A cada ano que passa, as marcas tradicionais de automóveis vêm dando passos mais largos para uma adoção maior dos carros elétricos. Muito provavelmente você já ouviu falar sobre este termo e, se ainda não conhece, fique atento ao nosso artigo, que iremos explicar tudo!
Antes de mais nada, os carros elétricos surgiram com a proposta de ser uma alternativa aos modelos que veiculam com combustíveis fósseis e não renováveis, como petróleo, gás e carvão. Em poucas palavras, eles são menos poluentes à atmosfera, mas também trazem outros benefícios, que iremos detalhar.
Sua composição é diferente dos carros tradicionais e, para criar uma distinção, as montadoras têm refeito o design de seus modelos de diferentes formas.
Como o próprio nome dá a entender, esse tipo de veículo funciona por meio de uma corrente elétrica, a partir de bateria, inversor, motor de indução e um sistema de recuperação de energia.
Na prática, funciona assim: a bateria armazena toda a energia necessária para o funcionamento do carro. Ela pode ser carregada quantas vezes quiser - tanto que a carga da bateria seria o equivalente a colocar um combustível, por exemplo. O inversor converte a corrente elétrica em corrente alternada, que é levada ao motor de indução. Isso gera uma eletricidade, que aciona o motor e faz com que o carro se locomova.
Por conta desse processo, a aceleração do carro fica mais leve e até mesmo o freio gera uma energia para a bateria, funcionando como um modo de eletricidade.
Essas características fazem com que o carro elétrico tenha uma força de aceleração mais eficaz que a do carro em combustão - tanto que é comum se deparar com modelos aparentemente básicos, mas que aceleram de 0 até 100 km/h em uma velocidade surpreendente.
Tipos de carros elétricos
Sempre que falamos de carros elétricos, imaginamos um modelo plugado na tomada. Porém, nem todos funcionam dessa forma. Confira as principais distinções:
Plug-in electric: são carros 100% elétricos, que precisam ter a sua bateria carregada.
Plug-in hybrid (ou PHEV): funcionam tanto com eletricidade, como com combustível. A vantagem é que você pode alternar para álcool ou gasolina quando a energia acabar. Porém, o uso dessa opção deixa de ser sustentável.
Hybrid electric: é um tipo de modelo parecido com o plug-in hybrid. A diferença é que, para carregá-lo, você não utiliza uma fonte, mas sim um sistema de recuperação de energia.
O mais comum é ouvir a distinção entre carros elétricos e carros híbridos. Esses modelos têm entrado cada vez mais no mercado global como um todo e, se você ainda não reparou, provavelmente já cruzou com alguns deles pelas ruas no Brasil.
A seguir, vamos contar um pouco mais sobre como os modelos híbridos e elétricos se desenvolveram por aqui.
Carros elétricos e híbridos no Brasil
Pode parecer coisa nova, mas o fato é que os modelos elétricos existem há muitas décadas. O que mudou é que as montadoras finalmente colocaram sua produção em massa, à medida que o assunto aquecimento global foi ganhando cada vez mais importância.
De 2020 para 2021, a oferta de veículos elétricos dobrou no país: até o final daquele ano, 17 modelos compõem o total de carros elétricos. Já os modelos híbridos têm uma oferta um pouco mais ampla, tanto que muitos modelos conhecidos, como Toyota Corolla Cross, Volvo XC40 e Jeep Compass, possuem seus respectivos formatos híbridos.
No Brasil, os primeiros modelos começaram a surgir em 2012, ainda assim para uma parcela bem pequena da população, mais interessada pela tecnologia e inovação do que pelo design dos modelos.
Por mais que possa ter demorado para chegar por aqui, uma pesquisa feita pela consultoria KPMG, com apoio da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), revelou que quase 90% dos brasileiros estão interessados em opções de carros elétricos.
Além do fator inovação, pesa bastante nessa pesquisa o fato de combustíveis fósseis passarem por um aumento de preços substancial em 2021- de acordo com a ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás e Combustíveis), só a gasolina teve aumento de 46% naquele ano.
De qualquer forma, o brasileiro vê com otimismo a chegada de mais modelos elétricos e híbridos no país - tanto que, a longo prazo, muitos deles se veem trocando seus carros tradicionais por modelos desse tipo.
Mas, como está o cenário atual para a compra de veículos elétricos? Vamos explorar este assunto a seguir.
