Planejar as finanças da família e ensinar as crianças a lidar com dinheiro da forma correta ajuda a formar adultos capazes de gerir sua vida financeira sem problemas. E a economizar dinheiro para o orçamento familiar e para a realização de sonhos.
Talvez você tenha amigos ou conhecidos que estejam ou já estiveram com problemas financeiros. Muitas vezes, isso acontece porque esses adultos, enquanto crianças, nunca foram estimulados a ter cuidado ou gerir seu próprio dinheiro da forma correta.
Incentivar seus filhos a economizar dinheiro trará muitos benefícios para a vida de adulto dele. Além disso, ajuda você a ficar sempre em dia com o orçamento familiar. Isso porque, hábitos adquiridos nos primeiros anos de vida, tendem a acompanhar o indivíduo.
Sem contar que, a cada fase em que os filhos entram, novas despesas aparecem. Por isso, é importante educá-los financeiramente, para que possam priorizar o que é necessário e você consiga evitar que ultrapassem o orçamento.
Quer saber mais sobre como ensinar seus filhos a economizar dinheiro? Continue a leitura e confira 6 dicas!
Saiba como identificar e eliminar os gastos desnecessários.
1. Entre no universo da criança
Um dos principais erros dos pais ao tentar ensinar a importância do dinheiro para crianças é falar segundo a sua perspectiva, trazendo a criança para a vida adulta. As crianças não são mini adultos.
Falar sobre a conta de luz, sobre a conta do restaurante ou despesas da casa, no geral, não farão sentido para a criança. Entretanto, quando a criança pedir um novo brinquedo ou uma festa de aniversário, aí sim, pode ser a hora de abordar o assunto.
Leia também: Como organizar as finanças do casal?
2. Ofereça mesada
É importante que a criança tenha seu próprio dinheiro. Nesse ponto, a mesada funciona como uma maneira de ensinar seu filho a administrá-lo.
Depois das primeiras conversas sobre a importância do dinheiro, é hora de estimular, para que elas passem a gerir seus próprios recursos. A mesada tem um papel importante nesse momento. Como um mês pode ser um período muito grande para a criança, você pode optar por uma “semanada”.
É nessa hora, também, que surge uma das principais dúvidas para os pais: quanto devo oferecer para meus filhos?
Bem, não há uma regra fixa para isso. O estilo de vida da família, as condições financeiras dos pais e a realidade da criança vão influenciar na decisão.
A dica é: ofereça menos no começo. É mais fácil que você suba a mesada do seu filho, até mesmo como forma de recompensa por ele conseguir economizar dinheiro, do que ter que reduzir.
Também é recomendado que os pais mostrem para seus filhos a importância de priorizar as escolhas. Por exemplo, se o filho quiser ir ao cinema, ele terá que abrir mão de outro programa, porque o valor da mesada não contemplará os dois programas.
O importante é fazer com que seu filho entenda que, assim como funciona com a mesada, quando adulto, ele terá determinada quantia de dinheiro para usar durante o mês e cometerá a menor quantidade de erros financeiros possíveis.
Descubra: Economia colaborativa: saiba tudo sobre o assunto.
3. Mostre a importância de economizar agora para ganhar depois
Ensine, desde cedo, a importância de guardar uma parte do dinheiro para uma recompensa futura.
Por exemplo, sabe aquele brinquedo que seu filho vive pedindo e custa R$ 150? Você pode estimular que ele consiga juntar R$50,00 e você, como recompensa, completa o valor restante.
Prêmios e recompensas são importantes para se ensinar a respeito de causa e consequência.
Para crianças menores, um cofrinho funciona muito bem. Mas, se seu filho for uma criança maior ou um adolescente, abrir uma poupança pode ser a melhor alternativa.
Entenda como começar a investir mesmo com pouco dinheiro.
4. Incentive seus filhos a anotar seus gastos
Outra dica importante é estimular a criança a anotar seus ganhos e gastos. Isso contribui, muito, como a organização das finanças da família.
Mostre a ela como registrar o quanto ela ganhou de mesada, o quanto gastou e quanto conseguiu economizar naquela semana ou mês. Esse é um aprendizado para a vida e, quando feito desde o início, deixa de ser algo chato e complicado e passa a ser natural.
De acordo com a idade do seu filho, ele pode listar seus gastos em um caderno próprio ou em um aplicativo, que pode ser mais atraente para ele.
É importante que você esteja ao lado dos seus filhos durante as primeiras anotações. Assim, você poderá aproveitar esse momento para ensiná-los algumas contas básicas para o controle financeiro de suas mesadas.
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5. Ensine os filhos a gastarem menos do que ganham
Outra dica que parece óbvia, mas nem sempre é: explique para seus filhos, desde cedo, a importância de gastar menos do que ele ganha de mesada.
Mostre que gastos além da receita atrapalham as finanças da família e, algumas vezes, até o relacionamento familiar.
Isso também ajudará os próprios pais a controlar o orçamento da casa. É importante, também, explicar conceitos de consumo consciente.
Tem filhos de diferentes idades? Os brinquedos deles podem ser compartilhados e, quando não forem mais usados, podem ser doados. Assim, os pais também transmitem valores como o da generosidade.
Leia mais: Afinal, quais são as diferenças entre poupar, economizar e investir?
6. Seja um exemplo e economize dinheiro
Ao ensinar seu filho sobre a importância de economizar dinheiro, você não pode seguir a máxima do faça o que eu falo e não o que eu faço.
Crianças aprendem muito com o exemplo. Ao ver os pais controlarem as finanças da família, a criança acaba percebendo a importância de gastar com consciência.
Os pais podem compartilhar o orçamento familiar com seus filhos. Assim, todos saberão a realidade financeira da família, podendo contribuir com despesas da casa ou, pelo menos, para a redução das contas que estiverem altas, por exemplo.
Muitos pais, por não enxergarem a importância ou por não terem tido esses ensinamentos, acabam negligenciando esse ensino. Talvez por pensarem que as crianças não entenderão os conceitos financeiros. Por isso, vale lembrar novamente a necessidade de adequar a linguagem com a idade do seu filho.
Seja por meio de jogos e brincadeiras com as crianças ou por atribuição de responsabilidades com os adolescentes, o importante é não deixar um assunto tão sério de lado.
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