Durante o processo de compra de um carro, muitas pessoas já vislumbram os melhores momentos com o seu automóvel: viajando pelas estradas, saindo para passear aos fins de semana ou até mesmo resolver algumas coisas do dia a dia de forma prática e rápida.
Por mais que os automóveis se destaquem como um dos bens mais queridos do brasileiro, sua compra envolve muitas variáveis. É preciso ficar atento ao preço dos combustíveis, ao seu processo de desvalorização, lavagem e pequenos cuidados diários, para mantê-lo com a cara de novo e, na hora de vender ou trocar, não ter um prejuízo tão grande.
Devido à pandemia de Covid-19, os automóveis foram muito buscados pela população brasileira. Segundo pesquisa realizada pela Globo Insights, 4 em cada 10 pessoas manifestaram interesse na compra de um automóvel no auge da pandemia, em 2020.
Os motivos se justificam: como o isolamento social comprometeu a mobilidade das pessoas, o carro servia como um facilitador para dar mais liberdade às pessoas. Quem buscava viajar ou alugar um local para passar um bom tempo fora de casa, por exemplo, podia contar com o carro para todo e qualquer tipo de trajeto. Em um momento em que a circulação nos transportes públicos deixou as pessoas mais vulneráveis à Covid-19, mais e mais pessoas decidiram investir na compra de um automóvel, a fim de ter mais autonomia e liberdade.
Com a alta procura de automóveis, o preço dos carros ficou mais elevado. De acordo com o Monitor de Variação de Preços da KBB Brasil, empresa especializada em pesquisa de preços de veículos novos e usados, os seminovos ficaram 21% mais caros ao longo de 2021 - resultado da alta procura das pessoas.
E, quem estava afim de um modelo zero km, muito provavelmente teve que esperar por mais tempo nas concessionárias. No início de 2021, alguns consumidores ficaram mais de seis meses aguardando levar um Chevrolet Onix para casa. Outras montadoras passaram por problemas semelhantes, devido à crise dos microchips, que afetou a produção de automóveis no mundo inteiro.
Se você achou que os seminovos foram os únicos afetados, bem, precisa conferir os números relacionados aos carros zero km. Dos veículos mais vendidos no país, houve uma variação de até 35% no preço em 2021, comparado ao ano anterior, de acordo com a KBB Brasil.
Todo esse cenário mostra que o brasileiro tem adotado uma postura mais cuidadosa em relação ao seu carro. Com o preço nas alturas dos veículos, cuidar muito bem dele tem sido praticamente uma obrigação dos motoristas.
E, para isso, é preciso ficar atento a detalhes importantes do carro, principalmente à sua manutenção.
Você não precisa ser especialista em mecânica ou gastar um bom tempo analisando cada peça do seu carro para ser um bom entendedor. Na verdade, é necessário identificar os momentos em que a manutenção é necessária e fazer o possível para precaver situações complicadas com o seu veículo.
A seguir, vamos mostrar todo o passo a passo para que você fique mais por dentro sobre a manutenção de carro.
Manutenção preventiva e manutenção corretiva: quais as principais diferenças
Por mais que o nome pareça complicado, a diferença entre manutenção preventiva e corretiva pode ser explicada de uma maneira bem simples: você prefere gastar um pouco de dinheiro para verificar antes o que está acontecendo ou esperar o seu carro quebrar, pra ver quanto vai custar?
Da mesma forma que você precisa cuidar da sua saúde para evitar uma ida mais prolongada ao hospital, o carro também precisa de cuidados semelhantes.
Muitas vezes, alguns sinais são apresentados. Ou seja, com um barulho um pouco diferente ou até mesmo no desempenho do seu veículo você pode acabar levantando um tipo de suspeita. Quando isso acontecer, procure o seu mecânico de confiança, para que possa ser feito algum tipo de trabalho corretivo antes que algo mais comprometedor aconteça.
Outro fator ajuda bastante na forma de lidar com a manutenção preventiva: ficar atento aos ‘calendários’ do seu veículo. Isso significa ficar atento ao período em que precisa trocar o óleo, verificar com antecedência se não está tendo algum tipo de problema com os pneus e, dependendo do caso, até mesmo pedir para o mecânico dar uma olhada em itens mais específicos, como fluidos e sistema de arrefecimento.
