Como calcular as parcelas do consórcio?

24 de set. de 20215 minutos de leitura
Como calcular as parcelas do consórcio?

O financiamento em grupo é a melhor forma de planejar e adquirir um bem ou serviço hoje em dia. Sem juros e sem entrada, você pode conquistar, sem burocracia, moto, carro, casa, reformas, serviços, cirurgia plástica, viagem, entre outras coisas. Porém, você sabe como calcular as parcelas do consórcio? Sem essa informação, será bem difícil se planejar financeiramente para arcar com os custos.

Felizmente, não há nenhum grande mistério envolvido aqui. Basta conhecer as regras que o consórcio segue e fazer algumas contas com base no valor do bem que você pretende adquirir. E, para ajudar com essa questão, vamos falar um pouco sobre como o consórcio funciona.  E como você pode fazer o cálculo das parcelas com precisão. Confira.

O que é um consórcio?

Para entender por que o consórcio é tão vantajoso, basta entender como ele funciona.  Resumidamente, trata-se de uma modalidade de acesso ao mercado de consumo viabilizada por grupos de pessoas físicas ou jurídicas. Juntos, eles têm a finalidade de formar uma poupança em comum que será usada para adquirir um bem. Esse bem pode ser móvel (carro, moto), imóvel (casa, terreno) ou mesmo um serviço.

Os consorciados são contemplados todos os meses durante as assembleias, por meio de sorteios ou lances. Quando você é sorteado, recebe uma carta de crédito no valor do bem que deseja, para comprá-lo à vista. E você também pode aumentar suas chances de recebê-la primeiro caso pague parcelas adiantadas. Independentemente da forma que o participante adquire a carta de crédito, pode usá-la para comprar o bem que escolheu.

Por ser parte de uma poupança comum, não há juros nas parcelas, nem a necessidade de pagar entradas. O único custo, no máximo, é a taxa de manutenção da conta, bem menor que as taxas aplicadas no parcelamento. Devido a todos esses fatores, o consórcio é a forma mais barata de parcelar os bens.

Como adquirir o consórcio?

O primeiro passo é pesquisar uma administradora que possa prestar o serviço de consórcio para o bem que você deseja. Algumas trabalham apenas com imóveis ou com serviços específicos, por exemplo.

Em seguida, é necessário fazer sua inscrição na administradora e esperar que um consórcio seja aberto.

Algumas administradoras podem exigir documentos mais específicos, mas o mais comum é solicitarem apenas o original e cópia dos mais comuns, como CPF/CNPJ, RG, comprovante de residência, entre outros.

Nesse processo, você também receberá um contrato especificando todos os passos envolvidos, os valores e condições de contemplação. E, claro, também todas as consequências envolvidas na inadimplência das parcelas. Afinal, mesmo depois de receber a carta de crédito, você ainda deve pagar tudo que deve ao consórcio.

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Algumas precauções

Antes de pensar em fazer consórcio, deve-se levar em consideração que a empresa administradora precisa ser autorizada pelo Banco Central do Brasil (Bacen). Verifique essas credenciais o quanto antes. Se você se envolver com uma empresa com um histórico ruim ou sem registro, é bem provável que perca todo o seu investimento.

Além disso, tente comparar mais de uma opção de consórcio antes de fechar sua escolha. Algumas empresas apresentam melhores opções de parcelamento, enquanto outras dão mais benefícios aos participantes. Busque sempre a melhor relação entre custo e benefício na hora de decidir.

Como fazer o cálculo das parcelas do consórcio?

Uma vez contratado, é preciso assumir o compromisso de pagar mensalmente as parcelas do consórcio. Além de investir no bem em si, essas mensalidades incluem outras taxas.

Para calcular o valor exato, é necessário saber o percentual referente ao número de cada uma das taxas inclusas nas parcelas do consórcio. Aqui está uma lista delas e como elas funcionam.

