Comece o ano com um carro novo. Veja como comprar o seu

18 de jan. de 202212 minutos de leitura
Comece o ano com um carro novo. Veja como comprar o seu

Desde que os primeiros carros populares foram lançados no Brasil, em meados dos anos 1950, não demorou para que mais e mais pessoas tivessem interesse em ter o seu próprio modelo na garagem.

Isso porque o carro representa muitas coisas: dá um senso de liberdade, seja para ir ao trabalho ou nos momentos de lazer com a família.

Atualmente, existem muitas formas de ter acesso a um carro particular: você pode chamar um aplicativo de carona para se locomover mais rapidamente de um lugar para outro, alugar o seu modelo ou, com nos velhos tempos, pedir carona para algum conhecido - e existem apps que facilitam isso, como Blablacar para longas viagens e Waze Carpool para trajetos em comum na cidade em que se mora, por exemplo.

É interessante que, não importa quanto tempo passe, o carro ainda permanece como uma das aquisições mais importantes para as pessoas. Com o isolamento social que veio com a pandemia de Covid-19, o automóvel ganhou uma importância ainda maior: uma pesquisa realizada pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) informou que mais de 75% das pessoas tinham interesse de comprar ou trocar de carro ainda em 2021. E, quem não tem nenhum automóvel na garagem, acabou utilizando mais os aplicativos de carona - tanto que 46% dos pesquisados relataram uma adoção maior de apps como Uber, 99 e afins.

Mas, quando se trata de comprar um carro, é preciso observar muitos fatores. O ritmo da economia, por exemplo, tem uma importância enorme. No Brasil, com a taxa de juros aumentando a cada trimestre, o valor do automóvel acaba sendo comprometido - principalmente se você considerar o financiamento para a compra, em que é necessário dar um valor de entrada e pagar juros nas mensalidades, fazendo com que o bem custe mais que o dobro de seu valor original quando calculado a prazo.

A desvalorização do real também precisa ser colocada na balança nessa avaliação, afinal, muitas peças para a fabricação, sem falar dos modelos importados, são diretamente impactadas quando o dólar fica mais caro diante do real.

A escassez de alguns componentes também estão alterando o ritmo de preços dos veículos, seja zero km ou seminovos. Você provavelmente deve ter ouvido falar da falta de semicondutores para a produção de novos modelos, algo que está atingindo fábricas em todo o mundo. Esses microprocessadores costumam ser fabricados na Ásia e, por conta da falta de material para suprir uma demanda global, concessionárias em todo o mundo tiveram que paralisar fabricações inteiras de modelos muito procurados. O Chevrolet Onix, por exemplo, que é o carro mais vendido do Brasil, teve sua produção global paralisada entre 5 de abril e 16 de agosto de 2021 por conta desse problema. E, assim como o carro popular da Chevrolet, muitos outros modelos foram afetados.

Por conta desse problema, quem procura por carros zero km pode ter que esperar mais do que desejaria, além de ter que pagar um valor maior do que já foi anos atrás - um carro popular pode custar até R$ 100 mil, o que representa uma valorização próxima a 30%, bem acima da taxa oficial de inflação do país (que ficou em 9,26%).

E não foram apenas os modelos zero km que encareceram. Quem saiu em busca de um seminovo muito provavelmente se deparou com preços mais elevados que de costume. Isso porque os estoques de carros usados em concessionárias e lojas independentes também foram reduzidos com o passar dos anos.  

Com o interesse maior das pessoas em ter um automóvel, o tempo de revenda de um modelo caiu de mais de dois meses para aproximadamente 30 dias após a pandemia. Então, em busca de manter o negócio sustentável, quem vende carro acabou elevando o preço médio.  

De acordo com um executivo de uma plataforma de venda de automóveis, um automóvel seminovo que era vendido por cerca de R$ 45 mil, há um ano, atualmente pode sair por mais de R$ 60 mil no bolso do consumidor.

Por mais que sejam estatísticas desanimadoras, vale a pena destacar que você pode planejar a compra do seu automóvel. Afinal, ele não deixa de ser uma necessidade latente para o dia a dia: proporciona mais segurança na locomoção, permite economizar tempo ao longo dos trajetos e, claro, facilita bastante a rotina da família inteira, que tem a liberdade de sair quando quiser.

Mas, como se organizar para a compra do carro? A seguir, vamos trazer algumas dicas.

