Realizar o sonho de ser dono da sua casa própria é uma experiência única, e a melhor maneira de atingir esse objetivo é com planejamento, segurança e economia.
Há muito tempo, firmar um consórcio é um dos temas que mais pode despertar o interesse das pessoas quando o assunto é a realização dos seus sonhos. O consórcio foi muito procurado nas décadas de 1980 e 1990 pois oferecia às pessoas a possibilidade de conquistar bens de uma forma mais barata e menos burocrática do que os financiamentos conhecidos.
Acompanhe neste artigo tudo que você precisa saber para ir em busca dos seus sonhos, seja para adquirir sua casa própria, seu carro novo, se casar ou até mesmo fazer a faculdade desejada, através de um consórcio.
Antes de mais nada, você precisa entender tudo sobre consórcio e constatar se vale a pena fazer esse investimento. Vamos lá?
O consórcio
Um consórcio nada mais é do que uma forma programada de compra, quase uma espécie de "poupança conjunta", na qual um grupo de pessoas (pessoas físicas ou jurídicas) que pretendem adquirir os mesmos bens ou serviços se reúnem para fazer a compra até um determinado prazo.
Os valores dos bens ou serviços são divididos em parcelas, levando em conta o tempo de duração do consórcio. As pessoas (denominadas consorciados) recebem uma cota de consórcio e as parcelas citadas anteriormente são pagas a cada mês, com valores estipulados pelos próprios contratantes. Tais bens podem ser carros, motos, casas, apartamentos feitos ou na planta, serviços como casamento, viagens, etc.
Os primórdios do consórcio
O consórcio tem uma história de mais de 50 anos, e o modelo também trouxe benefícios para a economia brasileira, promoveu o desenvolvimento de diversos setores e minimizou os desafios econômicos do país. A história do consórcio começou na década de 1960, bem aqui no Brasil, quando o crédito ao consumidor era escasso. Foi criado pelos funcionários do Banco do Brasil, Luiz Henrique Horta e João Francisco Costa Meirelles, com a ideia de reunir um grupo de pessoas que desejavam comprar um carro.
O primeiro consórcio surgiu em Brasília e depois se concentrou na compra de veículos leves. Logo em seguida, sem qualquer fiscalização, surgiram outros grupos e empresas para gerenciá-los (as chamadas administradoras de consórcio).
Trajetória
1962 — Em 1960, a indústria automobilística já existia em todo o país. Os funcionários do Banco Central do Brasil perceberam uma falta de crédito aos clientes e resolveram formar um grupo de amigos a fim de reunir recursos para que todos comprassem um carro;
1967 — O consórcio tornou-se uma ferramenta relacionada na indústria automotiva. Por muito tempo, os carros foram os únicos produtos adquiridos nesta categoria;
1980 — O consórcio ampliou seus produtos e também acrescentaram caminhões. Portanto, no final dos anos 1970 e início dos anos 1980, os primeiros lotes foram criados para motocicletas, eletrônicos e "veículos pesados" (como máquinas agrícolas);
1988 — No mesmo ano, uma nova constituição federal reconheceu a importância social e econômica do sistema de consórcios;
1991 — É aqui que o consórcio incorporou à sua escolha o sonho de casa própria;
Atualmente, o sistema de consórcio foi integrado, operando uma variedade de catálogos de imóveis, móveis e serviços.
Para que serve o consórcio?
O consórcio é uma forma simples e eficaz de você conseguir realizar o sonho da casa própria, ou o de comprar aquele carro novo. Entre diversos serviços e bens é quase impossível você não encontrar um que seja perfeito para suas necessidades e seu orçamento.
Legislação abrangente do consórcio
Agora que sabemos o que é consórcio e sua origem, vamos para a parte jurídica, quais são as leis do consórcio? Existe alguma organização que rege essas leis? Sim! Com o surgimento de várias administradoras de consórcio, após algum tempo, houve a necessidade de criar uma entidade que os representasse perante o poder público, os interesses dessas empresas, que já tinham um significativo crescimento no país.
Por este motivo, em 20 de junho de 1967, foi fundada a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC).
