Para a compra de bens de alto valor, é comum que o brasileiro acabe optando pelo financiamento. Trata-se do modelo mais conhecido de parcelamento, justamente porque é possível ter acesso imediato ao bem enquanto se realiza o pagamento dele.
Uma das principais premissas do financiamento é a cobrança de juros. Quanto maior a quantidade de parcelas que você paga por um bem, maior é o juros cobrado pela instituição financeira.
O financiamento é uma operação bastante lucrativa para essas instituições. Dessa forma, o valor a prazo do bem pode custar mais que o dobro de seu valor original - sem falar que, até a conclusão do pagamento, muito provavelmente o bem possa ter se desvalorizado (no caso de um carro ou uma moto, por exemplo).
Para que consiga fazer um financiamento, é necessário seguir uma série de passos. Primeiramente, é preciso ter acesso a crédito, o que pode depender de um bom score no SPC ou Serasa. Se tiver com o nome sujo, por exemplo, você fica impedido de fazer um financiamento.
As instituições financeiras exigem que o interessado dê uma entrada para a compra financiada. Geralmente, o valor mínimo é de 20% do total do bem, ou seja, é preciso estar minimamente capitalizado para efetuar a compra do seu bem.
Ao ter o seu financiamento aprovado, a instituição quita a compra do bem que você selecionou e estabelece a dívida a ser paga - no caso, a divisão das mensalidades. Ao fazer o cálculo do valor a prazo, é comum que o preço do bem custe mais que o dobro de seu valor original, por conta da cobrança de juros.
Por ser uma modalidade comum de compra, muitos consumidores acabam se arrependendo do financiamento no meio do caminho. E, em busca de fazer a quitação, buscam algumas alternativas, para ter o bem totalmente em seu nome.
Você sabia que, com o consórcio, é possível fazer essa quitação? Antes de tudo, vamos explicar como funciona o consórcio e, em seguida, como prosseguir para quitar o seu financiamento com a sua cota.
Como funciona o consórcio
Diferente de outras modalidades de pagamento, o consórcio é uma espécie de autofinanciamento: você seleciona o tipo de bem que deseja comprar, determina o valor da carta de crédito (que corresponde ao valor total do bem) e a quantidade de mensalidades.
A diferença é que você não tem acesso ao bem de imediato. Ao fechar o contrato, você é inserido em um grupo, junto a pessoas com interesses parecidos com o seu, e participa das assembleias, que realizam todo o processo de contemplação.
Você pode ser contemplado por meio dos sorteios, que pode acontecer do primeiro ao último mês da sua cota. Caso tenha interesse de ser contemplado de forma antecipada, você pode tentar a oferta de um lance, que é um valor a mais que cada consorciado pode tentar. Pelo lance, cada interessado insere a sua proposta em uma Área de Clientes e aguarda a assembleia anunciar o vencedor - que, pela modalidade mais comum, lance livre, acaba sendo o maior valor ofertado.
É possível realizar a oferta de lance quantas vezes quiser. Quanto maior a sua oferta de lance, maiores são as suas chances de contemplação.
Seja por sorteio ou por lance, nenhuma administradora pode garantir quando a contemplação da sua cota vai acontecer. Essa regra é estipulada pelo Banco Central do Brasil (Bacen), que regula o setor de consórcio. Portanto, se quiser ser contemplado mais rapidamente, o mais recomendado é juntar o valor para o seu lance. O valor debitado quita as últimas mensalidades da sua cota.
Como quitar o financiamento com o consórcio?
Agora que você já conhece como funciona o consórcio, vamos explicar como você pode quitar o seu financiamento com o consórcio.
Antes de tudo, é preciso que o financiamento esteja no mesmo nome do dono da cota de consórcio.
Para isso, é necessário escolher o produto que seja o mesmo do financiamento. Por exemplo, se estiver com a dívida de um apartamento em uma instituição financeira, você precisa escolher o consórcio de imóveis para essa finalidade. Os dois contratos devem ser do mesmo segmento para que a carta de crédito possa ser utilizada.
Além disso, a carta de crédito precisa ter valor igual ou superior ao débito que se tem com a instituição financeira. Digamos que você tenha comprado um apartamento e quitado algumas mensalidades mas, como dívida, ainda precisa pagar o equivalente a R$ 100 mil.
Neste caso, a sua carta de crédito deve ser de um valor equivalente a R$ 100 mil ou mais. Se ainda assim sobrar dinheiro, é possível quitar parte do valor restante da sua dívida com o consórcio.
Quando todas essas condições são cumpridas, a administradora do consórcio faz uma análise de crédito, em que se avalia o bem para saber se o valor bate com o que está sendo declarado e pago na operação.
Vale ressaltar que qualquer banco tem que aceitar a carta de crédito para quitação de financiamento. Sendo assim, essa operação não depende da anuência da instituição financeira.
Enfim, usar a carta de crédito para quitação de financiamento é uma ótima opção para quem quer se livrar dos juros altos. Por ter um valor de compra à vista, você consegue quitar de uma só vez a sua dívida e finalmente ter a casa, carro, moto ou apartamento totalmente em seu nome.
Se você possui um financiamento em aberto, e deseja quitá-lo, conte com o consórcio. Faça uma simulação e aproveite os benefícios de uma modalidade que ajuda milhões de pessoas a realizarem seus sonhos.