carta de crédito. Porém, ela é uma forma mais econômica de lidar com as oscilações das mensalidades: por já ser prefixada, não tem o mesmo impacto dos juros, comum no financiamento, que podem fazer o bem custar mais que o dobro do valor original.
Por isso e muito mais, o consórcio se destaca como a forma mais econômica de parcelar a compra de um bem de alto valor. Faça uma simulação agora mesmo e utilize essa vantagem a seu favor.