Quem possui modelos de veículos mais novos não precisa ter uma preocupação tão grande como os proprietários de modelos mais antigos. Isso porque as montadoras têm aumentado cada vez mais o período de troca de componentes.
Para se ter uma ideia, antigamente a cada 1.500 quilômetros rodados era preciso ficar atento à troca de óleo; modelos mais recentes possibilitam que essa troca seja feita a cada 10 mil quilômetros, o que, além de aliviar a tensão, alivia o bolso.
Caso o seu carro esteja na garantia do fabricante, fique atento às revisões regulares. Por meio desse processo, as montadoras se responsabilizam pelas configurações mais básicas, além de dar toda a assistência necessária para os reparos mecânicos necessários.
Quando se fala em manutenção preventiva, é preciso ficar atento a dois tipos de itens: os de troca obrigatória, como óleo do motor e filtro de ar, por exemplo, que podem comprometer o desempenho do seu veículo porque degradam conforme o uso; e os itens de inspeção obrigatória, que também se desgastam com o tempo, mas são mais difíceis de serem previstos, como embreagens (no caso de carros mecânicos), pastilhas de freio ou até mesmo as palhetas dos limpadores de para-brisa.
No caso de inspeção, o fator tempo é relativo. Às vezes a forma com que você estaciona o carro ou até mesmo utiliza alguns de seus componentes vai determinar quando a troca deverá ou não ser efetuada.
Mesmo que o seu carro não esteja mais na garantia, as revisões continuam extremamente necessárias. A partir delas, você pode identificar com antecedência o que precisa ser trocado, revisto ou até mesmo reconfigurado. Para isso, ter um mecânico de confiança é essencial. Além das trocas que devem ser feitas, o mecânico inclui o custo de mão-de-obra, que influencia no valor final do reparo que precisa ser feito (ou evitado).
Caso ainda não tenha levado seu carro ao mecânico, procure boas referências pela internet ou converse com pessoas que possuem um veículo e peça indicações de bons profissionais.
Itens de troca
Para que você fique mais por dentro dos componentes do carro que precisam ser trocados, além do período ideal para conduzir essas trocas, confira a lista a seguir.
Alinhamento e balanceamento dos pneus
Sabe quando você está conduzindo o seu veículo nas avenidas e estradas e, mesmo em linha reta, parece que ele está balançando demais ou seguindo de forma meio tortuosa? Esse é um sinal de que você precisa realizar o alinhamento e o balanceamento dos pneus do seu carro.
Para isso, o mecânico ajusta os ângulos que as rodas do veículo devem fazer em relação ao asfalto e às linhas centrais do veículo. Trata-se da busca do equilíbrio para dar mais eficiência no rolamento e gerar uniformidade no desgaste dos pneus.
Pode parecer uma medida simples, mas isso garante mais segurança aos condutores.
O balanceamento, que deve ser feito no mesmo período do alinhamento, evita as famosas trepidações do carro pelas vias, que tendem a danificar mais os pneus e podem comprometer todo o sistema de frenagem.
O recomendado é realizar este procedimento entre 10 mil e 20 mil quilômetros rodados, dependendo da idade do veículo.
Troca de óleo
A troca de óleo existe justamente para dar mais durabilidade ao motor do seu carro. Sua atuação no veículo é bem importante: ele realiza a limpeza de resíduos, removendo as partículas metálicas e as impurezas, e auxilia no processo de troca térmica, com o objetivo de fazer com que o motor funcione em condições adequadas.
Conforme você utiliza o seu carro, mais ele tende a exigir do motor. Quando isso acontece, as propriedades do lubrificante tendem a se perder e o óleo vai engrossando cada vez mais. Isso pode gerar maior atrito interno e comprometer o motor do seu carro.
O ideal é que a troca seja feita no período de 5 mil a 15 mil km, dependendo das recomendações do fabricante do seu veículo.
Suspensão
Outro componente bem importante do seu carro é a suspensão, que é formada por um conjunto de peças que ajudam a dar estabilidade ao veículo.
