Moradia é um tema muito caro ao brasileiro. Seja para a compra da primeira casa ou para aumentar o seu patrimônio, cada vez mais a compra do imóvel tem se destacado entre os maiores desejos do brasileiro.
Em 2020, ano em que o mundo se viu diante da pandemia, esse desejo parece ter sido reforçado. De acordo com a pesquisa Raio-X FipeZap, 2020 foi o ano em que o brasileiro mostrou maior percentual de intenção de compra em imóveis desde 2014. Essa intenção de compra atingiu 36% das pessoas. E, dos compradores em potencial, 88% afirmaram que gostaria de investir em imóvel para moradia.
Os imóveis são uma das formas mais rentáveis de investimento no país. E, embora apenas 12% revele um interesse de compra para essa finalidade, vivemos um momento em que a procura por casas e apartamentos ainda continuarão aquecendo o mercado.
Existem diversos motivos para isso. Afinal, o lar representa segurança, algo muito valorizado pelas pessoas, principalmente em tempos difíceis. Sem esquecer que estamos falando do alicerce fundamental para que uma família possa prosperar.
Por isso mesmo, a compra do imóvel sempre terá um peso importante para o brasileiro. E, comparando a longo prazo, essa decisão pode fazer com que as pessoas consigam ter uma boa economia lá na frente.
O Brasil concentra um número bastante elevado de pessoas que pagam aluguel por moradia. Um levantamento realizado pelo Insper mostrou que, das 69 milhões de famílias brasileiras, 17% delas têm despesas com aluguel. E, de todo esse volume de inquilinos, 29% deles são de pessoas que recebem até dois salários mínimos.
Ou seja, a compra do imóvel compromete bastante quem tem menor poder de compra. Mas, existe outro fator que também precisa ser considerado: o planejamento financeiro.
Para entender melhor, vamos explicar como funciona o aluguel e a compra do imóvel por consórcio, elencando as vantagens e desvantagens de cada um. Confira a seguir.
Aluguel de casa ou apartamento: como funciona
O aluguel é uma forma de garantir que muitas pessoas tenham um teto para morar. Funciona assim: o interessado procura o imóvel em que deseja morar e negocia com a imobiliária ou diretamente com o proprietário o valor mensal que pagará para ocupar a casa.
O morador que fica na casa de outro proprietário é conhecido como inquilino. Como tal, ele precisa cumprir com algumas obrigações, como pagar por mês o valor da mensalidade do aluguel e, caso more em um apartamento, ficar responsável pelos custos do condomínio.
Na maioria dos casos, o inquilino assina um contrato que garante sua permanência por um período em específico. Em alguns deles, proprietários ou imobiliárias cobram permanência mínima.
Caso, por exemplo, tenha sido determinada como permanência mínima o prazo de 2 anos, e o inquilino queira sair antes, terá que pagar multa por valor proporcional aos meses restantes. Quanto mais próximo estiver do prazo de 2 anos, como no exemplo, menor será o valor total da multa.
A seguir, vamos mostrar as vantagens do aluguel.
Vantagens do aluguel
A maior vantagem de ir para o aluguel é que você não precisa de um alto valor para conseguir uma moradia. Diferentemente da compra de uma casa ou apartamento, por exemplo, em que é preciso investir por um longo período de tempo, ao considerar o aluguel você tem uma despesa a mais por mês sem a necessidade de se comprometer com o bem.
Isso, por si só, apresenta diversas vantagens. Sem falar no grande número de ofertas de imóveis disponíveis, para todos os gostos e todas as faixas de preço que você possa imaginar.
Se você costuma viajar bastante e não gosta de ficar fixado em um local, alugar um imóvel pode ser uma boa para você.
Além disso, o aluguel possui flexibilidade para contrato. Na maioria das vezes, eles são redigidos pensando a curto e médio prazo, e podem ser rescindidos com facilidade. Geralmente a questão contratual é resolvida da seguinte forma: o locatário estipula um prazo mínimo por contrato para a permanência do inquilino. Caso o inquilino queira sair, quanto mais próximo estiver da data de vencimento, menor será o valor da multa que terá que pagar. Por mais que seja um ônus pela saída antecipada, o contrato não prende ninguém a um imóvel.
Outra vantagem é que o inquilino não precisa se preocupar com custos de manutenção do imóvel, como mexer com eletricidade, esgoto ou ter que pilotar algum tipo de reforma. Tudo isso é responsabilidade do proprietário. Caso o inquilino se depare com alguma situação indesejável enquanto estiver no imóvel, só precisa reportar ao proprietário, que deve se organizar para conduzir as reformas necessárias.
