Por onde andamos, tem alguém nos dando alguma dica sobre a melhor forma de investir o nosso dinheiro. Embora seja um assunto muito discutido, o brasileiro passa por muitos desafios quando o assunto é poupar.
Uma pesquisa realizada pela startup Acordo Certo identificou que 56% dos brasileiros não conseguiram juntar dinheiro nos últimos meses. O agravamento da pandemia de Covid-19 tornou as coisas ainda mais difíceis, especialmente para setores que dependem da presença de pessoas, como parques, restaurantes, casas de eventos, entre outros.
Outra pesquisa, entretanto, identificou que o interesse do brasileiro por educação financeira aumentou bastante: segundo pesquisa recente feita pelo Instituto Locomotiva, 41% passaram a pesquisar mais sobre o tema ao longo de 2020, tendência que deve aumentar nos anos seguintes.
Ter e manter renda nos tempos de pandemia de Covid-19 tem sido um desafio para a imensa maioria dos brasileiros. Porém, é possível reverter a situação com pequenos hábitos, como:
• Controle de gastos: a partir do momento que você sabe tudo que entra e sai no orçamento fica mais fácil identificar onde cortar os seus gastos. Utilize uma planilha ou algum aplicativo de finanças pessoais para esse controle.
• Pense em uma meta: qual o objetivo de guardar e investir o seu dinheiro? Tendo isso em mente, você tem uma motivação importante e ficará mais resistente às tentações, como compras impulsivas e gastos desnecessários, por exemplo.
• Organize suas finanças: com uma meta em mente, separe um percentual dos seus rendimentos mensais para investir. Comece tendo controle de tudo que gasta e planeje os gastos e investimentos dos próximos meses.
Antes, porém, não se esqueça da sua reserva de emergência. Este valor deve ser mantido em uma conta de fácil resgate, para lidar com situações difíceis. O ideal é ter, pelo menos, 6 vezes o seu salário, para situações como desemprego, doença ou até casos de morte na família.
Com a sua reserva, você finalmente pode pensar em estruturar os seus investimentos de forma mais organizada. Pense sempre na diversificação de produtos, para não correr o risco de perder oportunidades.
A seguir, vamos mostrar alguns produtos que podem ajudar seu dinheiro a render mais.
1. Contas digitais com rendimento do CDI
Quantas vezes você já ouviu dizer que a poupança não rende mais nada?
Pois é, com as opções que temos hoje de bancos digitais, que abominam totalmente a poupança, não existe mais desculpa para insistir em um produto que não vai multiplicar seu patrimônio.
Por isso mesmo, é mais fácil deixar o seu dinheiro em uma conta digital que tenha rendimento com percentual do CDI do que na poupança do seu banco. Existem diversas instituições bancárias que nasceram no digital e que dão essa possibilidade de render mais seu dinheiro simplesmente deixando-o na conta corrente.
O melhor de tudo é que elas são acionáveis, ou seja, você pode depositar e retirar quando quiser. Pode ser uma boa forma de montar a sua reserva de emergência, se quiser.
2. Tesouro Direto
O Tesouro Direto é uma forma segura e bem conhecida de investimento. Resumidamente, você investe em um título de dívida pública do governo. Essa liquidez é necessária para que o governo consiga realizar uma série de atividades.
Considerado um título de renda fixa, o Tesouro Direto geralmente traz um percentual de rentabilidade próximo ao CDB e CDI. Porém, pode acontecer de você investir em títulos com vencimento a longo prazo - o que pode não ser uma boa ideia para montar sua reserva de emergência, por exemplo.
Porém, considere colocar parte de seu patrimônio no Tesouro: você assegura um valor que pode render um bom juros a seu favor, sem se preocupar em perder dinheiro.
3. Fundos imobiliários
Os fundos imobiliários (FIIs) formam um dos tipos mais conhecidos de investimento em renda variável. Isso significa que você pode perder dinheiro na operação - mas, também, pode ter uma ótima rentabilidade a médio e longo prazo.
Basicamente, fundos imobiliários são compostos por um grupo de investidores que aplicam em imóveis e empreendimentos imobiliários.
Para ser bem-sucedido com FIIs, é importante investir em educação financeira, para avaliar quais são os melhores para você.
4. Mercado de ações
Quem acompanha o noticiário geralmente já ouviu falar do andamento do mercado de ações e do índice Ibovespa, que traz um resumo de como vão as ações das empresas listadas na B3, a bolsa de valores do país.
Apesar de parecer difícil, qualquer um pode começar a investir no mercado de ações. Basta criar a conta em uma corretora ou procurar o gerente do seu banco e listar as empresas que deseja investir.
Para isso, é importante levar em consideração investimento a médio e longo prazo, para que você consiga surfar na onda da melhor forma possível. Embora existam farsantes que propagam a facilidade de se ganhar dinheiro na bolsa com operações arriscadas, como day trade, tenha o cuidado de começar aos poucos.
Inicie com um valor pequeno, que não represente 10% do seu patrimônio, por exemplo. À medida que você aplicar mais e for conhecendo, vai adquirindo segurança para investir um percentual um pouco maior.
5. Consórcio
Diferentemente de todos os outros tipos de investimento, o consórcio é uma forma de autofinanciar a compra de um bem de alto valor.
Além de pagar por um valor mais justo pelo bem, com o consórcio é você que define o valor da carta de crédito, que representa o bem que deseja adquirir, e a quantidade de parcelas, sempre de acordo com os seus rendimentos mensais.
Com organização e planejamento, você pode investir na compra ou troca do seu carro, realizar o sonho de ter a casa própria (ou o apartamento decorado) ou até mesmo adquirir uma série de serviços, como viagens, estudos, reforma, festas e até cirurgias.
Reserve um percentual dos seus rendimentos para investir em algo que você e sua família realmente desejam. O consórcio é uma forma segura de aumentar seu patrimônio, sem comprometer seus rendimentos.
Faça uma simulação e conte com as vantagens de uma modalidade que realiza sonhos dos brasileiros há mais de 50 anos.