Amortecedores e mola: Juntas, essas peças reduzem a força do impacto que vem das irregularidades do asfalto para o veículo.
Braço oscilante: é uma coluna que serve como apoio entre a suspensão e o chassi.
Pivô de suspensão: para que o braço oscilante alcance o ângulo necessário, o pivô de sustentação atua como força auxiliar, que se movimenta para cima e para baixo.
Barra estabilizadora: promove a estabilidade do veículo ligando as colunas de suspensão.
Sempre que ouvir algum barulho vindo da suspensão, é hora de visitar o mecânico. Caso uma das peças que compõem a suspensão esteja danificada, a troca pode ser necessária, a fim de evitar que se torne um problema pior.
Quando o seu carro está com problema de alinhamento, acaba exigindo mais da suspensão, que vai perdendo sua vida útil aos poucos. Com o hábito de fazer revisões regulares em seu veículo, esse problema pode ser antecipado. A troca de um ou mais componentes que ajudam a estabilidade do carro é bem mais econômica do que lidar com um problema generalizado na suspensão.
Fluido das transmissões
Diferente da maioria dos componentes de seu veículo, não existe uma unanimidade no caso dos fluidos de transmissões - tanto que eles são pouco mencionados nos manuais dos proprietários. E, quando existe a menção, muitas citam como “fluido vitalício”, dando a impressão de que não devem ser trocados.
Nos carros automáticos, ele possui uma função importante, colaborando diretamente para o funcionamento da transmissão de todos os elementos de câmbios CVT e dupla embreagem úmida, por exemplo. Ao gerar pressão para a movimentação desses componentes, ele reduz o atrito e o desgaste de todas essas peças, oferecendo alta resistência contra a oxidação e a degradação dessas peças.
É preciso ficar atento à forma com que dirige o veículo, para que seu intervalo de troca não seja reduzido. Entre os fatores que influenciam a qualidade dos fluidos de transmissão estão: carga elevada do veículo, processo de blindagem, reboque e até mesmo o hábito contínuo de pegar tráfego intenso (inevitável nas grandes cidades, por exemplo).
As possíveis alterações no motor do seu carro, principalmente quando se deseja aumentar a potência e o torque, podem fazer com que o fluido de transmissão se desgaste mais rapidamente.
Geralmente o fluido novo é translúcido e não possui partículas no óleo. Quando está desgastado, esse fluido apresenta uma coloração mais escura e apresenta o odor característico do óleo usado.
O período ideal de troca deste fluido é entre 60 mil e 100 mil km rodados - ou dentro do período de 2 a 4 anos de uso do veículo. Porém, cada montadora faz uma recomendação específica: enquanto marcas como Honda sugerem a troca a cada 40 mil km, a Chevrolet possui a recomendação para substituir a cada 80 mil km, e somente se apresentar um alto desgaste.
Fluido de freio
Como o próprio nome já deixa a entender, o fluido de freio garante a eficiência de todo o sistema de frenagem do seu veículo, transferindo a pressão que você exerce no pedal de freio para o acionamento das pastilhas e sapatas, que entram em contato com os discos e tambores e geram o atrito necessário para as rodas.
Esse mecanismo permite que o seu veículo consiga frear nas condições mais adversas.
Com o passar do tempo, esse fluido absorve a umidade e perde sua função principal. Antes mesmo de realizar esse tipo de troca, o mecânico analisa seu ponto de ebulição, a fim de verificar se ele vai desempenhar sua função mesmo quando tiver completado com o líquido. Por isso mesmo, só é recomendado um mecânico especializado realizar esse tipo de troca.
Quando você perceber que precisa colocar mais força na hora de pisar no pedal de freio, ou que ele tem maior tempo de resposta, é hora de trocar o fluido. Muitos veículos fazem essa advertência com uma luz no painel. Verifique o manual de instruções do seu veículo para perceber qual é e onde aparece esta luz.
Como padrão, recomenda-se trocar entre seis meses a um ano o fluido de freio.
