Saúde financeira tem a ver com a forma com que lidamos com o nosso dinheiro. Embora muitos especialistas considerem que o brasileiro tenha dificuldades de manter as contas em dia ou de juntar dinheiro, a boa notícia é que isso pode começar a mudar dentro dos próximos anos.
Em um momento complicado como a pandemia, fica difícil falar de saúde financeira. Afinal, muitos estão em um modo reativo, ou seja, se controlando para manter as contas básicas diante de um cenário muito incerto em relação a emprego, economia e estabilidade financeira.
Porém, é possível se manter no controle. E o brasileiro tem se saído melhor do que muitos imaginavam: uma pesquisa realizada pelo instituto Ipsos mostrou que, no Brasil, 79% das pessoas economizaram ou planejaram melhor suas finanças no meio da pandemia de Covid-19. Para se ter uma ideia, estamos apenas atrás do México entre os países latinos que lidaram melhor com as finanças nesse período.
Isso prova que o brasileiro tem aprendido mais e colocado em prática os aprendizados de saúde financeira. O próximo passo é se preparar para manter essa mesma relação positiva com o dinheiro nos anos seguintes, para que possa se planejar para aumentar o patrimônio e manter um padrão de vida melhor para sua família.
A seguir, vamos dar 5 dicas importantes para você conquistar e manter a sua saúde financeira.
Entenda todas as suas contas
Todos possuem muitas contas para pagar, é fato. O problema está em como lidamos com essas contas.
Algumas delas são essenciais, como conta de água, luz, aluguel (caso não tenha uma casa própria), convênio médico, entre outras. E tem aquelas de cartão de crédito, assinaturas, colégio, que também fazem parte da rotina de pagamentos mensais.
No começo pode ser um desafio juntar tudo isso em um mesmo local. Por mais doloroso que seja, é importante saber quanto você gasta mensalmente com todas as suas contas utilizando uma planilha de gastos. Se preferir, pode fazer uso de algum aplicativo específico ou recorrer ao bom e velho caderninho de anotações.
O que realmente importa é ter controle de tudo que você gasta mensalmente para, em seguida, pensar em alguma forma de diminuir as contas supérfluas.
Organize-se para pagar o que deve
Agora que você já sabe quais são as contas que precisa pagar por mês, precisa identificar se o valor que você recebe é suficiente para pagar tudo.
Por exemplo, se você paga valor mínimo de cartão de crédito ou acaba contraindo uma dívida maior do que poderia pagar, alguma coisa precisa ser revista.
Nesse momento, serenidade é tudo. Converse com a sua família e pense na melhor forma possível de quitar o que deve.
Se puder, negocie algumas dívidas. Nesse momento, avalie as condições oferecidas pelas instituições financeiras. É comum que, ao parcelar as dívidas, você acabe pagando um juro muito alto. Fique atento também aos feirões de negociação, que podem facilitar na hora de pagar por uma dívida corrente.
Organize-se para comprar o que deseja
Pagar dívidas, infelizmente, é uma atividade ingrata. Trabalhamos, fazemos o possível para dar o melhor para a nossa família… Mas é preciso encarar os fatos e se organizar para pagá-las, sempre levando em consideração o seu orçamento mensal, para que não se complique.
Lembre-se, também, que você e sua família têm suas necessidades. Junte todos para discutir o que cada um deseja: pode ser a faculdade para o filho mais velho, um novo carro para os pais, quem sabe um móvel que vai deixar a casa ou apartamento com outra cara.
O importante é saber onde serão direcionados os esforços para as próximas compras, levando em consideração o que todos desejam. Quando você envolve a família nesse tipo de decisão, gera um comprometimento coletivo, que vai ajudar bastante na próxima etapa: planejamento.
Planejamento e plano de ação
De um lado, é necessário entender como são os gastos mensais que você possui. Do outro, ter uma boa ideia do que deseja comprar nos próximos meses ou anos.
Sabendo disso, você precisa ir ajustando aos poucos o seu controle financeiro. Após conseguir pagar o que deve, precisa se organizar para a sua reserva.
A reserva financeira é a garantia de que você possui um valor que pode ser utilizado em casos de emergência, como no caso de algum integrante perder o emprego ou algum familiar passar por algum problema de saúde. Deve ser um valor acionável, que não precise de burocracia para ser sacado. Afinal, nunca se sabe quando virá o momento de utilizar este valor.
O ideal é que a reserva contenha pelo menos 6x o seu valor de rendimento mensal. Porém, envolva a família nessa discussão para entender quanto precisaria para esta reserva.
E aproveite também para diversificar seus investimentos com o passar do tempo. Além da reserva, você precisa dedicar um pequeno percentual à aposentadoria - mesmo que seja complementar - e a outros tipos de investimento, seja de renda fixa (que podem garantir retorno, como Tesouro Direto, CDB, entre outros) e renda variável (ativos da B3, a principal bolsa de valores do Brasil, fundos de investimento, entre outros).
Considere o consórcio para a sua saúde financeira
Você também pode contar com o consórcio para a sua saúde financeira. Digamos que você queira investir em um automóvel ou imóvel, mas sem comprometer demais o seu orçamento mensal.
Nesse caso, o consórcio é para você! Quem busca uma compra planejada, sem pressa de ser contemplado, pode investir em uma cota. É possível comprar imóveis e automóveis novos ou usados. Aliás, você pode dar a sua casa ou carro como oferta de lance, para a compra de um novo. E pode, também, investir em um dos serviços, como reforma da casa, cirurgias plásticas, intercâmbio, viagens, festas e até mesmo o casamento.
É você que determina o valor da carta de crédito, que corresponde ao total do bem, e a quantidade de parcelas que deseja pagar. Tudo isso pode ser feito pelo simulador de consórcio. As vantagens são múltiplas, e todas elas casam muito bem com o planejamento familiar e a sua saúde financeira.
Faça já uma simulação e veja como se preparar para a realização do seu próximo sonho.