Qual o melhor momento para trocar de carro?

13 de dez. de 202111 minutos de leitura
Qual o melhor momento para trocar de carro?

A compra de um carro é um dos maiores desejos dos brasileiros - ainda mais em tempos após a pandemia, em que muitas pessoas tiveram que investir de alguma forma para se locomover sem compartilhar o mesmo espaço com outras pessoas.

Além do fator de locomoção, o carro é útil em diversas situações da vida: para resolver coisas rápidas no dia a dia, para a locomoção até o trabalho, para viajar ou até mesmo para gerar algum tipo de renda extra, seja no transporte de itens ou em aplicativos de carona, por exemplo.

Muito além de adquirir um carro novo, as pessoas também se mostram bastante interessadas em trocar de veículo. Uma pesquisa realizada pela ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) em parceria com o site Webmotors revelou que, somente em 2021, mais de 75% dos brasileiros proprietários de algum tipo de veículo tinham como desejo trocar de carro.

Os motivos tendem a variar bastante. Muitos procuram mais conforto para o dia a dia, enquanto alguns desejam economizar mais em combustível ou simplesmente ter acesso a um veículo mais potente.  

Ainda segundo a pesquisa, os modelos que se destacam são os hatch (36%), seguido por sedãs e SUVs, que representam 34% e 20% respectivamente do desejo de quem quer trocar de carro.

Aliás, é comum que alguns brasileiros criem o hábito de trocar de carro. Entre os fatores, o receio da rápida desvalorização acaba se destacando. Porém, motivos como diferentes necessidades, economia de combustível, mudança de objetivos ou até mesmo gostos particulares também podem ser considerados quando se deseja trocar de veículo.

Se você deseja trocar de carro, vale a pena continuar lendo este post, para ver se realmente faz sentido para a sua realidade.

Carro está muito velho

Rodar com um carro novo pelas ruas ou pelas estradas é um dos maiores desejos dos brasileiros. E não só por conta da estética: um carro velho pode gerar muitos custos indesejáveis. Por conta disso, quando o carro dá sinais de que necessita de mais cuidados do que anteriormente, vale a pena considerar a troca.

Modelos com mais de 15 anos já podem ser considerados ‘velhos’. Na maioria dos casos, o condutor acaba levando mais o automóvel para manutenção - o que gera uma dor de cabeça desnecessária, principalmente se você utiliza o seu carro para trabalhar ou para obter uma renda extra.

Mas, o que realmente envelhece o carro é o excesso de uso. Iremos abordar o que pode caracterizar esse tipo de excesso, mas o fato de ter um carro velho na garagem pode trazer muitas incertezas. E, quando você mais precisar de um veículo, não vai poder contar com ele.

Muitas idas ao mecânico

Quando um carro está muito desgastado, as idas ao mecânico passam a ser sucessivas. Você tem que lidar com problemas estruturais, como troca de motor, bateria ou até mesmo algum tipo de problema mais sério.

Fazer revisões no seu carro usado é extremamente importante mas, quando o carro está muito velho, rodado e desgastado, a tendência é passar cada vez mais períodos juntos ao mecânico.  

Por conta disso, as pessoas consideram a  troca de carro por conta desse motivo. E isso é fácil de perceber: basta anotar quantas vezes no ano você precisa ir ao mecânico para lidar com algum tipo de problema. Se perceber que houve um aumento repentino dessa frequência, bom, tem-se um sinal de que é hora de trocar de veículo.

Quilometragem do veículo

A alta quilometragem do seu veículo pode ser um fator a se considerar para a troca.

Em geral, veículos com alta quilometragem tendem a ser mais desvalorizados no mercado automotivo. Isso porque, dependendo do modelo, ele pode ter seu desempenho comprometido por conta da alta quilometragem.

O recomendado é ficar atento quando o seu veículo ultrapassar os 60 mil km rodados. Nesse momento, o veículo pode apresentar uma necessidade de idas ao mecânico, seja para trocar pastilhas de freio, rever motor etc.  