Limpeza do ar-condicionado
Em dias de muito calor, é comum as pessoas ligarem o ar-condicionado do seu veículo. Além de oferecer o conforto necessário durante as viagens, ele também cumpre a importante função de desembaçar os vidros nos dias mais chuvosos e também serve como alento para os dias mais frios com a opção de aumentar a temperatura interna.
Mas, como qualquer outro componente, ele também precisa ser observado com cuidado. Sua limpeza é necessária e, quando isso não acontece, o carro pode ventilar um ar com mau cheiro, comprometendo a higiene e, em alguns casos, até mesmo a saúde do condutor e dos passageiros.
Alguns sinais apontam para a limpeza do ar-condicionado, a começar pelo mau cheiro, que é resultado do acúmulo de ácaros, bactérias e fungos nos filtros de ar do sistema de refrigeração.
Por conta desse desgaste, o ar-condicionado pode apresentar dificuldade na hora da ventilação. Isso porque o filtro de ar sujo acaba bloqueando a passagem do ar. Para contornar este problema, alguns veículos exigem que o sistema de ar-condicionado fique ligado por mais tempo, consumindo mais bateria e combustível do seu carro.
Antes que o sistema do ar-condicionado exija uma mudança mais complexa, como limpeza do evaporador e do compressor, vale a pena adotar uma medida preventiva e sugerir a limpeza básica do filtro de ar e de suas tubulações, que tem um preço bem mais em conta (até R$ 100, geralmente). Nesse caso, o especialista aplica um spray que elimina as impurezas geradas pelo ar-condicionado, melhorando significativamente seu desempenho.
Se você costuma utilizar o ar-condicionado do seu carro com muita frequência, vale considerar a sua limpeza pelo menos uma vez por ano.
Sistema de arrefecimento
Donos de carros mais antigos tinham o costume de abrir o capô do carro e, vez ou outra, encher de água. Trata-se do líquido de arrefecimento - erroneamente chamado de “água do radiador”, que vem da época de carros carburados.
O sistema de arrefecimento tem o objetivo de manter a temperatura ideal do motor. E esse líquido deve ser quente o suficiente para causar queimaduras, portanto, não se aventure a uma troca desse tipo - principalmente se for dono de um veículo com injeção eletrônica, que não pode circular sem aditivo no radiador.
Para isso, deve ser utilizada a água desmineralizada. Por conta do risco que isso representa, não é nada recomendado fazer esse processo na garagem da sua casa. Caso ainda decida utilizar água mineral, pode acontecer um processo de ebulição que deixa o líquido a mais de 100ºC, podendo machucá-lo severamente.
Antes de colocar a água dentro do sistema de arrefecimento, é preciso realizar um processo conhecido como ‘sangria’, que retira o ar que fica dentro desse circuito do fluido e garante que seja preenchido apenas com a água desmineralizada. Com esse processo, a água não ‘salta’ ao encher o pequeno tanque.
Não é preciso ficar olhando a todo momento esse sistema porque, por ser fechado, o sistema de arrefecimento não tem para onde evaporar o líquido. Por isso, não complete com nada, mesmo se deparar com o sistema aparentemente vazio. Em situações de emergência, quando o líquido está bem abaixo do limite, vale mais a pena ter um aditivo diluído para completar. Isso não exclui a necessidade de procurar o seu mecânico, porque será necessário fazer a limpeza do sistema para, então, preencher com o líquido.
O recomendado é que essa troca seja feita a cada dois anos no seu veículo. Mas, dependendo do fabricante e do desgaste, isso pode ser feito antes ou posteriormente.
Bateria do carro
É bem simples: sem a bateria, o seu carro não funciona. Não sai do lugar, nem faz nada.
Geralmente, a vida útil da bateria do carro é de 2 a 3 anos, dependendo do fabricante e da qualidade da bateria.
Os sinais são aparentes: quando você precisa virar a chave mais de uma vez para que o carro pegue ou quando os faróis parecem iluminar menos do que deveria, bom, é hora de rever a bateria.
Evite as famosas ‘chupetas’ - que é quando damos carga na bateria a partir da bateria de um outro carro, por meio de um conector. Esse processo pode comprometer ainda mais a sua bateria e só deve ser utilizado em casos de emergência, para a troca devida.