Carro elétrico: vale a pena?
O avanço da tecnologia tem feito com que a indústria de automóveis diminua a necessidade de combustíveis fósseis. Por isso, os modelos elétricos e híbridos têm invadido com mais força o setor de carros.
Mas, será que vale a pena comprar um carro desse tipo no Brasil?
A resposta é: depende.
Antes de tudo, é preciso saber que um veículo elétrico custa bem mais caro do que o carro convencional. Ou seja, você precisa ter um alto valor à disposição para a compra do modelo.
Para se ter uma ideia, o modelo mais barato, o JAC E-JS1, custa R$ 160 mil, com potência de 62 cv e uma autonomia de bateria de 302 km. Com este valor, você pode comprar um carro à combustão mais luxuoso, como um Toyota Corolla ou um Honda Civic, com bancos de couro e motores mais potentes.
Claro que existem outros modelos mais atrativos, mas é preciso desembolsar um valor ainda maior. O BMW i3, por exemplo, custa a partir de R$ 320 mil. Mas, se quiser investir pesado em modelos elétricos, você pode ir atrás de modelos Audi, como o e-Tron S Sportback (com preço médio de R$ 840 mil) ou o invejável esportivo RS e-tron GT, com valor acima de R$ 1,2 milhão.
Mas, quando se fala em automóveis, não podemos focar apenas no valor final. No caso de veículos elétricos, é preciso avaliar a real economia no dia a dia.
Vamos elencar as principais vantagens nos tópicos a seguir.
Menor gasto com combustíveis
Este certamente é o maior atrativo dos veículos elétricos para os consumidores. Os carros elétricos precisam ser conectados às tomadas, portanto, precisam de energia.
Para entender a dimensão da vantagem, vale a pena fazer o seguinte cálculo: entender qual é o valor médio para encher o tanque de um carro convencional e o gasto para carregar um carro elétrico.
Considerando um carro à gasolina, com preço de R$ 6,30 (que é o valor médio de janeiro de 2022), um veículo com tanque médio de 60 litros gastaria R$ 378 para completar o tanque. Usando como média um veículo que faz, em média, 10 km/l, com este valor um carro à combustão pode percorrer 600 km.
Já tendo o carro elétrico como comparativo, podemos considerar o valor de quilowatt-hora a R$ 0,92 na cidade de São Paulo (no mesmo período: janeiro de 2022). No caso de uma tomada comum, de 110V, o carro poderá chegar à carga de 2.200W dentro de um período de 12 horas, consumindo o total de 26,4 kWh. Fazendo a multiplicação do consumo pelo valor do quilowatt-hora, chegamos ao valor de R$ 24,29 por carga completa de um carro elétrico.
Em busca de simplificar o cálculo, vamos considerar que o carro elétrico com a carga completa tenha 300 km de autonomia (que é o mínimo observado dos modelos atuais).
Portanto, com R$ 378 você percorreria 600 km em um carro à gasolina. E, com o valor de R$ 24,29, um carro elétrico possui até 300 km de autonomia.
Já deu pra perceber a diferença, não é verdade?
Fato é que, na ponta do lápis, encher o tanque de um carro convencional é 700% mais caro do que o de um veículo elétrico. Se você pensar neste ciclo repetidamente, por meses e anos, muito provavelmente o valor que se paga por um veículo elétrico compensaria diante de um carro à combustão.
Baixo custo de recarga
Você pode plugar alguns modelos elétricos na tomada da sua casa, mas cada vez mais têm surgido carregadores públicos, seja em shoppings ou nas estradas.
É possível até mesmo colocar painéis solares voltaicos dentro de casa, para gerar o combustível necessário para o veículo elétrico. Isso gera mais autonomia para seu veículo, além de ser uma infraestrutura sustentável.
Mesmo que tenha que utilizar a tomada de sua casa, a economia é bem maior do que ir ao posto de gasolina, seja para colocar álcool, gasolina ou gás natural.
Manutenção mais barata
Por mais que os carros elétricos sejam considerados inovadores, eles têm outra vantagem bem importante sobre os modelos à combustão. Afinal, um veículo desse tipo tem menos peças do que o carro convencional: para utilizá-lo, você não precisa pôr o pé na embreagem, sem falar que esses modelos também dispensam velas de ignição, óleo lubrificante, fluidos de arrefecimento do motor, entre outros componentes que, quando causam problema, pode fazer você gastar um bom dinheiro no mecânico.