O que realmente compromete a qualidade do carro é rodar em trânsito: ter que ficar parando o carro a todo o momento pode desgastar mais o motor, porque ele não atinge a temperatura ideal do veículo. Isso afeta o óleo do motor, que não atinge a viscosidade correta e ajuda a desgastar a caixa de câmbio e o motor.

Ou seja, se você tem um veículo e roda bastante pelas estradas, o motor tende a ficar mais bem conservado se comparado a um veículo que roda mais pelas cidades e pega trânsito.

Mas, como não dá pra saber o que caracteriza a alta quilometragem de um veículo, o simples número que aparece no painel com a quantidade de quilômetros rodados serve como parâmetro de desgaste na hora de comprar ou vender o carro. Portanto, fique atento à alta quilometragem, porque ela pode comprometer o valor de venda do seu veículo.

Redução de gastos com seguro

Por mais que alguns impostos possam ser reduzidos conforme o carro fica mais velho - como IPVA, por exemplo - o seguro de um veículo antigo vai ficando mais caro com o passar dos anos.

Isso por conta de dois fatores que as seguradoras levam em consideração na hora de precificar o valor do seguro: as peças de reposição e o risco maior de sinistro.

As peças de reposição de carros mais velhos podem ficar mais caras - ainda mais se tratando de modelos mais raros. Quanto ao fator relacionado ao sinistro, as seguradoras levam em conta que carros antigos tendem a possuir menores condições de segurança, o que geraria um custo maior para a empresa.

Por conta disso, muitas seguradoras oferecem como padrão de contrato o seguro apenas contra roubo e furto, e não contra colisões e incêndio, por exemplo. Por isso mesmo, é extremamente importante ler o contrato fechado com a seguradora, a fim de saber se está pagando por um valor justo do sinistro.

Em busca de ter um seguro mais atrativo, a troca de carro pode ser considerada - principalmente modelos mais novos, que são mais seguros e apresentam melhores condições para evitar qualquer tipo de sinistro.

Desconfiança com o carro

É comum que as pessoas passem a desconfiar do seu veículo quando ele é levado sucessivas vezes ao mecânico. Não é nada legal passar pela experiência de vê-lo quebrar enquanto está na rua ou até mesmo ter que lidar com o mesmo problemas diversas vezes.

Se o seu carro estiver ‘decepcionando’ demais no dia a dia, já está na hora de trocar de carro. Um veículo que gera desconfiança pode deixá-lo na mão quando você mais precisar, e correr esse risco pode custar mais caro lá na frente.

Economia de combustível

Somente em 2021, o preço da gasolina teve uma alta de mais de 70%, uma das maiores oscilações em um curto período de tempo já vistas na história. Com a inflação e a taxa de juros aumentando, encher o tanque ficou ainda mais difícil para o bolso do brasileiro. Um cálculo realizado pelo UOL mostrou que o brasileiro pode gastar, em média, R$ 87 a mais para encher o tanque do que gastava no ano anterior (2020).

Por conta de tudo isso, o combustível passou a ser cada vez mais considerado na hora de comprar e vender o seu veículo. Se você possui um carro que ‘bebe’ demais, com motor mais potente, ou simplesmente por ter uma tecnologia mais antiga, que exige mais combustível para rodar, vale a pena considerar a troca.

Alguns cálculos podem ajudar nesse sentido: faça uma comparação da quilometragem por litro do seu veículo atual e relacione com modelos que considera comprar.  

Mesmo carros mais pesados, como sedãs, possuem opção de motor 1.0 ou 1.4, por exemplo, e podem ser tão ou mais econômicos do que alguns modelos hatch. Portanto, esqueça aquele clichê de quanto maior a potência do motor, maior o consumo. Existem muitos modelos que vão bem nas estradas e no trânsito e consomem ainda menos do que alguns carros populares.  

Garantia de fábrica expirada

Uma das maiores vantagens de carros novos e seminovos é ter direito à garantia de fábrica, que serve como uma camada de segurança caso o carro apresente alguma instabilidade.

Com a garantia, o dono do veículo pode contar com uma assistência de qualidade ao se deparar com algum reparo complexo. Até mesmo se precisar ir a algum tipo de mecânico, a garantia tem uma lista de recomendações, que tendem a prezar pela qualidade do serviço.

