O sistema de consórcio é, muitas vezes, a opção de pessoas que não podem arcar com os juros de um financiamento. Contudo, essa modalidade de crédito ainda gera dúvidas e receios, principalmente acerca dos limites, possibilidades e possíveis contratempos e erros. Especialmente sobre o que acontece no caso de não conseguir pagar meu consórcio e as parcelas mensais como esperado.
Hoje, vamos abordar os tópicos fundamentais para evitar problemas ao realizar esse tipo de investimento. A seguir, vamos falar sobre a importância de ter um planejamento financeiro. Em seguida, explicar os possíveis problemas que você pode enfrentar se não conseguir pagar o consórcio. E como isso pode ser solucionado, em diferentes situações. Confira!
Por que fazer um planejamento financeiro?
Trabalhar em um planejamento financeiro coerente, que traduz a sua situação econômica e seja alinhado com metas e objetivos futuros é um exercício essencial para realizar qualquer investimento.
O primeiro passo deve ser diagnosticar a sua situação atual. Você deve responder perguntas como:
qual a sua renda fixa mensal?
quais são suas despesas fixas?
quais são suas demais despesas?
com o saldo, prefere economizar em uma poupança ou em outro investimento?
Outros pontos a considerar:
pode diversificar as fontes de recursos?
existe a possibilidade de economizar mais por meio da mudança de hábitos e comportamentos de consumo?
é possível separar uma parcela da sua renda para situações de emergência?
quais as metas e objetivos que você deseja atingir?
PRIMEIROS PASSOS
Com as respostas para essas perguntas você já terá um pequeno guia do que tem disponível. Sabe quanto gasta, como e quanto pode economizar, se pode investir para aumentar seu patrimônio e quais são suas metas e objetivos específicos. Assim, será mais fácil focar na realização dos seus objetivos.
A partir desse planejamento, você terá informações para fazer simulações e conferir se a sua situação financeira permite o investimento que deseja. E, até mesmo, prever quanto tempo ou quantas parcelas serão necessárias para atingir sua meta. Tudo isso ajuda a decidir e a realizar os seus sonhos sem grandes sacrifícios ou imprevistos.
Uma pessoa com um bom planejamento financeiro e com toda a documentação preparada evita contratempos. Ou seja, esse planejamento servirá de orientação para que você persiga seus objetivos de forma responsável e em consonância com a sua realidade financeira. Dessa forma, evita muitos problemas e encontra a solução para outros contratempos.
Não consigo pagar o consórcio, o quê fazer?
Agora você já sabe que é imprescindível preparar um planejamento financeiro. E isso não só para investir em consórcio como, também, para se prevenir e evitar problemas de várias naturezas. Assim, vejamos o que é possível fazer em algumas situações específicas que podem surgir.
Consequências de se atrasar as parcelas — consórcio não contemplado
Sabemos que mesmo com um bom planejamento financeiro, algumas situações inesperadas podem acontecer e comprometer seu orçamento por algum tempo. Nesse caso, se você ainda não foi contemplado no consórcio, há algumas possibilidades para evitar consequências mais graves. Entre elas, a anulação da sua cota.
A primeira providência é procurar a administradora do consórcio e explicar a situação. Em seguida, busque alternativas que sejam adequadas para você.
Você pode tentar negociar, por exemplo, a diluição do débito nas mensalidades que ainda restam até a quitação. Em casos extremos, como desemprego ou acidentes, você pode utilizar o seguro para manter as parcelas em dia. Outra alternativa viável é reduzir sua linha de crédito. Assim, você terá uma mais acessível até a situação financeira ficar estável.
Leia mais: Tire todas as suas dúvidas sobre os direitos e deveres do consorciado
Consequências de atrasar as parcelas — consórcio contemplado não faturado
No caso de já ter sido contemplado no consórcio, mas não ter quitado as prestações, o mais recomendado é solicitar o seguro prestamista. Caso não se enquadre nos critérios da administradora, pode continuar usando do investimento ativo. A desclassificação e o cancelamento da cota com crédito pendente ocorrem com 42 dias de atraso.
Consequências de atrasar as parcelas — consórcio contemplado e faturado
Quem foi contemplado e já utilizou o crédito enfrenta uma situação um pouco mais complicada. Nesse caso, o atraso nas parcelas será notificado pela administradora de forma amigável.
Contudo, ao persistirem os atrasos, a administradora pode tomar ações mais drásticas, que incluem a negativação e, até mesmo, a apropriação do bem. Quando isso acontece, o bem é leiloado para quitar as parcelas em aberto.
É preciso compreender que os consorciados dependem um do outro para esse tipo de investimento, dessa forma, o atraso de uma pessoa pode comprometer o investimento de todo o grupo.
Desistência de consórcio — como funciona?
A desistência do consórcio tem consequências diferentes que dependem da vigência do contrato. Caso você desista do consórcio até sete dias após firmar o compromisso, a legislação que regula esse tipo de transação garante que você não pagará nenhuma multa e será restituído dos valores já aplicados. Porém, para isso há um detalhe importante: o contrato não pode ser assinado na sede da administradora.
Caso você desista do consórcio durante o decorrer do contrato, leia atentamente o plano de adesão que você assinou e veja quais são as regras e condições dadas pela administradora. Elas podem variar caso a caso. Em geral, o que ocorre é que a empresa realizará na assembleia mensal de consorciados a sua contemplação. Assim, você receberá de volta o dinheiro que já investiu.
Já se você desistir do consórcio após a contemplação, mas sem ter utilizado a carta de crédito, a administradora realizará o processo de “descontemplação” para que você possa cancelar a sua cota e ser restituído dos valores investidos.
Contudo, se você foi contemplado e utilizou o crédito já não é possível desistir do consórcio, sendo necessário verificar junto da administradora as opções que são viáveis para cada caso.
Em busca de soluções
Outra possibilidade para pessoas que precisam desistir do consórcio é a venda da cota. Ela é permitida pela legislação brasileira, mas as condições para que a cota possa ser vendida varia por administradora e tipo de consórcio investido.
De todo modo, lembre-se que a administradora é a maior interessada em soluções que façam dessas situações mais simplificadas. Portanto, ela deverá ser sua maior aliada em qualquer situação de inadimplência ou dificuldades financeiras.
Gostou do nosso post de hoje sobre o que fazer quando você não consegue pagar o consórcio? Então, mantenha-se informado e não deixe de conferir este outro post sobre como evitar fraudes em consórcios e não cair em golpes!
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