Funcionamento do consórcio
Mas afinal, como o consórcio funciona na prática? Veja quais são as etapas de um consórcio:
Adesão ao plano: É neste momento que você tem a liberdade de escolher o seu plano de consórcio que melhor se adapte às suas condições financeiras, também pode escolher a duração do contrato, valor da carta de crédito e quantas parcelas você deseja.
Parcelas do plano: O valor optado no instante da adesão ao plano será parcelado no prazo de pagamento determinado no momento na assinatura do contrato (escolhido pelo consorciado). Os membros do grupo pagam parcelas mensais e formam um saldo em dinheiro que será usado para fazer as contemplações dos membros mensalmente.
Assembleias do consórcio: A primeira assembleia somente será realizada após a administradora ter reunido um limite mínimo de membros. Após a primeira assembleia, será realizada uma reunião mensal.
A contemplação: É o momento mágico na vida de um consorciado, pois é neste momento que ele poderá usar sua carta de crédito para fazer sua compra desejada. Existem duas formas do consorciado ser contemplado: através de sorteio ou lance, os quais abordaremos mais abaixo. Vale assegurar que até o final e para fechamento do grupo, todos os integrantes serão contemplados.
Sorteios: Os sorteios ocorrem durante as assembleias do grupo, nele um participante por mês é sorteado a receber sua carta de crédito, no valor da cota que aderiu, não importando a quantidade de parcelas que já pagou, mas apenas consorciados com as parcelas em dia poderão participar dos sorteios para evitar danos aos demais integrantes do grupo.
Lances: os consorciados podem ofertar lances, adiantando o valor de suas parcelas futuras, para isso é preciso que o valor em caixa do consórcio e o valor do lance, totalizem o valor necessário para a aquisição do bem.
Aquisição do bem ou serviço: Ao pegar a carta de crédito, os consorciados podem escolher o bem ou serviço que quiserem, desde que esteja categorizado pelo seu grupo.
Carta de crédito: Esta carta equivale ao dinheiro à vista. O consorciado contemplado terá maior poder de negociação quando for fazer a compra, pois irá comprar à vista e continuar pagando a prazo.
Término do plano: Ocorre quando o consorciado já recebeu sua carta de crédito e concluiu seus deveres com o grupo (quitação das parcelas a qual se dispôs a pagar na assinatura do contrato).
O fim do grupo integralmente se dá apenas após todos os integrantes terem sido contemplados.
Importante saber sobre o contrato
Se você já escolheu sua administradora de consórcio, no momento da assinatura do contrato, deve atentar-se a alguns pontos importantes para que não seja prejudicado futuramente:
O valor (valor de crédito) dos bens ou serviços que deseja comprar;
Você deve apresentar garantias para uso do crédito ao ser contemplado;
Padrões de atualização de crédito;
Duração do grupo,% de contribuições (taxas de administração e, se houver, fundos de reserva e / ou seguros), outras taxas que podem ser cobradas;
Normas de contemplação, seja por sorteio ou lance e forma de antecipação de pagamento das parcelas;
Condições vendidas pelo vendedor.
Outro lembrete importante é aprender sobre a qualidade do serviço e o nível de confiança da administradora do seu consórcio. Procure por clientes anteriores e atuais para saber como foi suas experiências com a instituição para garantir o sucesso da pesquisa, você também deve buscar reclamações em sites e serviços específicos ao assunto (como o Reclame Aqui) e órgãos de defesa do consumidor (como o PROCON).
Também pode consultar a rede social e o site da empresa, bem como publicações sobre a mesma, para saber se está próxima do público e a sua posição dominante na sua área profissional.
O consórcio possui taxas?
As taxas variam entre administradoras, geralmente a comum entre elas é a taxa de administração, mas não são todas as administradoras que cobram essa taxa.
Taxa de administração: Esta é a remuneração que as administradoras recebem pelo gerenciamento de todo o processo e dos grupos de consórcio. A taxa é uma porcentagem do valor do contrato, geralmente é dividida em todas as prestações.
Fundo comum: É o valor pago pelos participantes do consórcio para gerar economia para a aquisição dos bens ou dos serviços pelo qual o grupo foi formado
Fundo de reserva: Trata-se de um fundo de proteção destinado a garantir que o grupo opere em situações adversas, como inadimplência de consorciados. A porcentagem dessa taxa varia de administradora para administradora.