Fundo de reserva

Como o nome já diz, esse é um fundo gerado para lidar com possíveis emergências durante o pagamento do consórcio, o que inclui a inadimplência ou atrasos de outros membros. O valor final do fundo e os momentos os quais ele pode ou não ser usado dependem das condições do contrato, ou seja, a administradora cria regras para sua utilização. Dessa forma, ninguém corre o risco de perder esse fundo inesperadamente.

Como exemplo, digamos que você participará de um consórcio de 30 meses e o fundo de reserva final deve ser de 5% do valor do bem a ser adquirido. Dividindo 5/50, você terá que pagar aproximadamente 0,1% do valor do bem a cada mês, em adição à parcela básica, totalizando os 5% estimados, caso o fundo de reserva não seja acionado.

Fundo comum

Esse é o componente base para todas as parcelas no consórcio. Trata-se do fundo que será usado para efetivamente para pagar o bem que você quer adquirir. Do ponto de vista da administradora, ele inclui tanto o valor pago por você quanto o que é inserido pelos outros participantes do consórcio. Porém, para você, ele consiste em apenas uma prestação do bem.

Naturalmente, o peso do fundo comum em suas parcelas é o valor integral do bem, dividido pelo total de prestações a serem pagas. Seguindo o mesmo exemplo do tópico acima, um bem no valor de R$20.000, dividido em 50 partes, representa um montante base de R$400, sem contar com as taxas adicionais.

Taxa de administração

Como o consórcio é um serviço prestado por uma empresa, ele precisa ser pago. Para isso serve a taxa de administração, que representa o trabalho dos profissionais que vigiam a conta e a estrutura usada para fazer toda a negociação com segurança e legalidade. Felizmente, essa taxa sempre é mais barata do que os juros do parcelamento tradicional.

Mais uma vez, o valor pago aqui é proporcional ao total do bem que você pretende adquirir, dividido pelo número de parcelas a serem pagas. Digamos que a taxa de administração seja de 10% em relação ao preço do item, seguindo as mesmas condições estabelecidas no nosso exemplo. A quantia mensal será de 0,5% em relação ao montante, o que representa um valor final de R$100 por mês.

Seguro

Não é sempre obrigatório, mas o seguro ainda pode constar nas parcelas do consórcio. Existem dois tipos que podem ser usados: o de quebra de garantia que, quando ativado, um dos membros fica inadimplente, e o de vida, que cobre as prestações caso o membro venha a falecer.

Podem ser obrigatórios ou opcionais, dependendo da instituição financeira, e seus valores variam bastante. Sendo assim, o melhor é entrar em contato com a administradora para conferir os números com mais precisão. Com todos os itens acima em mente, vamos fazer um cálculo rápido do quanto deverá ser pago.

Primeiro, somamos os percentuais de cada componente em relação ao valor total do bem:

  • fundo comum: 100%;
  • fundo de reserva: 5%;
  • taxa de administração: 10%;
  • valor do bem: R$20.000;
  • porcentagem total a pagar: 115%.

Isso significa que, com as taxas, devemos adicionar 15% ao valor total do bem para saber quanto desembolsaremos no final. Fazendo as contas, temos um total de R$23.000.

Consórcio: bem mais em conta

Agora, para calcular o valor das parcelas no consórcio, devemos dividir o total pelo prazo de pagamento, que é de 50 meses. Mais uma vez, fazendo uma conta rápida, obtemos uma parcela final de R$460. Valor bem mais em conta do que muitas alternativas.

Essa é apenas uma versão simplificada do cálculo. O seu consórcio ainda pode estar sujeito a várias alterações, como o valor do seguro, reajustes e pequenas possíveis inadimplências. Ao fazer uma simulação no site da Embracon, você consegue ter dimensão do quanto vai pagar mês a mês. Para isso, basta inserir o preço do bem que deseja conquistar.

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Simule um consórcio de carro. Agora que você sabe um pouco mais sobre como fazer o cálculo das parcelas do consórcio, pode começar a planejar o seu agora mesmo. E se quiser continuar recebendo algumas orientações sobre o tema, assine nossa newsletter e fique sempre por dentro de nossos melhores conteúdos.

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