Em geral, a garantia contratual do veículo pode ir de um a cinco anos. Em alguns casos, pode se estender a até mais tempo.  

Nesse período, a montadora responde pela qualidade do produto e deve fazer todos os reparos que forem necessários de forma gratuita. Claro que, para isso, é exigido que o consumidor preze pelo bom uso do automóvel, afinal, em alguns casos a montadora pode recusar a prestar serviço de forma gratuita. Isso inclui até mesmo as revisões no veículo, que devem ser feitas periodicamente.

Quando a garantia do seu carro expira, é preciso contar com serviços que nem sempre fazem parte da rede autorizada da montadora. Embora exista uma recomendação profissional por parte das concessionárias, serviços desse tipo tendem a ser bem mais caros que outros mecânicos. E, quando não se tem mais a cobertura da garantia, a maioria dos reparos fica por conta do condutor.

Portanto, se o seu carro está com a garantia prestes a expirar, este é um motivo que deve ser levado em consideração para a sua possível troca.

Condições das peças

Quanto mais velho e desgastado é o veículo, maiores são as chances de ter algumas peças desgastadas. Em alguns momentos, pode acontecer de você ter que trocar algum tipo de bateria, um pneu ou até mesmo peças específicas do seu veículo.

Em busca de reposição rápida, é comum que alguns mecânicos sugiram o uso de peças que já foram usadas em outros veículos. Além de deixar o serviço mais em conta, muitas vezes esse processo agiliza o tempo para a execução do reparo.

Para se ter uma ideia, peças usadas podem custar até 50% mais barato do que novas peças. Embora seja uma vantagem em relação a custo, sua durabilidade também tende a ser menor - tanto que a garantia para o uso de peças usadas é de, no máximo, 90 dias, enquanto peças originais de fábrica podem ter garantia de três anos de utilização.  

Com a intensa utilização do carro, as chances de ter que rever ou trocar pequenas peças que sejam tendem a aumentar. Portanto, se você já se vê diante de uma situação em que precisa ficar o tempo todo trocando de peças, fique atento.  

Insatisfação com a marca ou o veículo

Ter um carro é mais ou menos como estabelecer um relacionamento de longo prazo com a marca e com o modelo. Muitas vezes compramos um modelo que atende a necessidades específicas. Por exemplo, se vamos usar o carro no dia a dia para o trabalho, muito provavelmente daremos preferência a um modelo que seja mais econômico com relação a combustível. Mas, se pretendemos ter um carro para passear com a família, vamos priorizar o conforto interno ou até mesmo a potência, para acelerar bem nas estradas.

Por mais que se faça um bom planejamento com o uso do carro, somente o uso intenso pode revelar alguns fatores que passaram batido em sua análise. É a experiência de dirigir no dia a dia que vai revelar se a marca ou o modelo realmente atende ao que você precisava.

Se você está insatisfeito com a marca do carro, porque sente que deixou a desejar na hora de prestar algum tipo de serviço, ou porque simplesmente o seu automóvel não responde tão bem quanto você imaginaria, talvez seja o momento de trocar de veículo.  

Caso isso aconteça com você, aproveite para analisar com bastante cuidado a próxima compra, para não cair no mesmo equívoco. Fazer um test drive antes da compra, ler ou assistir alguns comparativos de especialistas ou até mesmo conversar com pessoas que tenham um modelo semelhante podem ajudar bastante a você ser mais assertivo na sua próxima compra.

Vale lembrar que, quanto mais você demorar para trocar de carro, mais o seu modelo atual irá desvalorizar. Não vale a pena insistir em um carro que só gera frustração e custos adicionais com o passar do tempo.

Para que você consiga ter uma boa experiência na troca do seu veículo, vamos explicar o que pode ser levado em consideração e como o consórcio se apresenta como um importante aliado.

Qual a melhor forma de trocar de carro?

A troca de um veículo é algo que precisa ser pensado e discutido com toda a família. Da escolha do modelo até a compra efetiva, é preciso seguir um passo a passo, para que você tenha uma boa experiência com a troca. A seguir, confira nossas dicas para você trocar de carro.