Seguro: Quando o contrato estipula, o investidor é responsável pelo pagamento da taxa do seguro. Como outras cotas, o percentual dessa taxa varia de acordo com a administradora do consórcio. Por exemplo, em caso de sinistro por invalidez, é utilizado para garantir a liquidação do saldo devedor.
Perfil para se tornar um consorciado
Não existe um perfil exato, o que você precisa ter em mente é que a aquisição do seu bem não será de forma urgente, se você precisa disso então o consórcio não é a melhor opção para você, pois pode levar tempo até que a tão esperada contemplação aconteça.
Como participar de um consórcio
Primeiramente é encontrar um administrador de consórcio autorizado pelo Banco Central do Brasil. Após esta verificação, você deve analisar se possui um plano para os bens ou serviços que deseja adquirir. Esses planos precisam estar alinhados com seu plano financeiro para a vida do consórcio - não apenas quando você concorda com o contrato. Lembre-se de estudar todas as cláusulas do contrato de adesão. É justamente a partir disso que formalmente entra em um grupo e associação como obrigações de todas as partes.
O contrato deve ser claro, o texto deve ser claro e a cláusula de restrição de direitos deve ser destacada. Ao assinar, é importante que seja necessária uma cópia. Veja também se o contrato anexo dispensa tudo o que é exigido pelos regulamentos.
Como evitar a inadimplência
Atrasar o pagamento da parcela do consórcio pode causar perdas para você e para todo o grupo. Além disso, caso não tenha sido contemplado, você não participará mais das assembleias, adiando sua chance de obtenção de carta de crédito, adiando assim a aquisição de seu imóvel.
Portanto, é muito importante planejar antes de assinar o contrato para evitar a inadimplência do consórcio. Uma vez contratado, deve ser tratado como uma promessa que precisa ser cumprida todos os meses. Se alguma situação inesperada prejudicar seu orçamento, você pode organizá-lo de várias maneiras;
Desenvolva um plano financeiro eficaz: Desenvolva um plano financeiro, incluindo o pagamento prioritário de suas dívidas e compromissos atuais, bem como quaisquer reservas de segurança exigidas. Portanto, você pode se proteger contra a contratação do seu consórcio e controlar a possibilidade de equilíbrio financeiro. Para fazer esse orçamento funcionar, lembra-se de controlar o consumo desenfreado e evitar compras desnecessárias. Além disso, o custo dos itens exigidos por cada indivíduo - como alimentação, saúde, lazer, entre outros.
Procure aplicativos financeiros para ajudá-lo a controlar seu orçamento: Vale a pena encontrar um bom aplicativo de controle financeiro para ajudá-lo a concluir seu plano no prazo. Desta forma, você pode evitar ser pego pela tentação e gastos impulsivos, prejudicando seu plano e correndo o risco de atrasos nos pagamentos.
Dicas finais
Lembre-se de quitar suas dívidas: Lembre-se de pagar possíveis dívidas com cartão de crédito ou cheque especial. Esse tipo de crédito tem uma alta taxa de juros e, se não for pago no prazo, pode atrapalhar seu orçamento e causar muitos problemas.
Entenda seu orçamento antes de fazer novos compromissos: Outra importante medida preventiva para manter as contas em ordem é atentar-se aos compromissos que já foram assumidos, principalmente os de longo prazo. Mesmo pequenos valores, se somados, vão sobrecarregar seu orçamento, afetando seus bolsos e sua capacidade de pagar as parcelas do consórcio em dia. Portanto, é recomendável não fazer novos compromissos após assumir, responsabilidades como a de se comprometer com novas dívidas, pois isso pode afetar seu orçamento agora e no futuro. Essa preocupação garante a paz e evita a inadimplência do consórcio.
Tente entrar em acordo com a administradora: Se as dicas acima chegarem tarde e você perceber que já está em uma situação complicada, entre em contato com o administrador. Ele pode fornecer saída para evitar atrasos, assim como:
- Reduzir o valor da carta de crédito e reduzir o valor do parcelamento. Sendo essas opções para consorciados que não foram contemplados;
- Adiar o valor das parcelas vencidas para a cota prevista;
- Negocie para diluir parcelamentos em atraso.
Agora que você sabe tudo sobre consórcio, faça uma simulação no site da Embracon e realize os seus sonhos.