Entenda qual a sua necessidade com o veículo

Para cada necessidade, existe um tipo diferente de carro. Se você pretende ter um modelo somente para trabalhar, muito provavelmente irá prezar a economia. Quanto a isso, pesquise por carros que consigam rodar mais quilômetros por litro de combustível. Os modelos populares podem ser uma boa opção mas, se realmente quiser economizar no trajeto, considere a compra de um carro elétrico que, embora seja mais caro que os modelos tradicionais, oferece bastante economia a longo prazo.

Muitas pessoas consideram a compra de um carro somente para o lazer com a família. É comum que alguns adotem até mais de uma opção de carro na garagem, deixando um mais antigo para trabalhar e exercer as rotinas diárias e um modelo mais novo para passeio.

Nesse quesito, o conforto fala mais alto. Você pode optar por modelos com banco de couro, um bom sistema de som interno e espaço o suficiente para sua bagagem no porta-malas.

De picapes, para levar pequenas cargas, aos grandes sedãs de luxo, existem diversos tipos de carro para agradar a todos os gostos. Converse com todos os integrantes da família, para identificar qual tem mais a ver com a sua realidade. Vale lembrar que você não precisa considerar apenas os ‘extremos’: por exemplo, se quer um carro tanto para trabalhar, como para passear, considere modelos que tenham um bom conforto e que, ainda assim, sejam econômicos.

Pesquise bem os preços

A partir do momento que você e sua família têm uma ideia do modelo que deseja comprar, é importante fazer uma pesquisa de preços. Você pode utilizar a tabela Fipe para fazer esse comparativo: por lá, é possível selecionar o ano, o modelo específico do carro e ter o valor médio de compra, para que consiga nivelar o quanto precisaria para a compra.

Por conta da economia atual, alguns preços podem aumentar repentinamente. Portanto, pesquise com periodicidade, até o momento em que decidir efetuar a sua compra.

Você também pode visitar concessionárias e até mesmo realizar o test drive de modelos que considera comprar. Lembre-se que o carro é um bem de alto valor, ou seja, você precisa estar seguro para fazer esse tipo de compra.

Com a facilidade de acesso à internet, você pode assistir vídeos comparativos de modelos, ler algum tipo de conteúdo especializado e até mesmo montar um comparativo das marcas que consideraria comprar, analisando consumo médio, valor do carro, potência, entre outros aspectos.

Uma boa pesquisa fará com que você se sinta mais seguro na decisão de comprar um carro, portanto, não economize tempo para saber mais sobre os modelos que brilham os seus olhos.

Zero km ou seminovo? Veja o que é melhor para você

A escolha entre comprar um modelo zero km ou seminovo depende muito de suas necessidades. Se você costuma ser mais prático e pretende trocar de carro periodicamente, talvez o seminovo se apresente como a melhor opção.

A vantagem de um seminovo é que ele deprecia menos do que um zero km. Porém, você corre alguns riscos: precisa ficar atento à manutenção, afinal, trata-se de um carro que foi utilizado por outras pessoas. Antes de comprar um modelo seminovo, consulte o histórico do carro e leve um mecânico ou especialista em automóveis no momento da compra, para analisar as reais condições do veículo.

Outro fator que é preciso se atentar é a quilometragem. Modelos a partir de 60 mil km rodados já estão mais próximos da revisão, o que pode representar alguns custos a mais para o interessado. Algumas peças ficam mais gastas, como pastilhas de freio e até mesmo o motor. Fique atento a esses sinais. A melhor forma de prevenir é contar com a ajuda de um mecânico de confiança.

Caso opte por um modelo zero km, é preciso se atentar a alguns detalhes. A principal vantagem do zero km é que você não precisará gastar com manutenção por um bom tempo: algumas marcas dão garantia de mais de cinco anos, o que deixa o condutor mais tranquilo em relação a gastos indesejáveis.

Sem falar que o modelo zero pode ser customizado da forma que você deseja - contanto, claro, que você saiba que precisa gastar um pouco mais nesse processo. Modelos mais básicos dão a opção para que o consumidor decida em relação à forma de direção (hidráulica ou não), estofamento dos bancos, faróis e até sistemas de som. Veja com a montadora quais são as opções e escolha o que faz mais sentido para a sua realidade.

