Diferentemente de quem trabalha no mercado formal, que possui alguns benefícios que permitem maior segurança e até uma boa reserva para a aposentadoria, o profissional autônomo geralmente recebe o dinheiro líquido, independente da atividade que exerce.
Por mais que ele, em alguns casos, receba mais dinheiro em mãos do que o trabalhador registrado, pode acontecer de ficar ‘tentado’ a gastar mais ou fugir do foco.
Separar muito bem os gastos é crucial para quem trabalha por conta própria. Mas, além disso, é preciso observar outros detalhes. A seguir, vamos dar algumas dicas de como economizar sendo autônomo.
Crie sua reserva de emergência
A maioria dos especialistas em finanças ressalta a importância de montar a sua reserva de emergência, independente da sua profissão.
Alguns autônomos recebem o dinheiro por trabalho realizado. Ou seja, não tem recorrência do valor. Em muitos casos, isso tende a variar tanto, que fica fácil se confundir.
Antes mesmo de pensar na sua reserva financeira, organize como seriam os gastos no geral. Se estiver em uma profissão muito incerta, o ideal é poupar o máximo possível, de forma que mantenha o seu dinheiro acionável.
Se for muito difícil fazer essa separação, opte por criar uma conta diferente da sua conta corrente, e deixe o dinheiro por lá.
Existem opções que rendem mais do que a poupança - só fique atento, caso opte por Tesouro Direto ou CDBs, por exemplo, ao vencimento dos títulos. O objetivo da reserva de emergência é ter a possibilidade de fazer o saque quando precisar. Afinal, nunca se sabe quando você retornará ao período de ‘vacas magras’ e terá que resgatar suas economias.
Atenção a cada gasto
Crie e atualize sempre uma planilha ou até um caderno de anotações com os seus gastos recorrentes. Inclua impostos da sua categoria - ou, no caso de ser microempreendedor individual, o pagamento da guia DAS, que é cobrada mensalmente.
Sempre priorize as contas realmente necessárias, como aluguel, luz, água etc. E tenha a disciplina de se organizar para compras de valores elevados, como um eletrodoméstico, um novo computador, entre outros produtos.
Pode parecer chato, mas anotar tudo o que se gasta permite ter uma visão de como você redireciona os seus gastos. Se perceber que está ultrapassando seus rendimentos médios, corte o que considerar desnecessário. É preferível que você consiga juntar um bom dinheiro - e priorize a reserva de emergência - do que adotar um novo padrão de vida que pode ser inconsistente.
Lembre-se que, como autônomo, os riscos de ter uma variação na sua renda aumentam. Você pode aumentar o valor que recebe, assim como pode diminuir. Entenda bem o seu negócio, tente manter uma previsibilidade e sempre anote o que gastar.
Faça uma boa separação das contas
Como todo trabalhador, o autônomo tem contas. Aliás, muitas contas para pagar.
A primeira coisa a ser feita é distinguir o que é da empresa e o que é pessoal. Caso você atue como free-lancer, faça uma divisão do valor que compensa seus gastos com uso do computador, energia e recursos para a entrega dos trabalhos, por exemplo. Lembre-se que imprevistos podem acontecer: seu computador parar de funcionar, sua internet não colaborar, entre outros fatores.
Portanto, crie uma distinção do valor para pagar pelo uso da infraestrutura e o valor do serviço. Caso você tenha um negócio, faça a distinção de pagamento de fornecedores, funcionários, materiais necessários etc. Separe, também, um valor para a sua remuneração e para investimento no seu negócio, para que ele possa prosperar e gerar ainda mais renda.
Formas de guardar dinheiro
A reserva de emergência é a primeira coisa que você precisa garantir. Se você tiver um negócio, separe o dinheiro da reserva para a saúde do seu empreendimento - e, em uma conta diferente, uma reserva pessoal de emergência.
O ideal é que a empresa possua caixa de, pelo menos, 6 meses. Em tempos de crise, o caixa pode segurar uma possível freada no consumo.
Caso você seja um freelancer ou prestador de serviço, calcule a média de salário mensal com base de um ano, por exemplo. A partir dessa média, faça a divisão por 12, que seria equivalente a um valor mensal, e multiplique por 6. Pronto, você terá o valor que precisa para a sua reserva.
Vejamos um exemplo prático:
Ao multiplicar a média por 6, no exemplo, o ideal seria ter uma reserva de R$ 26.350. Este valor precisa ser acionável, para que possa sacar quando as coisas apertarem.
Lembrando que, caso tenha que sacar parte do valor por algum motivo, sempre lembre de repor o valor da reserva.
Autônomo também pode investir
A partir do momento que você conseguir separar os valores dos seus custos e garantir a reserva de emergência, não se esqueça de aplicar seu dinheiro pensando no futuro.
Como o autônomo não contribui com INSS, por exemplo, faz-se necessário direcionar um valor para a aposentadoria. Neste caso, converse com o seu gerente de banco, para já fazer essa separação quando receber o dinheiro. Assim, você não vai precisar separar manualmente e correr o risco de esquecer o depósito. Contrate um produto a longo prazo, que não possa ser resgatado tão facilmente.
Também avalie outras opções de investimento. Além de produtos de renda fixa e variável, que podem multiplicar seu patrimônio, você também pode se organizar para investir em um bem de alto valor.
Nesse quesito, o consórcio de apresenta como a melhor opção. Sem a cobrança de entrada e de juros, você pode investir no seu automóvel, imóvel ou até adquirir diferentes tipos de serviços de forma planejada, sem comprometer seus rendimentos. Antes disso, identifique a sua média de rendimentos mensais - afinal, as parcelas do consórcio não podem ultrapassar 30% do que você tira por mês.
Com organização, planejamento e muita cautela, você pode fazer a sua reserva, garantir o direcionamento para a aposentadoria e até mesmo investir em um bem de alto valor - quem sabe, até constituir um patrimônio com imóveis e garantir uma renda extra!
Faça uma simulação e inclua o consórcio como mais uma forma de economizar sendo autônomo.