Muitos consorciados têm dúvidas quando começam a pagar por suas cotas. Embora o contrato de adesão explique todo o mecanismo de como funciona o consórcio, é comum que alguns questionamentos surjam, principalmente quando se fala na forma de pagamento pelo seu bem.
Em resumo, com o consórcio você realiza uma espécie de autofinanciamento para a compra do bem que realmente deseja. A administradora facilita todo esse processo ao criar os grupos, que reúnem outros consorciados com interesses semelhantes, com a realização das assembleias, onde acontecem as contemplações por sorteio, e com a entrega das cartas de crédito, que correspondem ao valor final do bem.
Por conta de todo esse serviço, no pagamento das mensalidades é cobrada a taxa de administração. Elas remuneram as empresas de consórcio mas, diferentemente dos juros, comum no financiamento, já são fixados no momento em que você assina o contrato.
O consórcio é a melhor forma de investir em um bem de alto valor. Afinal, você paga por um valor a prazo mais justo do que em outras modalidades.
Quando você faz a simulação de um bem, geralmente o resultado vem acompanhado de um percentual de fundo de reserva. Mas, você sabe para que isso funciona e por que é importante ter a cobrança deste valor? Não se preocupe, iremos explicar todos os detalhes a seguir.
Por que é cobrado o fundo de reserva?
Para que o consórcio funcione plenamente, é preciso que todos os consorciados se mantenham comprometidos com o pagamento de suas cotas.
Somente a contribuição de todos permite que as contemplações sejam realizadas nas assembleias. Os valores do consórcio são destinados para o fundo comum dos grupos para, então, serem entregues como carta de crédito pelos sorteios ou para os lances vencedores.
Para que a administradora não fique vulnerável diante de um volume de inadimplentes em um grupo, é realizada a cobrança do fundo de reserva.
Este valor geralmente corresponde a, no máximo, 3% do valor total da carta de crédito (mas isso depende de cada administradora) e serve para garantir que todas as cartas de crédito sejam devidamente entregues nas assembleias.
Assim que você realiza o processo de simulação, já fica ciente do valor que terá que pagar de fundo de reserva para a sua cota. É importante que você realize este pagamento, que serve como uma garantia de que as contemplações irão acontecer para todos os integrantes enquanto o grupo durar.
Como a administradora lida com o fundo de reserva
O valor do fundo de reserva fica em uma conta à parte do fundo comum. Sempre que acontecem as contemplações, o fundo comum é utilizado para fazer as devidas entregas das cartas de crédito nas assembleias.
Caso aconteça um grande volume de inadimplência, os representantes do grupo podem contar com o valor do fundo de reserva para ‘cobrir’ alguns gastos. Geralmente, são esgotadas todas as possibilidades para o uso deste valor, como a realização de assembleias extraordinárias com o objetivo de estimular outros tipos de lance em uma assembleia, por exemplo.
Por ser um valor que serve como garantia, os representantes fazem o possível para que o fundo de reserva não seja utilizado. Na verdade, isso é uma vantagem para todos os integrantes do grupo. Por quê? Vamos explicar o motivo a seguir.
Devolução do fundo de reserva: como funciona?
Como já dissemos, o fundo de reserva serve para cobrir possíveis inadimplências de um grupo. Porém, é comum que muitos grupos sejam compostos e pessoas que contribuem normalmente com suas mensalidades, eliminando qualquer tipo de risco para os demais integrantes.
Quando isso acontece, o fundo de reserva nem chega a ser utilizado. E, como o fundo fica em uma conta à parte, é comum que, ao término de cada grupo, haja a devolução do valor de fundo de reserva. Os representantes do grupo ficam responsáveis por fazer a gestão desse dinheiro e, ao término do grupo, realizam os cálculos necessários para verificar o valor a ser devolvido com o fundo de reserva.
Vale lembrar que o término de um grupo acontece quando todos quitam as suas cotas de consórcio. Para a devolução, a administradora entra em contato, explicando todo o mecanismo que justifique o valor.
Entretanto, nem sempre a devolução acontece - principalmente quando há um número bem elevado de inadimplentes dentro de um determinado grupo.
Dicas de como pagar as suas parcelas em dia
O consórcio é uma modalidade bem transparente de pagamento. A taxa de administração e o fundo de reserva têm propósitos diferentes na composição da parcela. Por isso mesmo, é importante definir um valor de mensalidade que não pese em seu bolso, para que tenha uma experiência positiva com o consórcio.
Além disso, anualmente acontecem os reajustes das parcelas, para impedir que o valor da carta de crédito seja insuficiente para a compra do bem que você selecionou lá no início do pagamento do seu consórcio.
Por conta de índices inflacionários, pode acontecer do valor da sua carta ser insuficiente para a realização do seu sonho. Por isso mesmo, as administradoras realizam esse reajuste, com o objetivo de garantir a compra do que você realmente quer.
Para o processo de reajuste, a administradora segue índices específicos de acordo com a inflação. O percentual é aplicado diretamente na carta de crédito e dividido pelos meses a serem pagos no ano corrente. Ou seja, você paga por um valor a mais nas mensalidades porque irá receber um valor maior de carta de crédito quando for contemplado.
Agora que você leu mais sobre a composição das mensalidades, que tal fazer uma simulação de consórcio? Basta entrar no site, escolher o bem que deseja e verificar o valor de parcela que faz mais sentido para os seus rendimentos mensais.