Antes de se fazer essa pergunta, é preciso pensar: qual é o seu sonho?
Você pretende adquirir a carta de crédito para um carro mais confortável para você e para sua família? Ou quer investir em uma casa maior e decorada, para receber os amigos? Ou, quem sabe, preparar o filho para o intercâmbio quando ele estiver na faculdade, organizar a festa da sua filha que vai completar 15 anos ou surpreender a família com uma viagem sensacional pelo mundo?
Tudo isso pode ser possível por meio do consórcio. Claro que toda conquista requer dedicação e esforço: e, para lidar com isso, nada melhor que o planejamento a médio e longo prazo.
Muito mais que facilitar a aquisição do bem que você sempre quis, o consórcio ajuda você a manter a sua saúde financeira enquanto investe em algo grandioso, que certamente vai impactar a sua vida e a vida da sua família.
Pense bem no seu sonho, envolva a família na discussão e esteja determinado a agir. Tendo isso em mente e bem formatado, você já pode avançar para a próxima etapa: a materialização desse sonho. É aí que entra o consórcio.
Mas, para que serve o consórcio?
O consórcio é a melhor forma de você adquirir bens de alto valor, sem comprometer seu orçamento mensal e de forma planejada.
Você não sai com o bem no momento em que fecha contrato de consórcio. Na verdade, a modalidade te ajuda a investir no seu bem, sem que você tenha que pagar juros ou valor de entrada, como acontece no financiamento.
Além disso, você pode ajustar o valor das parcelas da forma que melhor se encaixa em seu orçamento familiar.
Por essas e outras vantagens, que iremos detalhar a seguir, o consórcio tem sido cada vez mais considerado pelos brasileiros. Uma pesquisa recente da Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio (ABAC) mostrou que o segmento cresceu cerca de 15% ao longo de 2020.
Ou seja, mesmo em tempos de pandemia, em que as pessoas ficam mais receosas de gastar, as pessoas perceberam as vantagens da modalidade, que permite comprar de forma parcelada justa, sem ter que pagar o dobro ou até o triplo do bem.
Ainda assim, muitas pessoas têm dúvidas relacionadas ao segmento de consórcio. Por isso, vamos explicar o que é preciso levar em consideração antes de fechar o contrato e dar algumas dicas de como preparar seu orçamento familiar para investir no bem que você tanto deseja.
Passo a passo para fechar consórcio
Após identificar o que você realmente deseja adquirir, é preciso identificar qual a melhor administradora.
A seguir, vamos apresentar uma série de etapas importantes que devem ser levadas em consideração antes de adquirir um consórcio.
Consórcio precisa de autorização do Banco Central
Existem muitas formas de contratar consórcio no mercado: de instituições financeiras a pessoas jurídicas, tem-se multiplicado o leque de opções para quem quer comprar um bem a longo prazo.
Porém, é preciso ficar muito atento a isso, para evitar cair em algum golpe ou ser prejudicado com taxas muito altas.
A primeira coisa a ser feita é pesquisar se a administradora possui autorização do Banco Central do Brasil (Bacen) para operar. Basta fazer uma pesquisa pelo site do Bacen e procurar pela administradora.
Toda empresa de consórcio precisa dessa autorização, de acordo com a Lei nº 11.795/2008, que tem como um dos objetivos “fiscalizar as operações de consórcio, as administradoras de consórcio e os atos dos respectivos administradores e aplicar as sanções”.
Quando uma empresa é autorizada pelo Bacen, está totalmente comprometida a organizar os grupos de consorciados, fechar os contratos, realizar os sorteios e fazer a entrega das cartas de crédito de forma isonômica, que garante que todos terão o mesmo direito de ser contemplado até o pagamento total da cota - ou até mesmo ser contemplado antecipadamente, por conta da oferta de um lance.
O que mais preciso saber antes de fechar contrato?
Após verificar a lista das administradoras de consórcio, é preciso entender qual delas podem oferecer uma boa vantagem para você.
Diferentemente do financiamento, o consórcio não possui juros e nem cobra valor de entrada. Além disso, nenhuma empresa está autorizada a garantir contemplação para os consorciados.
Seguindo o regulamento do Banco Central, todas as empresas precisam garantir um processo isonômico: todos que participam do grupo e contribuem mensalmente com as parcelas têm as mesmas chances de serem contemplados por sorteio. Pode ser que você saia com a carta de crédito nos primeiros meses, ou quando estiver perto de pagar as últimas mensalidades.Também é possível ser contemplado por meio dos lances, que explicaremos ao longo do texto.