Para preservar a bateria do seu carro, mantenha desligado todos os faróis, ar-condicionado e até mesmo o rádio antes de fazer a virada de chave. Mantenha as revisões em dia, para evitar que ela se desgaste com mais facilidade.
Troca de pneus
Como os pneus são bem aparentes em um veículo, dá pra acompanhar com mais efetividade quando eles estão realmente desgastados. Com pelo menos 5 anos de uso, você já precisa ficar atento: a partir desse período, vale realizar uma inspeção profissional pelo menos uma vez ao ano.
Por mais que a durabilidade dos pneus tenha a ver com a forma com que você dirige seu carro ou até mesmo cuida de sua manutenção - com a devida calibragem, alinhamento, entre outras ações para elevar sua vida útil - as fabricantes de pneus ressaltam que eles não duram mais de 10 anos.
As vias que você costuma passar também podem danificar os pneus: buracos, obstáculos, meios-fios, objetos pontiagudos e até mesmo as famosas lombadas podem contribuir para um desgaste mais acelerado. Temperaturas extremas - seja calor ou frio - também podem afetar a vida útil do pneu.
Evite a mistura de tamanhos e até marcas de pneus. O ideal é trocar tudo igualmente, para não afetar o alinhamento e balanceamento do seu veículo.
Faróis dianteiros e traseiros
Pode acontecer de o seu veículo, do nada, deixar de acender a luz correspondente aos faróis. Alguns veículos avisam o condutor por meio do painel. Mas, em algumas situações, é preciso acompanhar visualmente.
Quando isso acontecer, é necessário trocar a lâmpada do seu veículo. Você pode fazer esse trabalho por conta própria, ou contar com um serviço especializado - que sabe qual a lâmpada mais adequada, além de ter maior domínio no manuseio do seu carro, já que a troca pode exigir cautela na forma com que você movimenta as lâmpadas.
Vale lembrar que, caso a troca não seja realizada, você pode ser multado por não sinalizar corretamente os demais veículos quando realizar alguma ação como freio, troca de faixa ou mudança de via, representando um perigo nas ruas para os demais condutores.
Cuidados com o motor
O motor é o coração do carro e precisa de cuidados preditivos antes que possa gerar um prejuízo maior no bolso do motorista.
Para que a manutenção do seu veículo esteja em dia, vamos mostrar a seguir o que é preciso se atentar, para manter a qualidade do motor do seu carro.
Limpeza dos bicos injetores
Muitas concessionárias e oficinas oferecem como serviço a limpeza prévia dos bicos injetores do seu veículo. Fique atento a essa prática: se o carro estiver funcionando bem, sem perda de potência ou consumindo mais combustível, pode não ser necessário realizar essa limpeza.
Em outras palavras, a limpeza do bico injetor só é recomendada quando o motor estiver apresentando algum problema aparente - casos de falhas na aceleração, maior consumo que de costume de álcool ou gasolina, oscilação na rotação, incremento nos níveis de poluição ou, dependendo do caso, quando acender a lâmpada do painel indicando falha no sistema de alimentação do combustível.
A limpeza desobstrui os orifícios da válvula de injeção a partir de uma máquina de ultrassom. Quando esse procedimento é realizado com sucesso, a válvula recupera sua característica funcional. Mas, se mesmo assim o injetor mostrar-se poluído, então é necessária a troca.
Especialistas indicam que a limpeza deve ser feita quando o veículo chegar aos 100 mil km rodados. Dependendo do seu veículo, o manual do proprietário traz recomendações de quando a limpeza deve ser feita, para que você consiga se antecipar.
Injeção direta
Quando os motoristas têm algum tipo de problema com a qualidade do combustível que é colocado em seu veículo, muitas vezes é necessário realizar a troca do bico de injeção direta. O combustível adulterado compromete a durabilidade desse bico injetor.
Por meio desse sistema, o combustível é injetado na câmara de combustão - diferente do sistema de injeção indireta, que é menos eficiente na administração do combustível, injetando-o no coletor de admissão, que fica fora da câmara de combustão.