Por mais que seja uma boa ideia ter um carro zero na garagem, a partir do momento que ele sai da concessionária já desvaloriza mais de 15% de seu preço original. Por isso mesmo os modelos zero km são mais vantajosos para quem deseja passar um bom tempo com o mesmo veículo, para aproveitar as facilidades da garantia e usufruir do seu modelo sem ter que ficar indo ao mecânico a todo momento.

Formas de comprar um carro

Escolheu o modelo do seu carro, mas ainda tem dúvidas de como realizar a compra? Vamos explicar a seguir as formas possíveis de se comprar um carro.

Pagamento à vista

Algumas pessoas preferem juntar o maior valor possível de dinheiro para comprar um bem de alto valor. É assim que são feitas as compras à vista, e com o carro não seria diferente.

Claro que um carro é um bem de alto valor, logo, ter o dinheiro necessário para sua compra de forma integral é um privilégio para poucos. Mesmo as pessoas que têm esse dinheiro guardado precisam pensar duas vezes antes de utilizá-lo para essa compra: será que vale a pena utilizar todas as suas economias de uma só vez para a compra de um automóvel?

Especialistas em finanças pessoais só recomendam a compra de um carro à vista quando se tem parte do seu patrimônio já aplicado. Por exemplo, se você quiser comprar um carro popular de R$ 50 mil, o ideal é que esse valor não prejudique o seu patrimônio. Logo, você precisaria ter pelo menos R$ 100 mil guardados, seja como parte da reserva de emergência ou até mesmo como parte de seus investimentos.

A vantagem do pagamento à vista é que você não precisa estender a dívida. Você quita de uma só vez e, o melhor, pode negociar um bom desconto na aquisição. Muitas concessionárias e proprietários de veículos podem facilitar para esse tipo de compra, porque já recebem o valor em sua totalidade de uma só vez. Um desconto de pelo menos 10% de um bem de alto valor é bastante significativo: representa uma economia de R$ 5 mil em um modelo de R$ 50 mil, por exemplo.

Portanto, se tiver o dinheiro para a compra à vista, que não vá comprometer seu patrimônio, certamente a compra de um carro dessa forma se mostra bem vantajosa.

Financiamento

O financiamento é uma das formas mais comuns de se comprar carro no Brasil. Isso porque não exige que o consumidor tenha o dinheiro completo do carro para efetuar a transação.  

Para prosseguir com o financiamento, você deve contar com uma instituição financeira, que será a facilitadora de todo esse processo. É preciso entregar uma série de documentações, para comprovar que você tem condições para a compra. Se aprovado, é exigido um valor de entrada - geralmente de pelo menos 20% do total do bem. O valor restante é parcelado em múltiplas vezes. Quanto maior a quantidade de parcelas para pagar, maior é o juros cobrado. Afinal, as instituições financeiras trabalham com juros compostos, que é o valor do juros aplicado sobre juros mensalmente.  

Por conta disso, o valor a prazo é significativamente maior que o valor original do bem. Algumas instituições permitem a compra sem a necessidade de entrada, dependendo do score do consumidor. Embora seja atrativo, quanto menor é o valor de entrada, maior é a diferença do valor a prazo para o valor original do veículo. Em outras palavras, significa que você pagará mais caro pelo carro porque estará pagando mais juros para a instituição financeira.

Portanto, ao avaliar o financiamento como forma de comprar o seu carro, fique atento aos juros. Você até sai com o carro na hora que o seu financiamento é aprovado, mas terá que pagar bem mais caro por ele.

Consórcio

O consórcio reúne o que há de melhor na compra à vista e no financiamento: ele permite o parcelamento e, na hora da contemplação, dá ao consorciado poder de compra à vista.

A desvantagem é que o consorciado não tem acesso ao bem no momento em que fecha contrato com a administradora.

Isso porque o consórcio é uma espécie de autofinanciamento: você seleciona o valor necessário para a compra do seu carro e divide em quantas parcelas desejar, desde que caiba no seu bolso. Para evitar qualquer tipo de inadimplência, as administradoras não permitem que a mensalidade supere 30% dos rendimentos mensais do consorciado.

Ao fechar o contrato, você é inserido em um grupo, que reúne outras pessoas com interesses parecidos. Ao entrar no grupo, você pode ser contemplado de duas formas: pelos sorteios ou com a oferta de um lance, que é um valor a mais que cada um pode tentar nas assembleias.