Portanto, pesquise sobre a credibilidade da empresa, se ela é referência em atendimento e até mesmo sobre as taxas praticadas. Pode haver uma variação nas taxas de administração e fundos de reserva pelas administradoras.
Além disso, é importante analisar o histórico da administradora. A Embracon, por exemplo, trabalha há mais de 30 anos realizando sonhos por meio do consórcio, de forma independente e segura.
Tipos de consórcio
O próximo passo após escolher a administradora e já ter o bem em mente é fazer uma simulação.
Na simulação de consórcio, primeiramente você deve escolher a categoria:
• Consórcio de automóveis: invista no seu próximo carro, seja novo ou seminovo. Você pode selecionar cartas de crédito entre R$ 30 mil e R$ 100 mil, que podem ser parcelados em até 100 meses. É a modalidade mais contratada. Isso porque a história do consórcio faz parte da história da evolução da compra de automóveis no Brasil.
• Consórcio de imóveis: esta modalidade passou a compor o portfólio das administradoras nos anos 1990, quando o Banco Central permitiu a compra de imóveis por meio do consórcio. As cartas de crédito dessa modalidade chegam a R$ 500 mil e podem ser divididas em até 240 mensalidades. Com a carta de imóveis você pode comprar casa, apartamento, terreno e até empreendimentos comerciais.
• Consórcio de moto: assim como o consórcio de automóveis, o consórcio de moto é uma das modalidades mais contratadas. É possível investir em cartas de até R$ 20 mil, que podem se divididas em até 70 meses.
• Consórcio de serviços: é a modalidade mais recente de consórcio. Com ela, é possível investir em cirurgia plástica, viagens, estudos, festa de aniversário, intercâmbio, reformas e até mesmo organizar o casamento. As cartas de crédito vão de R$ 15 mil a R$ 30 mil e podem ser divididas em até 30 mensalidades.
Vale lembrar que a carta de crédito está condicionada ao tipo de consórcio selecionado. Ou seja, se você estiver investindo em um automóvel, não pode comprar um imóvel quando for contemplado com a carta.
Como fazer a simulação da melhor forma
Embora seja bem simples de fazer, a simulação é uma etapa importante para a conquista do bem.
Após ter em mente o valor que pretende investir para realizar o seu sonho, faça a divisão das parcelas levando em consideração a sua saúde financeira.
No consórcio, as parcelas não podem ultrapassar 30% dos seus rendimentos mensais. Ou seja, se na sua simulação saiu uma parcela próxima de R$2.000, você precisa de um rendimento mensal (somado o valor de toda a família) maior que R$ 6.000. Essa regra se aplica para todas as modalidades de consórcio.
Quando você realiza a simulação, já identifica o valor das mensalidades com acréscimo da taxa de administração - que serve para remunerar a empresa de consórcio pela formação dos grupos, realização dos sorteios e entrega da carta de crédito - e do fundo de reserva - que garante que todos os integrantes dos grupos sejam contemplados com os bens, caso haja um risco de inadimplência.
Reajuste das parcelas
Para que o consorciado não seja prejudicado com a perda do poder de compra da inflação, anualmente é feita a correção das mensalidades. Essa correção é aplicada automaticamente no aniversário da cota: se você fechou contrato em janeiro de 2020, por exemplo, terá o valor reajustado em janeiro de 2021.
Os valores podem variar conforme o tipo de consórcio selecionado e são sempre indexados juntos aos índices pertinentes à categoria.
• O reajuste das parcelas de consórcio de moto e de automóveis é feito a partir das variações do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que é uma medida oficial de inflação feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
• Já o consórcio de imóveis é corrigido a partir de um índice próprio, o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção do Mercado), que é medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
• Quanto ao consórcio de serviços, o índice de correção mais utilizado é o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M).
Vale lembrar que o aumento na mensalidade pode acontecer por conta da inflação, que afeta o valor final da sua carta de crédito. Ou seja, o valor adicional em que você está investindo vai refletir no total que irá receber quando for contemplado.
Mais do que aplicar uma regra estipulada pelo Banco Central, dessa forma o consórcio permite que o bem que você está investindo não seja desvalorizado quando você for contemplado.
Fechando contrato de consórcio
Após a etapa de realizar a simulação e passar com um especialista de consórcio, você entra em uma etapa de aprovação.