Com a injeção direta, não há o risco de o combustível ser misturado com o ar, resultando em uma queima mais eficiente e, por consequência, gerando até mais potência, sem comprometer o consumo.
Caso perceba alguma falha na potência do motor, a troca do bico pode ser necessária, para que o sistema volte a funcionar perfeitamente, ‘alimentando’ o veículo com o combustível de forma correta e eficaz.
Correia dentada
A correia dentada é um dos componentes mais importantes do seu automóvel. É ela que sincroniza a força do motor às rodas do seu veículo e ao comando de válvulas, para que ele responda corretamente à sua direção.
Quando a correia dentada quebra, pode comprometer o motor por completo. Na maioria dos casos, a troca da correia dentada deve ser feita quando o carro estiver entre os 40 mil e 50 mil km ou em até 5 anos de utilização. Porém, vale consultar o manual do carro, para ver qual é o melhor momento para solicitar essa troca.
Se você costuma submeter seu carro a situações muito extremas, como muita poeira, passeando por zonas de alta mineração ou com extrema poluição, pode ser que a correia dentada se desgaste mais rapidamente.
Entre os sintomas que pedem a troca estão o barulho alto e estridente que pode vir na frente do carro ou o superaquecimento do seu veículo (exibido no painel). Quando isso acontecer, o recomendado é desligar o seu carro e solicitar o serviço de um mecânico de confiança.
No momento em que for feita a troca da correia dentada, é preciso ficar atento à troca do esticador, responsável por manter a tensão em níveis adequados e não deixar a correia frouxa. Sem essa peça, a correia dentada tem uma vida útil extremamente reduzida, exigindo retorno ao mecânico antes do previsto.
Velas de ignição
As velas de ignição foram projetadas para dar a propulsão com ar ao seu combustível. Isso faz com que o veículo rode.
Quando as velas apresentam algum tipo de problema, significa que algo incomum está acontecendo com bombeamento. Como resultado, o carro não responde como deveria, apresentando perda de potência e aumento no consumo de combustível.
Vale a pena verificar a situação das velas a cada 10 mil quilômetros rodados. Isso pode ser feito com uma revisão simples. Se a vela estiver com aparência amarelada ou acinzentada, é sinal de que a troca precisa ser feita.
Seu período de troca costuma variar entre 40 mil e 50 mil quilômetros rodados - quanto a isso, verifique o manual do proprietário e siga as instruções do fabricante.
Como se preparar para a manutenção do seu carro
Deu para perceber que são muitos componentes e detalhes para a devida manutenção do seu carro, não é verdade?
Não é preciso ser perito em engenharia automotiva para lidar com esse tipo de problema. A boa e velha revisão veicular precisa ser feita com frequência: pelo menos duas vezes por ano ou a cada 10 mil km rodados, o veículo precisa passar por esse procedimento com mecânicos especializados.
A seguir, vamos trazer uma série de práticas que podem ajudar a estabelecer uma boa rotina com a manutenção do seu veículo.
Leia o manual do proprietário
No processo de compra de um carro, ficamos tão empolgados que já queremos sair com o veículo e facilitar o dia a dia com o seu uso. Dessa forma, acabamos ignorando um documento bem importante e que precisa ser lido pelo condutor: o manual do proprietário.
A partir dele, você conhece as propriedades do seu veículo, sabe qual a intenção por trás de cada botãozinho do seu painel, verifica os detalhes do que pode ser feito enquanto dura a garantia e tem uma boa noção de manutenção.
Muitos detalhes de trocas de pequenas peças são revelados em seu manual, que nada mais é do que a recomendação do fabricante do veículo. Cada carro possui sua particularidade e, quanto mais você souber sobre ele, mais estará preparado para lidar com as pequenas manutenções do dia a dia.
Fique atento ao calendário de revisões
A partir do proprietário do veículo, você tem uma ideia de quando terá que rever alguns itens, seja por atingir determinada quilometragem ou por conta de desgaste com o tempo.
Quanto a isso, vale a pena criar um calendário de revisões que engloba tudo relacionado ao seu carro. Neste calendário - que pode ser criado com a ajuda de um aplicativo específico, como o calendário do seu celular, ou até mesmo com o uso de um calendário físico, como aquele que você utiliza em seu escritório ou até mesmo na cozinha da sua casa - você pode incluir o que deve ser revisto em cada período.