Um comparativo feito pelo site Mobiauto entre modelos equivalentes da JAC Motors sobre custos de manutenção mostrou uma diferença de valores bem significativa: um modelo JAC T40 Plus 1.6 CVT, que custa R$ 101 mil em média, tinha gastos equivalentes a R$ 5.740 na revisão de 60 mil km, enquanto o elétrico iEV40 (que custa, em média, R$ 190 mil), gastaria em torno de R$ 739,40 com a mesma quilometragem. É uma diferença de mais de 650%.
Não faz barulho
Muita gente gosta do ronco dos carros convencionais, principalmente modelos turbo. Mas, para quem prefere o silêncio, bom, pode aproveitar mais este benefício dos carros elétricos. Isso porque esses modelos possuem um eficiente isolamento acústico, que ajuda a escapar dos barulhos comuns à intensa movimentação das grandes cidades, por exemplo.
Não emite poluentes
Esse fator provavelmente você já sabia, mas não custa reforçar: o carro elétrico não emite nenhum tipo de poluente à atmosfera, apresentando-se como uma ótima alternativa sustentável para se locomover pelas cidades.
Desvantagens do carro elétrico
Já que falamos bastante das vantagens de se ter um carro elétrico, também precisamos elencar seus pontos que não são assim tão positivos. Confira a seguir.
Modelos mais caros
Não tem jeito: o carro elétrico ainda é considerado muito caro para ser adquirido de forma massiva.
Como já mostramos, os preços iniciam em mais de R$ 160 mil, impraticável para uma grande parcela da população, acostumada em pagar, no máximo, R$ 40 mil por seus carros populares - que também estão ficando mais caros, vale ressaltar. E olha que os modelos mais baratos estão mais próximos a carros populares do que outras categorias mais luxuosas, como SUVs e sedãs.
Por conta disso, o mercado de carros elétricos tem seu apelo bastante reduzido no país. As pessoas não têm interesse na compra porque sabem que não terão um carro que vai suprir suas necessidades com o valor que estão investindo.
Pontos de recarga difíceis de encontrar
No Brasil, o carro elétrico ainda é uma novidade. E o fato de ser inacessível para a maioria das pessoas faz com que se tenha pouca infraestrutura para sua devida carga.
Quem decide viajar de carro elétrico, por exemplo, encontra dificuldades de encontrar pontos de recarga pelas estradas, principalmente das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste.
Para facilitar o encontro de alguns pontos de recarga, é possível contar com serviços de aplicativos, como Plugshare (que possui alcance mundial, inclusive) e o conhecido Google Maps, ao utilizar como pesquisa “Estações de carregamento EV”.
Preço das baterias
Se, por um lado, o valor de manutenção dos carros elétricos tendem a ser mais em conta que os modelos convencionais, por outro as baterias podem representar um problema.
A bateria de lítio pode representar até 40% do valor total do veículo elétrico. Em outros termos, se estivermos falando de um veículo de R$ 200 mil, somente a bateria pode chegar a R$ 80 mil.
Geralmente, as montadoras de veículos elétricos dão de dois a oito anos de garantia para a sua bateria, o que gera uma despreocupação de imediato. Porém, as previsões feitas por especialistas indicam que as baterias de carros elétricos possam durar de 10 a 20 anos, considerando os modelos mais leves, que costumam ser utilizados no dia a dia.
Da mesma forma que nossos celulares e computadores tendem a ficar com a bateria desgastada por conta do uso constante, o mesmo acontece com o carro elétrico. Sua durabilidade é maior, claro, mas quando a bateria se desgastar… Prepare o bolso, principalmente se não tiver mais na garantia!
Ampla produção pode afetar ritmo de empregos
Um dos assuntos pouco mencionados sobre veículos elétricos é a quantidade de empregos que pode reduzir nas montadoras. Para a produção de um carro desse tipo, somente um terço da força de trabalho é necessária - comparado à produção de um veículo à combustão.
Embora se comemore bastante os avanços sustentáveis, a ampla adoção de carros elétricos ainda apresenta muitos desafios. Na Europa, que está um pouco mais avançada nesse assunto, suas vendas representam apenas 6% do total de veículos novos vendidos. Aqui no Brasil, deve demorar um pouco mais para que a categoria se consolide como principal forma de aquisição de veículo.