Para isso, são solicitados os principais documentos pessoais, como:
• CPF;
• RG;
• Comprovante de residência válido.
Esses documentos serão usados para a verificação do seu nome e da sua situação fiscal, facilitando a parte da análise de crédito.
Vale lembrar que, para que a sua cota seja aprovada, as mensalidades não podem ultrapassar 30% dos rendimentos mensais. As administradoras mantêm essa exigência para evitar que o consorciado comprometa demais o seu rendimento com as parcelas e possa se tornar inadimplente.
Com tudo em mãos, você deve entregá-los à empresa, ler o contrato e, estando tudo em ordem, assinar o que for preciso.
Grupo de consórcio
Com a aprovação, a administradora te coloca em um grupo de consórcio. O grupo é composto por outros consorciados que têm interesses semelhantes.
Esse grupo precisa se comprometer com os valores das mensalidades nas datas corretas. Os valores contribuídos sustentam o fundo comum, que é utilizado para a aquisição de bens de todos os consorciados.
Como cada grupo é diferente do outro, pode ser que eles compartilhem de regras específicas - como, por exemplo, fazer a oferta de um lance somente após ter 20% do bem ou excluir um inadimplente que não contribui há mais de 2 meses, por exemplo.
É a administradora que gere os grupos de consórcio. Ao fechar o contrato, você é informado sobre o funcionamento do grupo e das datas de realização dos sorteios.
Sorteios do consórcio
Os sorteios são o momento mais esperado para muitos consorciados. Afinal, é quando você pode ser contemplado com o bem que tanto sonhou.
Para participar dos sorteios, é necessário contribuir mensalmente com as parcelas.
A fim de garantir a isonomia de todo o processo, a Embracon realiza os sorteios por meio da Loteria Federal. Geralmente são feitos às quartas e sábados, obedecendo a seguinte ordem:
• Clientes ativos: ou seja, quem paga o consórcio mensalmente, sem atraso nas parcelas;
• Clientes cancelados: quem cancela o consórcio precisa esperar o sorteio dos grupos para receber o valor investido.
• Contemplações por lance: caso você queira adquirir o seu bem de forma antecipada, pode fazer a oferta de um lance nos sorteios.
Vamos explicar melhor como funciona o lance a seguir.
Como fazer para ofertar um lance?
Muitas pessoas não querem esperar apenas pelos sorteios. Para aumentar a chance de serem contemplados com o bem, fazem a oferta de um lance.
O lance é um valor significativo que você pode oferecer em um sorteio para conquistar seu bem de forma antecipada. Você pode abater um número significativo de parcelas e já sair com seu carro, imóvel ou serviço por meio do lance.
Para fazer a oferta é muito simples. Até 24h antes da realização da assembleia, você registra o valor que daria de lance pelo bem. Se o seu valor for o maior, você é contemplado.
Após o sorteio, a administradora faz uma série de comprovações para garantir o débito do lance. Assim, você consegue quitar as últimas parcelas e terminar de pagar a sua cota de forma antecipada - além, claro, de sair com a carta de crédito do bem!
A seguir, vamos apresentar os diferentes tipos de lance:
• Lance livre: é o tipo mais praticado no consórcio. Nesse caso, você estipula um valor significativo para dar no seu bem. Se o seu valor for o maior, você é contemplado. Para aumentar as suas chances, recomenda-se ter em mãos pelo menos 15% do total do bem.
• Lance fixo: é um valor já estipulado pela administradora dentro do seu grupo para ofertar o lance. Digamos que você esteja investindo em um imóvel de R$ 200 mil, e a administradora tenha prefixado 30% do valor total da carta para ofertar um lance - neste caso, R$ 60 mil. Pode ser que mais de um consorciado manifeste interesse em dar o lance. Nesse caso, a administradora realiza um sorteio somente com os interessados em ofertar um lance fixo. Quem for sorteado, é contemplado com a carta.
• Lance embutido: nessa modalidade, você pode usar parte da sua carta de crédito como lance. Digamos que você queira reduzir a sua carta de imóveis de R$ 200 mil para R$ 150 mil. Neste caso, você pode utilizar os R$ 50 mil como oferta de lance e aumentar suas chances de contemplação. Porém, alguns grupos de consórcio têm regras específicas para lance embutido. Consulte as regras antes de considerar essa opção.
• Lance com recursos do FGTS: é possível sacar o valor do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) somente para consórcio de imóveis - e caso seja a sua primeira casa ou apartamento. Para registrar seu interesse, basta mostrar o extrato do FGTS na proposta de lance. Se você for contemplado, precisa fazer a solicitação na Caixa e, assim, conquistar seu primeiro lar!
