Qual o melhor investimento para R$ 50, R$ 500 ou R$ 5000

30 de set. de 20215 minutos de leitura
Qual o melhor investimento para R$ 50, R$ 500 ou R$ 5000

Muitos falam que guardar dinheiro é a melhor forma de adquirir bens de alto valor, mas a verdade é que poupar não é algo assim tão simples. Segundo levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), atualmente 61% das famílias brasileiras estão endividadas. Esse dado, por si só, mostra que nós não temos o hábito de poupar - muito menos fazer algum tipo de investimento.

Isso porque existe um mito de que é preciso guardar uma grande quantia de dinheiro para que ele renda bem. Na verdade, para chegar ao melhor investimento, é preciso ir guardando aos poucos.

Se você costuma ter muitos gastos, considere diminuir débitos supérfluos e reservar uma pequena quantia. Mas, se os seus rendimentos são insuficientes para juntar dinheiro, pesquise formas de conseguir rendas complementares e agilizar a conquista de seus objetivos.

Para auxiliar nessa jornada de começar a poupar e buscar o melhor investimento de acordo com o seu perfil, fizemos uma separação em valores que começam em R$ 50 mensais e chegam a até R$ 5.000 - ideal para quem já tem o hábito de poupar e pretende fazer o dinheiro render ainda mais. Confira:


Onde investir R$ 50 por mês

É comum que o investidor iniciante seja conservador e não queira arriscar perder dinheiro. Geralmente, ele considera a poupança como investimento. Embora seja uma opção segura, a poupança rende muito pouco: em média, 0,5% ao mês, muitas vezes até menos.

Para fazer com que sua grana renda mais, é possível investir no Tesouro Direto já com essa quantia - afinal, o valor mínimo é R$ 30. Pelo site do Tesouro Nacional, você pode simular o quanto pode ganhar ao investir o valor que deseja. Há opções que calculam a partir do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), com juros que são adicionados a cada semestre, e até rendimentos fixos.

O investimento no Tesouro acompanha os índices inflacionários e pode render, em média, um percentual de mais de 9% ao ano. Entretanto, o valor investido só pode ser retirado após um período de, no mínimo, 3 anos.

Ao investir a curto prazo no Tesouro Selic 2025, por exemplo, você não paga juros semestrais pelo investimento e tem a garantia de receber de volta um valor maior do que investiu - mesmo que a inflação apresente baixos ín

dices até lá.


Onde investir R$ 500 por mês

Com um valor de R$ 500 por mês, você já pode pensar em diversificar sua carteira de investimentos. Ou seja, pode investir em um mês no CDB, título de rendas emitido por instituições financeiras, que pode fazer com que ganhe até R$ 3 mil caso pague um valor acima de 100% de CDI - algo difícil de conseguir em grandes bancos privados, por exemplo.

Além disso, com esse montante você deve considerar um fundo de emergência, principalmente se a sua renda costuma ser muito variável, como é o caso de profissionais autônomos, free-lancers e prestadores de serviços.

Esse fundo precisa estar aplicado em um local de fácil retirada, como a poupança, e também pode ser utilizado para necessidades médicas, familiares etc.

E, mais uma vez, vale a pena considerar novamente o Tesouro, que pode render um bom dinheiro. Consulte aplicações a médio e longo prazo, que vão fazer com que sua rentabilidade aumente em alguns anos.

Onde investir R$ 5.000 por mês

Se você conseguiu guardar um valor equivalente a R$ 5.000, provavelmente já se informou sobre os melhores investimentos a se fazer. Diversificar é a melhor forma: além de títulos no Tesouro, fundo emergencial e CDB, você pode ousar um pouco mais - principalmente se contar com esse valor mensalmente.

A partir desse valor, você já pode considerar a Bolsa de Valores e começar a formar uma pequena carteira de ações. Isso exige acompanhar indicadores específicos da economia, como rentabilidade das empresas, evolução do Produto Interno Bruto (PIB), trajetória da inflação e taxa Selic.

Muitos veem o investimento na Bolsa como alto risco, principalmente quando esperam rentabilidade a curto e médio prazo. Mas isso acontece com quem já conhece bem os mecanismos e está acostumado às grandes oscilações do mercado. Por isso, muitos especialistas recomendam começar ‘de baixo’, investindo em fundos - algo que dá pra começar com menos de R$ 1.000, com taxa de retorno garantida, embora reduzida.

Já pensou em investir em consórcio?

Outra forma de fazer um bom investimento com essa quantia é com o consórcio. Você pode fazer uma simulação para a conquista de um automóvel, imóvel ou serviço com cartas de créditos que vão de R$ 15 mil a R$ 200 mil. Mas, se você quiser, por exemplo, adquirir um imóvel de valor superior aos R$ 200 mil, pode contratar várias cartas de crédito simultaneamente.

No consórcio, você não precisa pagar valor de entrada e investe em uma ‘poupança forçada’ para a conquista do bem que deseja.

Se você tiver R$ 5.000 em mãos mensalmente, não precisa investir todo o valor na carta. Nesse caso, vale reservar pelo menos 10% da quantia para ir juntando separadamente em uma conta que permita fácil retirada no futuro (como a poupança).

Com o passar dos meses, você pode ter o montante suficiente para ofertar o lance e, assim, ter em mãos o bem que selecionou. Vale lembrar que a carta de crédito dá poder de compra à vista, fazendo com que o bem saia muito mais em conta. Se quiser vender o carro ou o imóvel contemplado, por exemplo, pode negociar por um valor superior à aquisição pela carta de crédito.

Se a ideia é conquistar o bem para gerar mais renda, pode investir em um imóvel para alugar ou até mesmo montar o seu próprio negócio e, assim, garantir uma rentabilidade mensal a mais.

Diversifique sempre que puder

De qualquer forma, não existe uma maneira simples e generalizada para realizar o melhor investimento. Diversificar ajuda muito e, para isso, é preciso fazer comparações entre corretoras, taxas bancárias, ações, índices econômicos e administradoras de consórcio, para fazer com que o seu dinheiro renda mais a médio e longo prazo.

Seu perfil melhora a cada investimento realizado e, quando achar que a hora chegou, pode considerar ações e fundos variáveis, que são mais propensos à alta rentabilidade. Mas, lembre-se: nenhum investidor arrisca tudo em um só tipo de investimento, principalmente se for algo arriscado! Por isso, tenha o cuidado de se informar para, enfim, fazer o seu dinheiro render da melhor maneira e curtir a vida como sempre quis.

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