Uma das maiores dúvidas dos consorciados quando começam a investir em um bem com o consórcio é identificar como usar o valor da carta de crédito.
Antes de tudo, vale a pena explicar o que é a carta de crédito: quando você inicia o pagamento por um bem com o consórcio, você tem a carta de crédito como referência deste bem. Digamos que você queira comprar um carro com o consórcio, por exemplo. Em vez de ter o modelo já escolhido, com o consórcio você investe no valor que será utilizado para a compra do carro.
E, o melhor de tudo: é você que determina o valor da carta de crédito.
Ainda no exemplo do carro, digamos que você tem o plano de comprar um modelo popular zero km. Pelas suas pesquisas, você identificou que o valor total seria de, mais ou menos, R$ 50 mil. Portanto, você pode selecionar o valor de R$ 50 mil como referência para a sua carta de crédito.
Quando você for contemplado, seja por sorteio ou pela oferta de um lance, você terá este valor disponível para a compra do carro que deseja. O melhor de tudo é que a carta de crédito possui poder de compra à vista, o que pode dar margem para uma ótima negociação com o proprietário ou a concessionária na hora da compra.
Mas, será que é preciso utilizar o valor inteiro na hora de ter acesso à carta de crédito? Vamos responder a esta pergunta neste post, portanto, continue a leitura.
Como funciona a carta de crédito?
Quando você decide investir em um bem pelo consórcio, tem o poder de decisão sobre a carta de crédito. Cada categoria de consórcio tem suas próprias limitações: por exemplo, para o consórcio de imóveis, as cartas podem chegar a até R$ 500 mil, enquanto o consórcio de serviços trabalha com um valor inferior, no máximo de R$ 30 mil.
Caso os limites sejam insuficientes para o que deseja comprar, é possível investir em mais de uma cota - desde que a soma de todas as parcelas não ultrapasse 30% dos rendimentos mensais do consorciado.
É possível escolher o valor da sua carta de crédito no momento da simulação. Aliás, é o próprio consorciado que define, também, a quantidade de parcelas que deseja pagar por uma cota de consórcio.
As administradoras facilitam esse processo porque o consórcio nada mais é do que um modelo de autofinanciamento para a compra de um bem ou serviço final. Você não é contemplado com o bem na hora: precisa entrar em um grupo de consórcio, participar das assembleias, acompanhar os sorteios e, caso queira ter acesso antecipado à sua carta de crédito, pode fazer a oferta de um lance, que é um valor maior que o consorciado pode dar. Pela modalidade tradicional, o maior valor de lance de uma assembleia define o vencedor.
Seja por sorteio ou por lance, a partir do momento que um consorciado é contemplado, precisa passar pelo processo de análise de crédito. Nessa etapa, além de entregar todas as documentações necessárias, a administradora verifica o nome do consorciado nos órgãos de proteção ao crédito - portanto, organize-se para estar com o nome limpo nessa etapa.
Após todo esse procedimento, o consorciado finalmente tem acesso à carta de crédito, para a conquista do bem que selecionou.
Como utilizar a carta de crédito da melhor forma
Quando o consorciado é contemplado, pode acontecer de se deparar com um valor de carta de crédito maior que o originalmente contratado.
Isso porque, a cada aniversário anual do seu consórcio, sua cota passa por um reajuste devido à inflação. Assim como anualmente o real passa por mudanças, além das elevações de preços, o consórcio também é influenciado por esse processo. Por conta disso, você pode pagar por uma mensalidade maior a cada ano, e isso será refletido na sua carta de crédito.
Cada categoria de consórcio segue uma tabela em específico: o consórcio de imóveis, por exemplo, acompanha as elevações do INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), enquanto o consórcio de automóveis segue o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Esse reajuste é importante, porque garante que o valor que você selecionou como carta de crédito permita a compra do bem que você tanto deseja.
Mas, e quanto ao valor da carta de crédito, como fazer?
Antes de tudo, você não precisa usar todo o valor da sua carta de crédito para a compra do bem que selecionou. Caso sobre algum valor, é possível utilizar até 10% do total da carta de crédito para despesas burocráticas, como transferência de propriedade, idas ao cartório etc.
Mas, se ainda assim sobrar algum dinheiro da sua carta de crédito, é possível utilizá-lo para quitar o saldo restante da sua cota. Afinal, quando se é contemplado, é muito comum ter um saldo devedor para ser quitado com a administradora. Por isso mesmo, o processo de análise de crédito antes da liberação da carta é tão rigoroso: para evitar que o contemplado se torne um inadimplente e coloque os demais integrantes do grupo em risco.
No caso de se deparar com um bem que custa mais do que a sua carta de crédito, não há problemas. A administradora prossegue com a liberação da carta mesmo assim. Porém, você precisa negociar com o proprietário ou empresa responsável pelo bem, para que possa pagar o valor restante.
Ao ser contemplado, o valor da carta de crédito é transferido integralmente para o dono do bem. Ou seja, não passa pela conta corrente do consorciado.
Portanto, não tenha receio algum em escolher o consórcio como forma de investir em seu próximo bem. Você tem liberdade de escolher o valor da carta de crédito, a quantidade de parcelas e tem a certeza de pagar por um valor mais justo a prazo.
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