Vale a pena investir em um consórcio?

28 de set. de 20214 minutos de leitura
Vale a pena investir em um consórcio?

Ao considerar a compra de bens de alto valor, como carro, casa, apartamento, moto ou até mesmo a realização de serviços, muitas pessoas ficam em dúvidas de como proceder da melhor forma.

Isso porque, diferente de compras que realizamos no dia a dia, pagando com débito, cartão de crédito ou até mesmo dinheiro em espécie, quando não se tem o total à vista do bem é necessário ter uma instituição intermediária para a compra.

Por muitos anos, os brasileiros consideraram o financiamento para realizar a compra de bens de alto valor. Porém, por conta do alto valor de juros, muitos têm optado por uma compra parcelada mais planejada, que não põe em risco os rendimentos mensais e se destaca como uma forma bastante flexível de investir na compra de um bem. Estamos falando do consórcio.

O que é e como funciona o consórcio?

O consórcio é um tipo de autofinanciamento. Você escolhe o bem em que deseja investir e pode se organizar da maneira que deseja para a sua efetiva compra.

Com o consórcio, você pode investir em:

   • Consórcio de automóveis: para compra de um carro novo ou seminovo. Por meio do lance, você pode oferecer o seu usado e aumentar as suas chances de contemplação.

   • Consórcio de moto: para adquirir a moto que deseja, seja para passeio ou para o seu trabalho.

   • Consórcio de imóveis: para a realização do sonho da casa própria, compra de apartamento (mobiliado ou na planta), terrenos e até empreendimentos comerciais.

   • Consórcio de serviços: para investir em viagens, festas, reforma, estética e estudos.

Para começar a investir em um consórcio é bem simples: antes de tudo, é preciso selecionar o que deseja comprar. Depois disso, defina o valor do bem. Ele é representado pela carta de crédito.

Ao inserir o total da carta de crédito, o próximo passo é entender a quantidade de mensalidades que deseja pagar pelo bem. Tudo isso pode ser feito por meio do simulador, uma forma dinâmica de verificar quanto ficaria o bem por mês.

Após selecionar o valor da carta, total de mensalidades e preencher os dados básicos, você consegue verificar o valor que pagaria nas parcelas.

Além da divisão da carta pelas mensalidades, a parcela é composta pela taxa de administração, que serve para remunerar a empresa de consórcio pelos serviços que realiza, e o fundo de reserva, que garante a contemplação dos bens dentro dos grupos. No total, esses valores não ultrapassam 20% da carta de crédito - um valor bem inferior aos juros que são cobrados das instituições financeiras.

Depois de inserir os valores e concordar com os termos, um especialista de consórcio entra em contato, para tirar todas as dúvidas e enviar o contrato de adesão. Após a assinatura, a administradora tem até 60 dias para colocá-lo em um grupo, que reúne outros consorciados que também estão investindo em algum bem.

Ao contribuir com as parcelas mensais, você tem o direito de participar dos sorteios, onde são entregues as cartas de crédito por meio da contemplação.

Existem duas formas de ter acesso ao bem por meio do consórcio:

   • Pelos sorteios mensais, a partir de numeração atrelada à Loteria Federal, que garante a isonomia do processo;

   • Pela oferta de um lance, ou seja, um valor a mais que você oferece por um bem na tentativa de ser contemplado de forma antecipada. Se o seu valor for o maior dentro da assembleia, você é contemplado, e o valor ofertado quita as últimas mensalidades da sua cota.

Em nenhuma das duas formas a administradora pode garantir a contemplação. Porém, até que você termine o pagamento da sua cota, será contemplado com o seu bem. Isso é garantido por todas as administradoras que têm autorização do Banco Central do Brasil (Bacen) - como a Embracon, por exemplo.

Por que vale a pena investir em consórcio

O consórcio se apresenta como a melhor modalidade para investir de forma parcelada em um bem de alto valor por sua flexibilidade e segurança.

Você tem a possibilidade de escolher o valor da carta de crédito, que corresponde ao preço do seu bem. Caso o valor da carta seja maior que o bem que escolheu comprar, pode usar até 10% do valor para quitar documentações, entre outras burocracias relacionadas ao bem.

Se o saldo for insuficiente, sem problemas. É possível completar a transação com os seus próprios recursos.

A grande vantagem é que a carta de crédito possui poder de compra à vista. Isso pode garantir uma boa margem de negociação com o proprietário: digamos que esteja investindo em um apartamento na planta, de cerca de R$ 200 mil, e obtenha 5% de desconto. Nessa negociação, você já garante uma economia de R$ 10 mil, que pode ser utilizado para documentação de transferência de propriedade, por exemplo.

Caso queira comprar um bem de valor superior ao limite da carta de crédito, é possível investir em mais de uma cota de consórcio: converse com o especialista antes de adotar essa opção, para que você consiga acompanhar as cartas dentro de um mesmo grupo.

No aniversário da cota, as administradoras fazem reajuste das mensalidades. Essa medida é uma forma de proteção ao consorciado. Assim, a carta de crédito não fica prejudicada por uma possível desvalorização da moeda.

Com o reajuste, a carta de crédito é corrigida e o adicional é dividido nas mensalidades. Então, quando for contemplado, o consorciado terá acesso a um valor superior, que considera todas as correções enquanto o pagamento foi realizado.

Se a ideia é ser contemplado de forma antecipada, se organize para dar um lance. Acompanhe as assembleias mensais e entenda o melhor momento de fazer a sua oferta. Se o seu valor não for o maior, fique tranquilo: ele não é debitado antes do anúncio do lance vencedor.

Você pode aproveitar para juntar um valor superior e tentar o lance nos meses seguintes. Quem sabe você não é o próximo a ser contemplado?

Como deu pra perceber, realmente vale a pena planejar a compra do seu próximo bem e investir em consórcio.

Faça uma simulação e conheça mais a modalidade que tem ajudado milhares de brasileiros a realizarem seus sonhos.
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