O consórcio é uma modalidade de pagamento para investir em bens de alto valor que foi criada no Brasil, ainda nos anos 1950, quando o país começava a receber seus primeiros automóveis.
Um de seus principais objetivos era possibilitar a formação de grupos de pessoas que têm uma mesma finalidade. Com isso, elas formavam um fundo em comum e, mensalmente, poderiam ser sorteadas com o bem, mantendo firme o compromisso de continuar pagando o consórcio.
Com o passar dos anos, o consórcio se modernizou e se tornou ainda mais abrangente, dando a possibilidade de comprar imóveis, motos e até diferentes tipos de serviços.
Mesmo com todo esse histórico, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre como funciona o consórcio. A seguir, vamos explicar como você pode entrar em um consórcio e realizar o sonho de comprar um bem de alto valor.
O que é e como funciona o consórcio?
Como já dissemos, o consórcio nada mais é do que um tipo de autofinanciamento, em que as pessoas formam um grupo para conseguir realizar o sonho de comprar um bem de alto valor.
Para fazer um consórcio é muito simples. Primeiramente, é preciso definir que tipo de bem você deseja comprar com o consórcio. Na Embracon, por exemplo, é possível investir em moto, automóveis, veículos pesados, imóveis e diferentes tipos de serviços, como viagens, reforma, estudos, cirurgias e festas.
Cada categoria tem o seu valor mínimo e máximo de carta de crédito, que corresponde ao valor total do bem. Depois de escolher o que quer comprar, o próximo passo é fazer uma simulação.
A simulação permite entender o valor da carta de crédito que deseja e a quantidade de parcelas que você irá pagar por sua cota. É você que determina tudo isso dentro de um consórcio.
Após inserir o valor da carta de crédito correspondente ao seu bem, o passo seguinte é informar a quantidade de mensalidades que deseja pagar. Em seguida, você já tem o retorno de quanto pagaria de mensalidade, já com acréscimo das taxas de consórcio, como a taxa de administração, que remunera a empresa de consórcio por todos os serviços realizados, como formação dos grupos, entrega das cartas de crédito etc; e o valor de fundo de reserva, que impede que a inadimplência de algum integrante possa colocar em risco as contemplações.
É possível realizar a simulação quantas vezes quiser da sua cota. O importante é que o valor da mensalidade não ultrapasse 30% dos seus rendimentos mensais. Essa medida é mantida pelas administradoras para evitar qualquer tipo de inadimplência. Afinal, o consórcio é uma espécie de autofinanciamento, em que a contribuição de cada consorciado é essencial para o fundo comum, que é responsável pelas contemplações.
Depois de realizar a simulação, um especialista de consórcio entra em contato para tirar todas as dúvidas e entregar o contrato de adesão. É com ele que você define os valores de mensalidade de sua cota e da carta de crédito. Caso tenha interesse em investir em mais de uma cota, por exemplo, este é o momento para isso.
Ao se tornar um consorciado, a administradora tem até 90 dias para fazer a inserção em um grupo, que reúne consorciados com interesses semelhantes.
É possível ser contemplado de duas formas pelo consórcio: com os sorteios, em que todos têm as mesmas chances de ser contemplado; ou com a oferta de um lance, que é um valor a mais que cada consorciado pode oferecer com o objetivo de ser contemplado com antecedência.
Ao ser contemplado, é necessário realizar uma etapa de análise de crédito para, então, ter a sua carta de crédito liberada. A seguir, vamos explicar quais são os critérios para fazer um consórcio.
Quais são os critérios para entrar em um consórcio?
A partir do momento que você decide fazer um consórcio, pode contar com a flexibilidade e facilidade das administradoras.
A primeira coisa que deve ser analisada antes de entrar em um consórcio é a credibilidade da administradora. É necessário que a empresa tenha autorização do Banco Central do Brasil (Bacen) para operar. Pelo site do Bacen, você consegue acompanhar uma lista das administradoras autorizadas - como a Embracon, por exemplo, que há mais de 30 anos realiza sonhos por meio do consórcio.
As administradoras autorizadas têm a garantia de entrega de carta de crédito e seguem regras determinadas pelo Bacen, como não prometer quando o consorciado será contemplado, formar os grupos corretamente e entregar a carta de crédito ainda antes do pagamento total da cota.
Entrar em um consórcio é um processo bem menos burocrático que o financiamento, por exemplo. De início, você apresenta suas documentações pessoais e seu holerite ou comprovante dos rendimentos mensais. Porém, a administradora não faz a consulta em órgãos de proteção ao crédito, ou seja, você pode iniciar o pagamento de sua cota mesmo estando com o nome sujo. Você não precisa se comprometer com valor de entrada, apenas pagar as mensalidades após o fechamento do contrato.
Porém, é necessário regularizar sua situação enquanto paga pela sua cota. Isso porque, na etapa de análise de crédito, que ocorre no momento da contemplação, a administradora precisa garantir que todos os consorciados irão se manter comprometidos com o pagamento da cota, mesmo após ter o bem em mãos.
Nessa etapa, a administradora consulta o nome nos birôs de crédito (como SPC e Serasa) e confirma o valor dos rendimentos mensais diante das parcelas do consórcio.
Caso o valor da mensalidade seja 30% superior aos rendimentos, é solicitada a indicação de um devedor solidário, que irá compartilhar a responsabilidade da dívida. É recomendada a indicação de um familiar que esteja ciente de todos os riscos de não pagamento da cota. Afinal, ao se tornar devedor solidário, essa pessoa também precisa entregar uma série de documentações e comprovantes para a administradora.
Como deu para perceber, o consórcio não exige muita burocracia para permitir a realização do seu sonho. Faça uma simulação agora mesmo do bem que deseja comprar e conte com a flexibilidade de uma categoria que há mais de 50 anos ajuda os brasileiros a realizarem seu sonho com planejamento e facilidade.