Se você tiver um carro zero km, esse processo tende a ficar mais fácil. Afinal, você está construindo do zero o histórico do seu veículo.
Mas, se você utiliza um carro seminovo, sem problemas. Utilize o calendário para identificar quando cada componente precisa ser trocado e consulte o histórico do veículo. No processo de compra, é comum que os vendedores repassem as notas fiscais de todas as idas ao mecânico, para que o novo comprador acompanhe cada manutenção realizada e possa se programar.
Confira o histórico do seu veículo
Como já antecipamos, é importante ter acesso ao histórico de manutenções e idas ao mecânico, para que você saiba quais componentes foram trocados ou reparados ao longo da vida útil do seu veículo.
Você pode até mesmo fazer as alterações em seu calendário ao se deparar com o histórico do veículo, adicionando o que deve ser revisto com o passar dos meses.
Tenha um mecânico de confiança
Todo cuidado com o seu veículo é pouco e, para isso, você precisa ter um mecânico de confiança.
Esse fator é mais importante do que você imagina. Quando você não tem uma relação de confiança com um profissional desse tipo, fica com receio de levar o seu veículo para qualquer tipo de manutenção. Infelizmente, é comum alguns profissionais cobrarem por qualquer tipo de supervisão no veículo - quando não realizam um serviço de má qualidade, com uso de peças desgastadas, que comprometem a vida útil de alguns componentes do seu carro.
Ter referências de mecânico ajuda. Caso não tenha encontrado uma pessoa de confiança, converse com outros proprietários de veículos que já tenham passado por algum tipo de experiência levando o carro para a oficina. Alguns podem reclamar de preço dos serviços ou até da demora na resolução de um problema. Porém, o que precisa ser levado em consideração é a qualidade da manutenção ou qualquer outro reparo que deva ser feito.
Um bom mecânico irá comunicar quando cada peça tiver que ser revista e vai ajudá-lo a cumprir ou ficar atento ao calendário que você estabelecer. Vale lembrar que alguns componentes sofrem com o desgaste naturalmente, dependendo da frequência com que você utiliza o veículo, as vias em que costuma trafegar ou até mesmo se lida com engarrafamentos o tempo inteiro.
Com um bom mecânico à disposição, você pode ter a confiança de realizar as manutenções no período mais adequado e contar com a transparência de um serviço essencial para a durabilidade do seu veículo e de suas peças.
Como investir na compra de um carro
Por mais complicado que seja a manutenção ou a parte mecânica, ter um carro tem se tornado um desejo cada vez maior para o brasileiro.
Com planejamento e paciência, você pode investir em seu próximo modelo sem ter que comprometer seus rendimentos mensais.
Sabe de que forma você pode facilitar essa compra? Por meio do consórcio de veículos.
Sem a necessidade de pagar valor de entrada ou juros nas mensalidades, você escolhe o valor da carta de crédito, que equivale ao bem que deseja comprar, e seleciona a quantidade ideal de parcelas para o seu pagamento.
Por meio do simulador, você tem a flexibilidade de determinar o valor que pagaria por mês para a compra do seu carro. Você não sai com o veículo na hora. É preciso definir o valor da sua cota para, então, participar dos grupos de consórcio nas assembleias, que definem as contemplações das cartas de crédito.
É possível ser contemplado por meio dos sorteios ou com a oferta de um lance, que é um valor a mais que cada um pode tentar com o objetivo de antecipar a contemplação.
Você pode investir em um modelo zero km ou um seminovo, contanto que tenha até cinco anos de utilização. Para a compra do carro, você também pode contar com o Lance Troca de Chaves.
Com a carta de crédito em mãos, você tem poder de compra à vista, permitindo uma boa margem de negociação com as concessionárias ou proprietários de veículos.
A Embracon possui mais de 30 anos de história ajudando milhões de pessoas na aquisição de seus bens por meio do consórcio. Faça uma simulação para a compra do seu carro e invista desde já no sonho de ter um novo automóvel na garagem.