Um dos maiores mitos quando se fala em investimento está relacionado à quantidade de dinheiro para investir. Você pode começar com muito pouco e, quando se vê, está mais longe do que imagina.
Embora o ato de investir seja um desafio para o brasileiro como um todo, começar a guardar dinheiro pode ser um processo mais fácil do que você imagina.
Segundo dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), menos da metade dos brasileiros tinham algum tipo de investimento aplicado em 2019. Porém, esse número está aumentando: em 2020 tivemos a maior entrada de investidores na bolsa de valores, a B3, que ultrapassou o número de 3 milhões de pessoas que operam no mercado de ações. É, sim, um número significativo, mas ainda irrisório - afinal, estamos falando de pouco mais de 3% de toda a população brasileira.
Aliás, é importante lembrar que investimento se trata de uma trajetória. Você pode começar aos poucos e formar seu patrimônio à medida que você vai destinando mais dinheiro para o seu planejamento.
Veja o nosso passo a passo para que pessoas com pouco dinheiro possam se beneficiar investindo desde já.
Mantenha o caminho livre de dívidas
A primeira coisa a se preocupar quando se vai investir é com a eliminação de dívidas. Não vale a pena tentar juntar dinheiro quando se deve porque o juros que se paga pelo que deixa de ser quitado é maior do que o juros que você ganharia guardando suas economias.
Por isso, livre-se o quanto antes das dívidas que possui. Faça um levantamento do quanto você está devendo e procure os feirões de renegociação, caso estejam pesadas demais.
O mais indicado é se organizar para fazer o pagamento à vista: com isso, você pode conseguir um bom desconto. Uma boa tática é parcelar a dívida de acordo com o que você consegue pagar e, no paralelo, juntar um valor adicional para quitar a sua pendência. Dessa forma, além de começar a prática de juntar dinheiro, você pode pagar por um valor menor de juros.
Após terminar a dívida, finalmente se tem o caminho livre para investir.
Faça um bom planejamento
Ok, você pagou as dívidas, mas o que fazer com o dinheiro?
Determinar objetivos é uma etapa bem importante, porque você conseguirá focar mais no ato de investir. Você pode utilizar uma planilha de gastos, para controlar tudo o que entra e sai e, em outra aba, uma planilha que contenha os seus objetivos com o dinheiro que guardar.
Caso o seu objetivo seja um bem material, como um imóvel ou a troca do seu automóvel, você pode se organizar para identificar o melhor momento dessa compra. O consórcio é a melhor forma de fazer esse tipo de planejamento, porque você não precisa pagar entrada nem juros pelas mensalidades. É você que identifica o valor que pagaria pela parcela e participa dos sorteios mensais, em que pode ser contemplado tanto nos primeiros, quanto nos últimos meses.
Embora a compra de um bem de alto valor seja importante no planejamento, não deixe de investir na sua reserva financeira.
Como montar a reserva de emergência
A reserva de emergência é essencial para todo tipo de investidor. Ela vai garantir que você tenha segurança financeira diante das adversidades.
Embora você tenha estipulado seus objetivos a serem cumpridos, a reserva de emergência deve ser a sua prioridade.
Para montá-la, é necessário investir em um produto de fácil resgate e que não tenha risco de perda. Porém, deixe a poupança para lá! Ela rende menos que a inflação, tirando a oportunidade de conquistar bons ganhos com o juros a seu favor.
Uma boa opção é considerar contas digitais que tenham rendimento de mais de 100% acima do CDI, que é a base de cálculo mais utilizada para juros em renda fixa.
Você pode começar com R$ 100 a sua reserva de emergência e ir aumentando aos poucos, até atingir pelo menos seis vezes a quantidade dos seus rendimentos mensais. Se você ganha R$ 3.000 por mês, por exemplo, o ideal é ter o equivalente a R$ 18 mil de reserva de emergência, que ajudaria a manter as contas em dia por um semestre em caso de perda de renda, por exemplo.
Embora pareça um valor distante da sua realidade, quanto mais você adota a prática de economizar, maiores são as chances de destinar um valor mais elevado nos meses seguintes.
Diversifique seus investimentos
Após montar a sua reserva de emergência, você pode considerar outras formas de investir. Nesse período, vale a pena buscar mais conteúdo de educação financeira, para conhecer outros produtos e adotar as melhores práticas para juntar mais dinheiro e, assim, aumentar seu patrimônio.
Você pode começar aos poucos na renda fixa, investindo no Tesouro Direto ou em letras de crédito (como LCI e LCA). E, quando tiver uma boa grana já distribuída, pode iniciar sua operação na bolsa de valores, com a compra e venda de ações.
Pela compra de ações fracionárias, é possível começar com R$ 100. Ao destinar o valor para renda variável, esteja ciente de que você pode ter algumas perdas no meio do caminho, até aprender como realmente funciona.
Com o tempo, você pode ir destinando mais dinheiro na renda variável e aumentar as chances de ter maior rentabilidade.
Invista em seus sonhos
Mesmo com pouco dinheiro, o importante é começar de forma mais segura, até ter um bom volume e se sentir à vontade para operar na renda variável.
Nesse processo, não deixe de investir em seus sonhos. O consórcio é uma modalidade justamente voltada para quem quer planejar a compra de bens de alto valor: um automóvel, uma casa, apartamento ou até mesmo a realização de serviços como intercâmbio, viagens, reforma, entre outros.
Não é preciso pagar entrada e, além do mais, você não perde dinheiro com os juros, que são comuns no financiamento.
A boa notícia é que você pode começar desde já a investir no consórcio: faça uma simulação e aproveite desde já suas vantagens!