Ao ser contemplado, você finalmente pode utilizar a carta de crédito para a compra do seu carro. É você que escolhe o modelo e o valor a ser pago - tanto que até 10% da carta pode ser utilizado para despesas burocráticas, como transferência de propriedade, idas ao cartório etc.

Quer saber melhor como usar o consórcio a seu favor para a compra do seu automóvel? Iremos explicar a seguir, confira.

Saiba como fazer o consórcio para a compra do seu carro

Embora pareça complicado, fazer um consórcio é um processo bem simples.  

Antes de tudo, é preciso selecionar uma administradora que tenha autorização do Banco Central do Brasil (Bacen): somente elas podem garantir que o seu bem será devidamente contemplado. No site do Bacen é possível ver um ranking das administradoras autorizadas - incluindo a Embracon, que possui mais de 30 anos de história realizando sonhos de milhares de pessoas.

Pelo site da Embracon, você pode selecionar o consórcio de automóveis e fazer uma simulação. A primeira informação solicitada é o valor da carta de crédito, que equivale ao carro que deseja comprar. Se você já tem uma noção do modelo que deseja, já pode inserir o valor necessário para sua compra.  

Não se preocupe em ter o valor exato para a compra do carro; o consórcio é uma forma flexível de investir em seu bem, e você pode ter um valor menor ou maior que o bem.

Depois disso, é preciso inserir a quantidade de mensalidades que deseja pagar. Você pode simular a compra do carro pelo consórcio quantas vezes quiser. O importante é que você consiga definir o valor de mensalidade que faz sentido para você, ou seja, que não comprometa suas finanças pessoais.

Um especialista entrará em contato com o interessado após o processo de simulação. Por isso, é importante passar os dados corretos, para que ele consiga explicar como funciona o consórcio e mostrar o contrato de adesão. Este é o momento para tirar todas as suas dúvidas sobre a modalidade.

Assinado o contrato, a administradora tem até 90 dias para fazer a inserção em um grupo de consórcio. É preciso pagar as mensalidades corretamente para participar das assembleias, onde são realizadas as contemplações.

Você pode ser contemplado pelo sorteio - que pode acontecer do primeiro ao último mês de pagamento da sua cota. Caso queira antecipar a sua contemplação, pode fazer uma oferta de lance, que é um valor a mais que todos podem tentar em uma assembleia. O maior valor define o vencedor. Porém, é um processo às cegas, ou seja, nenhum consorciado sabe quanto o outro está ofertando. Portanto, quanto maior for o valor do seu lance, maiores são as chances de ser contemplado.

Vale destacar que nenhuma administradora de consórcio pode garantir quando o consorciado será contemplado - seja por lance ou por sorteio. Até o fim do pagamento da cota todos recebem a carta, mas isso pode acontecer tanto nos primeiros, quanto nos últimos meses de pagamento da sua cota.

Ao ser contemplado, você passa por uma análise de crédito. Nesse momento, a administradora verifica suas informações pessoais e consulta os órgãos de proteção ao crédito, para garantir que continue o pagamento das mensalidades restantes.

Com a aprovação, finalmente você tem acesso à carta de crédito para comprar o carro que deseja.  

É possível comprar modelos zero km diretamente na concessionária ou até mesmo carros seminovos, com até cinco anos de utilização.  

Com a carta de crédito, você tem poder de compra à vista, o que dá uma boa margem de negociação. Pesquise o modelo com calma, verifique o valor médio na Tabela Fipe e aproveite para negociar bastante com os vendedores. É possível obter um bom desconto com o pagamento à vista.

Se o valor da sua carta de crédito for maior que o bem que deseja comprar, é possível utilizar até 10% deste valor para despesas burocráticas. Caso ainda sobre dinheiro, você pode quitar as últimas mensalidades da sua cota.

Mas, se o saldo da sua carta de crédito for insuficiente, sem problemas. A administradora ainda faz a liberação do valor, e você pode negociar com o proprietário ou concessionária como pagar o restante do seu bolso.

Quando um consorciado é contemplado, o valor da carta de crédito não é depositado diretamente em sua conta corrente. É preciso indicar o proprietário após fazer a negociação, para que a administradora faça a checagem e, em seguida, a transferência do valor integral.

Portanto, comece desde já a investir em seu carro novo ainda este ano. Faça um consórcio de automóveis e conte com a credibilidade de uma administradora com mais de 30 anos de experiência realizando sonhos.

Simulação