Como comprar um veículo elétrico
Da mesma forma que você pode comprar um carro convencional, você também pode comprar um carro híbrido ou elétrico.
Como já antecipamos, é preciso considerar um investimento ainda maior para o seu veículo. Mas, enquanto esse segmento ainda se desenvolve no Brasil e no mundo, você pode se organizar com antecedência para que o seu próximo carro seja elétrico. Você pode economizar muito mais com combustível e evitar emissão de poluentes na atmosfera, contribuindo para um mundo mais sustentável.
E, sabe qual a melhor forma de investir em um carro? Por meio do consórcio. Vamos explicar a seguir.
Como fazer o consórcio para um veículo elétrico
Por muitos anos, o brasileiro se acostumou a comprar um carro por pelo menos três formas: à vista, pelo financiamento e com o consórcio.
Para o pagamento à vista, é preciso ter um alto valor à disposição - algo inacessível para a maioria das pessoas. Embora o financiamento seja mais fácil para a compra, realiza a cobrança de um alto valor de juros, fazendo com que o carro, a prazo, custe mais que o dobro de seu valor original.
O consórcio reúne o que há de melhor do financiamento e do pagamento à vista: você não precisa dar entrada para a compra, pode parcelar da forma que realmente deseja e, na hora que for contemplado, tem o poder de compra à vista, o que garante uma boa margem de negociação, facilitando um bom desconto. Ah, e o consórcio também não cobra juros nas mensalidades!
Para fazer um consórcio é muito fácil. Antes de tudo, você precisa selecionar uma administradora que possua autorização do Banco Central do Brasil (Bacen) para o seu funcionamento, como a Embracon, que tem mais de 30 anos de história realizando sonhos de milhares de pessoas.
Após escolher a administradora, é preciso selecionar a categoria de consórcio de veículos, que permite a compra de novos e seminovos com até cinco anos de utilização. É possível comprar qualquer tipo de carro que obedeça a esses critérios, seja um carro à combustão, carro híbrido ou carro elétrico.
A categoria de consórcio de automóveis tem um limite de carta de crédito de até R$ 100 mil. Como o veículo elétrico custa mais do que este valor, você pode investir em mais de uma cota, até atingir o valor desejável. Vale lembrar que, a fim de evitar qualquer tipo de inadimplência, a soma das mensalidades de uma ou mais cotas em um mesmo nome não pode ultrapassar 30% dos rendimentos mensais.
Por meio da simulação, você consegue definir o melhor valor para a compra do veículo que deseja. Como o consórcio utiliza a carta de crédito como parâmetro, não é preciso escolher o carro que deseja comprar de antemão.
Portanto, selecione o valor de carta de crédito equivalente para a compra do veículo elétrico, sem se preocupar tanto com o seu valor final.
Depois disso, você assina o contrato com a ajuda de um especialista de consórcio, que tira todas as dúvidas sobre a categoria. Ao se tornar um consorciado, você entra em um grupo, com pessoas com interesses semelhantes ao seu, e participa das assembleias. É por lá que você pode ser contemplado com a carta de crédito, de duas maneiras: pelos sorteios ou com a oferta de um lance.
Nenhuma administradora pode garantir quando o consorciado será contemplado com a sua carta de crédito. Isso pode acontecer nos primeiros ou nos últimos meses.
A melhor forma de tentar antecipar o seu consórcio é com a proposta de um lance, que é um valor a mais que cada um pode oferecer pela Área de Clientes. Nenhum consorciado pode visualizar os valores ofertados e, para definir o lance vencedor, a administradora considera a oferta mais elevada.
Seja por sorteio ou por lance, cada consorciado precisa passar pela análise de crédito feita pela administradora. Como os contemplados ainda mantêm dívida em aberto com o consórcio, esse processo serve como uma garantia de que o contemplado continuará se comprometendo a pagar pelas mensalidades do consórcio.
Ao receber a carta de crédito, finalmente você pode escolher o carro elétrico que deseja comprar. Basta indicar a concessionária ou o proprietário à administradora, para que ela faça transferência do valor integral e, assim, concluir a transação.
Com planejamento e uma boa pesquisa, você pode se antecipar e garantir o carro elétrico dos seus sonhos no futuro. Faça uma simulação de consórcio de veículos e conte com a Embracon para essa importante conquista em sua vida.