Escolha o carro que deseja comprar

Depois de fazer uma boa avaliação no seu modelo atual, é importante escolher qual carro você deseja comprar antes de ir para a concessionária ou comprar o carro de algum proprietário.

A melhor forma de fazer isso é entender que tipo de carro seria o ideal. Se você for solteiro, por exemplo, provavelmente um modelo hatch econômico pode ser uma boa pedida. Mas, se costuma sair bastante com a família e procura mais conforto, carros sedã ou até mesmo uma SUV podem estar no seu radar.

Veja os comparativos que existem na internet, leia bastante sobre o modelo que deseja comprar e, se achar necessário, entre em comunidades ou converse com pessoas que tenham um modelo semelhante, para entender se têm uma boa experiência com o carro e se ele realmente atende às suas necessidades.

Faça um planejamento de quando pretende fazer a troca

A partir do momento que você já sabe o carro que quer comprar, é importante estabelecer um planejamento para a efetiva troca.  

A melhor forma de fazer isso é manter sob controle a sua planilha de gastos mensais. Veja quando você terá o valor suficiente para essa troca após analisar todas as suas despesas.  

Claro que você pode contar com opções como o parcelamento mas, ainda assim, é importante ter uma reserva somente para efetuar a troca. Afinal, tem alguns custos que precisam ser considerados, como transferência de propriedade do veículo e o valor de diferença, mesmo que se traduza como um valor de entrada no primeiro momento.

Confira se a montadora tem programas de vantagens

Algumas montadoras estimulam que você faça a troca do seu veículo por um mais novo de sua marca.  

Se você considera comprar um outro modelo da mesma marca, vale a pena pesquisar os programas de vantagens que eles tendem a oferecer. Boa parte deles têm parceria com alguma instituição financeira para viabilizar essa troca com um desconto considerável.

Pesquise os preços

Após identificar o modelo do carro que deseja comprar, é hora de iniciar uma pesquisa robusta de preços. A primeira pesquisa deve ser feita na tabela Fipe: por ela, você consegue ter uma média do que seria um preço referência para o modelo que quer comprar.

Depois disso, você pode pesquisar nas concessionárias ou até mesmo sites especializados na venda de veículos. Geralmente a compra de um seminovo diretamente com o proprietário pode representar um bom desconto, porém, é preciso ter em mente que isso pode gerar um risco quanto à qualidade do veículo.

Sempre leve um mecânico ou especialista em avaliar o carro antes de efetuar a compra. Isso ajuda bastante a identificar alguns desgastes e negociar o melhor preço possível.

Considere o consórcio para a troca do seu carro

Você sabia que, além de ter a possibilidade de comprar um carro zero ou seminovo, também é possível efetuar a troca do seu veículo por meio do consórcio?

Para isso, é preciso investir em um consórcio de automóveis e selecionar como total de carta de crédito o valor do carro que deseja comprar. Após fechar o contrato com a administradora, você passa a integrar um grupo, que reúne outros consorciados com interesses semelhantes ao seu.

Pelo consórcio, você pode ser contemplado de duas formas: pelos sorteios, que podem acontecer do primeiro ao último mês de pagamento da sua cota; ou com a oferta de um lance, que é um valor a mais que todos podem ofertar com o objetivo de ser contemplado com antecedência. Pelo lance, o maior valor define o vencedor.

Se for o maior valor da assembleia, você é contemplado e segue com todo o processo de entrega de documentação e comprovação de renda para ter sua carta de crédito liberada. Mas, se outro consorciado for contemplado, não tem problema.  

Isso significa que, ao usar a carta, é como se você tivesse com o dinheiro à vista para a compra do carro que realmente deseja. Se o valor da carta for superior ao valor do carro, é possível utilizar até 10% para despesas burocráticas, como idas ao cartório, por exemplo. Mas, se o carro tiver um valor maior que a sua carta de crédito, sem problemas: você pode completar com os seus próprios recursos ao negociar diretamente com a concessionária ou o proprietário.

Faça desde já uma simulação de consórcio de automóveis e conte com uma economia significativa para a troca do seu carro.

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