O termo custo de vida é bastante utilizado no mundo das finanças. Porém, ele pode gerar algumas confusões, já que serve para designar coisas diferentes.
Você pode falar sobre custo de vida ao abordar, por exemplo, a necessidade de entender quanto gastaria para morar em determinado lugar. E, por outro lado, pode utilizar o termo custo de vida para entender seus gastos mensais como um todo e, assim, conseguir se planejar da melhor forma em busca de suas conquistas.
A seguir, vamos explicar um pouco dessas duas abordagens e como você pode calcular o seu próprio custo de vida.
O que é custo de vida?
O custo de vida nada mais é do que a soma de tudo o que você considera necessário para a sua vida. Ele leva em consideração seus gastos mensais, mas também está relacionado aos custos de onde você mora.
Por exemplo: para tomar um café em uma padaria de São Paulo muito provavelmente você gastará mais do que se tomar o mesmo café em uma padaria de Recife, por exemplo.
O lugar em que moramos tem grande interferência no nosso custo total de vida. Isso porque pagamos impostos, consumimos, compramos coisas, enfim, realizamos diversas atividades levando em consideração os custos de se viver em determinado local.
Ou seja, você pode ter um custo de vida menor morando em uma cidade como Mogi das Cruzes (São Paulo), por exemplo, comparado à cidade de São Paulo. Mas, será que lá você teria a oportunidade de entrar em um emprego que paga um salário igual ou superior ao que se ganha morando na capital paulista?
Por isso mesmo, o custo de vida é um conceito que leva uma série de variáveis, como oportunidade de emprego, inflação, entre outras coisas.
Como entender o custo de vida?
Em resumo, o custo de vida é um indicador que mostra quão caro é morar em uma determinada cidade, estado ou país.
O custo de vida, também conhecido como IVC, tem como média a base salarial de determinado local. A partir disso, é possível saber se as pessoas que moram em uma cidade como Brasília, por exemplo, possuem um padrão de vida superior ou inferior a quem mora no Rio de Janeiro.
Existem casos de cidades em que o custo de vida costuma ser alto - mas, em contrapartida, as pessoas ganham um salário melhor.
Para realizar esse tipo de cálculo, é preciso acompanhar a elevação dos preços em determinado período e como isso pode afetar os seus rendimentos mensais.
Em São Paulo, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) baseia sua metodologia em 10 categorias:
• Alimentação;
• Habitação;
• Equipamentos domésticos;
• Transporte;
• Vestuário;
• Educação e leitura;
• Saúde;
• Recreação;
• Despesas pessoais;
• Despesas diversas.
O Dieese faz esse cálculo de forma anual, para assegurar um controle mais preciso de todas as categorias que aumentaram ou caíram o preço dentro de um período anual - algo parecido com a inflação, só que mais voltado para entender o quanto realmente é necessário ter para se viver na cidade.
Embora o conceito de custo de vida esteja muito associado ao local em que se vive, quando se fala em calcular o seu próprio, a conta não chega a ser assim tão complicada.
A seguir, vamos explicar como isso funciona.
Calculando seu custo de vida
Bom, você sabe que existem custos diversos que precisamos lidar com o dia a dia: alimentação, transporte, aluguel, lazer, saúde e muitos outros.
Nossos rendimentos ajudam a ter um parâmetro do padrão de vida que conquistamos ao longo do tempo. Existe a velha máxima que diz: quem ganha mais, gasta mais. O que acontece é que as pessoas tendem a elevar seu padrão quando estão mais capitalizadas, e isso interfere diretamente na noção de custo de vida.
Portanto, para entender seu custo de vida é preciso entender dois conceitos, que iremos explicar a seguir.
Gastos fixos
São aqueles gastos que não se alteram e devem ser pagos todos os meses. Mesmo quando há algum tipo de alteração, não chega a ser algo que interfere muito nos seus rendimentos mensais.
Entre eles, podemos mencionar gastos com aluguel, habitação, serviços básicos, impostos diversos, utilidades e supermercado, por exemplo.
Gastos variáveis
Já os gastos variáveis são aqueles que tendem a mudar com o passar dos meses. Por exemplo, quando você e sua família tentam se organizar para uma viagem, certamente precisam comprometer parte de sua renda. Como não é algo que acontece mensalmente, dentro de uma rotina, pode ser considerado um gasto variável.
Outros exemplos incluem compras feitas em algum tipo de passeio, consertos no carro, entretenimento, cafezinho na esquina, entre muitos outros.
Custo de vida = gastos fixos + gastos variáveis
É exatamente a soma desses dois tipos de gasto que formam o seu custo de vida. Ou, em termos mais simples, tudo aquilo que gastamos com o nosso dinheiro ao longo dos meses, seja com coisas importantes, necessárias ou supérfluas.
A partir do momento em que você faz a soma dos gastos fixos com os gastos variáveis, consegue ter uma boa noção do seu custo de vida.
Caso queira avaliar uma possível mudança de local, provavelmente terá que repensar todo o seu custo de vida. Afinal, mudando de cidade seus custos de vida devem mudar, assim como os gastos variáveis, já que a saída para bares, restaurantes, museus, enfim, diversas opções de lazer, sofrem alterações com a mudança.
Porém, não se esqueça que, com uma decisão desse tipo, seus rendimentos mensais também devem mudar. Compare a média salarial da sua profissão no local em que você mora e o local em que considera morar e utilize como parâmetro para identificar seu real custo de vida.
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