Caso você não seja contemplado pelo lance, fique tranquilo. Você não precisa debitar o valor registrado e pode tentar nos próximos meses.
Contemplação do consórcio
Como já dissemos, caso dependa do sorteio, você pode ser contemplado tanto no primeiro como no último mês da parcela.
Seja por sorteio ou lance, a etapa de contemplação também passa por uma série de aprovações por parte da administradora. Boa parte dos consorciados contemplados ainda possuem débito com a administradora. Para evitar inadimplência ou medidas para tomar a carta de volta, a empresa faz uma análise da situação fiscal do consorciado.
Caso o consorciado tenha o nome sujo ou parcelas atrasadas de consórcio, não pode receber a carta de crédito.
Mas, se este não for o seu caso, e você estiver com sua situação bem regularizada, a próxima etapa é entregar uma série de documentações pessoais e do vendedor do bem que você deseja adquirir.
Documentações pedidas para os contemplados
Como comprador, você precisa comprovar que irá se comprometer com as mensalidades restantes durante a análise de crédito e entregar os seguintes documentos:
• Comprovante de renda: solicitação dos últimos três contracheques ou, ainda, declaração do IR com o respectivo recibo de pagamento. O propósito desses documentos é, principalmente, a sua análise de crédito;
• Cópia do CPF;
• Cópia do RG;
• Cópia do comprovante de endereço atual e dos últimos três meses, como contas de água, de energia ou do seu telefone fixo;
• Cópia do Certidão de nascimento;
• Cópia da Certidão de casamento ou de união estável, caso ainda não esteja casado no papel;
Para pessoas casadas, é necessário que o cônjuge também apresente seus documentos, incluindo:
• Comprovante do imposto de renda;
• CPF;
• RG;
• Certidão de união estável ou casamento.
Documentações pedidas para os vendedores
Para garantir a aquisição do bem, a administradora faz o repasse diretamente ao proprietário. Ou seja, o consorciado não recebe o valor correspondente da carta na conta pessoal.
Seja pessoa física ou jurídica, é preciso entregar uma série de documentos do vendedor à administradora:
Para pessoa física:
• Documentos pessoais (RG, CPF);
• Declaração de profissão;
• Se casado, a certidão de casamento;
• Certidão de nascimento;
• Certidão Conjunta de Débitos relativos aos Tributos Federais.
Confira a documentação exigida para Pessoa Jurídica:
• Ata de eleição da Diretoria registrada na Junta Comercial;
• Carta com firma reconhecida dos representantes da empresa;
• Cópia do Contrato Social;
• Cópia da Certidão Negativa de Débitos de Tributos e Contribuições Federais e
• Cópia da Certidão Negativa de Débito.
Durante a etapa de documentações as administradoras podem fazer pedidos específicos relativos ao produto, como comprovante de pagamento do IPTU ou repasse da escritura para consórcio imobiliário, por exemplo.
O processo para passar alguns documentos para o nome do contemplado gera alguns custos adicionais. Por isso, a administradora permite utilizar até 10% do total da carta de crédito para esse tipo de despesa.
Após a conquista do bem, é importante continuar comprometido com as mensalidades do consórcio, para evitar ter seu nome negativado ou, em caso de inadimplência, ter seu bem alienado.
A administradora toma uma série de medidas para garantir que os consorciados continuem contribuindo para os seus grupos. Afinal, outras pessoas dependem da contribuição para ter acesso aos bens em que estão investindo.
Invista no seu sonho
Muitos consorciados já deram depoimentos emocionantes de como a modalidade ajudou na conquista do sonho - sem ter que pagar o dobro do valor que pagaria via financiamento, por exemplo.
Isso porque o consórcio funciona muito bem como compra planejada, que não afeta os seus rendimentos mensais.
Após a contemplação do primeiro bem com o consórcio, é comum que muitos voltem a investir em novas cotas.
Se você comprou um imóvel e deseja reformar, por exemplo, pode adquirir o consórcio de serviços voltado para reforma e deixar o seu lar ainda mais confortável. Ou, também, investir em seu novo carro - podendo até mesmo dar o seu usado como proposta de lance para obter a carta de crédito.
São múltiplas as vantagens de se planejar para a compra de um bem de alto valor. Faça já uma simulação e invista no seu sonho e de toda a sua família.