Guia de como viajar de avião para a Europa com o seu pet

29 de set. de 20214 minutos de leitura
Guia de como viajar de avião para a Europa com o seu pet

Chegou a hora de você realizar a viagem dos seus sonhos, talvez aquele tão sonhado ano sabático ou mesmo realizar o sonho de estudar fora. Mas aí você lembra: e o seu melhor amigo? Cada vez mais os pets estão viajando junto com os donos para o exterior.

O processo para liberar um animal em uma viagem não é simples, mas não é impossível. Para você entender melhor como funciona, fizemos um guia de como viajar para o exterior com o seu bichinho de estimação. Confira a seguir.

Cada caso é um caso

Quando você decidir para onde vai, você precisa começar a pesquisar a questão do seu animalzinho. É importante saber que cada companhia aérea tem suas regras e elas também variam de acordo com cada região e país. Por isso, é importante pesquisar não apenas com a companhia mas checar com a própria embaixada brasileira do país para ter certeza de todas as normas e medidas que devem ser levadas em consideração.

Quando você decidir levar o seu bichinho e já tiver a passagem comprada, não demore para avisar a companhia. E fique ligado porque algumas empresas restringem o número de animais por voo.

Para cachorro ou gato é importante saber que o bichinho precisa ter no mínimo oito semanas de vida e estar completamente desmamado.

Uma outra dica essencial é a atenção no caso dos chamados animais braquicefálicos, aqueles de nariz achatadinho como buldogue francês (ou inglês), pug,  lhasa, chow chow, boxer, bull terrier, entre outros. Como eles têm diversas dificuldade de respiração, e de manter a temperatura corporal, é muito importante que eles não viagem em dias quentes. Algumas empresas inclusive proíbem que esse animais viajarem nesses dias.

Regras

A IATA, Associação Internacional de Transportes Aéreos (em inglês: International Air Transport Association — IATA), tem algumas regras para as viagens com cães e gatos, além de dicas básicas, como que eles não comam durante o voo, e bebam água normalmente. Eles também aconselham a não usar sedativos nos animais porque os efeitos adversos podem causar problemas durante o voo. Não se esqueça que todos esses detalhes devem ser vistos por você e avisado à companhia antes da viagem.

O tamanho do seu bichinho de estimação

Não esqueça que o tamanho do seu pet é essencial na hora de saber se ele pode viajar dentro ou fora da cabine. Animais maiores serão transportados no porão em um ambiente ventilado e aquecido.

Outra regra muito importante é o tamanho da caixa para transportar o seu pet. Os animais precisam conseguir sentar, ficar em pé e movimentar-se na caixa.

As medidas informadas pela IATA são:

A: O comprimento do animal deve ser medido da ponta do nariz à ponta da cauda.

B: A altura do animal deve ser medida do chão ao cotovelo.

C: A largura do animal deve ser medida de ombro a ombro ou do ponto mais largo.

D: A altura do animal de pé, em posição natural, deve ser medida do topo da cabeça ou da ponta da orelha até o chão.

Depois de ter todas essas medidas, você deve fazer essa conta:

A + ½ B = Comprimento C x 2 + Largura D = Altura

O resultado é o tamanho que precisa ter. Para as raças de nariz achatado, a caixa de transporte deve ser 10% maior. Lembrando mais uma vez, não se esqueça de entrar em contato com a companhia aérea na hora de se certificar as regras próprias dela.

Documentação

Viagens com pet para a UNIÃO EUROPEIA* Fonte TAP

(Alemanha, Áustria; Bélgica; Bulgária; Chipre; Croácia, Dinamarca; Eslováquia; Eslovênia; Espanha; Estônia; Finlândia; França; Grécia; Hungria; Irlanda; Itália; Letônia; Lituânia; Luxemburgo; Malta; Países Baixos; Polônia; Portugal; Romênia, Reino Unido, República Checa e Suécia. Noruega também utiliza o mesmo certificado)

Exigências Gerais

a) Atestado de Saúde com a declaração que o animal não apresenta sinais de doenças infectocontagiosas e parasitárias.

Comprovante de implantação de microchip ou tatuagem para fins de identificação do animal. O microchip deve atender ao padrão ISO 11784 e ISO 11785.

ATENÇÃO: É obrigatória a implantação do microchip antes da vacinação anti-rábica. Vacinação feita antes da microchipagem não tem validade para a União Europeia.

b) Carteira de Vacinação

Animais com mais de 12 semanas devem receber a vacina contra a raiva. Para animais com menos de 12 semanas de idade, que não receberam vacinação antirrábica, ou entre 12 e 16 semanas de idade e receberam vacinação antirrábica, mas ainda não decorreram 21 dias, pelo menos, desde a conclusão da vacinação primária, é necessária a autorização do órgão sanitário do país de destino para a circulação desses animais no seu território, e os animais devem estar acompanhados de uma declaração do dono ou da pessoa responsável pelo transporte, informando que, desde o nascimento até ao momento da circulação, os animais não estiveram em contacto com animais selvagens de espécies sensíveis à raiva; ou  pela mãe, de quem ainda dependem, e confirma-se que esta recebeu, antes do nascimento das crias, uma vacina antirrábica que cumpria os requisitos do Regulamento (UE) n.º 576/2013 do Parlamento Europeu.

c) Sorologia Antirrábica:

Tem de ser realizado com uma amostra colhida pelo menos 30 dias após a data de vacinação e três meses antes da data da viagem.

Tem de ser realizado por qualquer laboratório aprovado em conformidade com o artigo 3.º da Decisão 2000/258/CE

Deve ser apensada ao certificado uma cópia autenticada do laudo oficial do laboratório aprovado com os resultados do teste para detecção de anticorpos da raiva.

ATENÇÃO: É necessário aguardar 90 dias entre a data da coleta do sangue e o embarque do animal.

d) Tratamento antiparasitário:

Cães que se destinam aos países constantes do anexo I do Regulamento Delegado (UE) nº 1152/2011 (Finlândia, Irlanda, Malta e Reino Unido em 12/01/2016) devem receber tratamento contra Echinococcus multilocularis.

Mas não esqueça de sempre consultar a autoridade zoo sanitária do país de destino, para checar se eventuais novas exigências fazem parte da lista de documentos.

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