Caso o inquilino queira buscar um outro local para moradia, com o aluguel, ele tem mais flexibilidade para mudança. Por isso mesmo, alguns especialistas indicam o aluguel para pessoas com perfis mais itinerantes, que costumam mudar ou viajar com frequência.
Desvantagens do aluguel
Embora o aluguel seja uma modalidade mais fácil de ser contratada, ela tem algumas desvantagens.
Primeiro: nem sempre o inquilino pode escolher o lugar em que quer morar, ou seja, o local deve estar de acordo com seu padrão de vida.
Antes do proprietário ou imobiliária aceitar a moradia, é realizada uma análise minuciosa dos rendimentos mensais do interessado. Na maioria dos casos, é preciso que o valor do aluguel não ultrapasse 30% dos seus rendimentos. Por exemplo, se a sua família tem um rendimento mensal de R$ 10 mil, só pode alugar um local que custa mensalmente até R$ 3.300.
Em segundo lugar, o inquilino fica à mercê do proprietário. Por mais que exija contrato, caso o dono do imóvel tenha interesse em pedir a casa ou o apartamento de volta, pode emitir uma ordem para receber o imóvel. Na maioria dos casos, isso dá ao inquilino prazo de 30 dias para sair de onde mora - o que, na maioria das vezes, pode pegar o inquilino desprevenido, que terá que sair para a procura de outro imóvel o quanto antes, comprometendo todo o seu planejamento.
Além disso, o preço de um aluguel pode ser visto como desperdício: em vez de investir em um imóvel que possa ser de sua propriedade, com a locação o dinheiro não ‘retorna’ para o bolso do inquilino.
O inquilino também fica sujeito ao aumento do valor do aluguel - que pode acontecer de forma arbitrária, em alguns casos, ou por conta da correção da inflação anual. Sem falar no risco de ter problemas com o locador, especialmente se ele mora próximo do local e costuma visitar presencialmente, para fazer algum tipo de checagem. Em alguns casos, os proprietários estipulam em contrato a visita sem aviso prévio ao imóvel, o que pode gerar uma situação desconfortável, se não for gerido da maneira correta.
Outro problema recorrente de pessoas que procuram locais para alugar é a restrição imposta por alguns proprietários. Existem imóveis que não permitem a criação de animais de estimação, por exemplo, ou até mesmo ter criança, por conta do possível barulho ou por alguma questão relativa ao cuidado com o imóvel. Por mais que o inquilino manifeste interesse no início por um imóvel que imponha essas restrições, caso você queira mudar de vida, por exemplo, também terá que mudar de local.
Por isso mesmo, converse bem com o proprietário antes de tomar a decisão de alugar um imóvel, para manter as expectativas alinhadas e ter um bom período de estadia.
Agora que você sabe um pouco mais das vantagens e desvantagens de alugar um imóvel, vamos falar sobre como funciona o consórcio para a compra da sua casa ou apartamento.
Consórcio de imóveis: como funciona?
O consórcio é a melhor forma de investir em bens de alto valor.
Por muitos anos, a modalidade de consórcio ajudou brasileiros a realizarem o sonho de comprar o seu primeiro carro. Com o sucesso do modelo, além de permitir a troca de veículos, as pessoas puderam comprar eletrodomésticos, eletroeletrônicos, motos e diversos outros tipos de produtos de alto valor, com toda sua flexibilidade.
O segmento de consórcio de imóveis passou a vigorar no início dos anos 1990, momento em que muitos brasileiros se viram frustrados com as opções restritas apresentadas pelo financiamento. Isso porque, além de exigir um alto valor de entrada para a compra de casas, terrenos e apartamentos, o financiamento exige o pagamento de um alto valor mensal, sempre com acréscimo de juros em suas parcelas.
Por isso mesmo, muitas vezes as pessoas acabam pagando por mais que o dobro do valor a prazo pelo imóvel que tanto sonhou.
O consórcio não dá acesso imediato ao bem, como acontece com o financiamento. Porém, também não faz cobrança de entrada e nem adiciona valor de juros nas mensalidades.
Fazer um consórcio de imóveis é bem simples. Antes de tudo, é preciso ter uma ideia do valor do imóvel que deseja comprar. Uma boa forma de identificar este valor é ter em mente a cidade ou bairro em que desejaria morar e consultar o valor médio do metro quadrado na região.
Você também pode consultar alguns sites que vendem diretamente imóveis, para ter um parâmetro do valor a prazo que precisaria para a compra da casa ou apartamento dos seus sonhos.
A partir do momento que se tem uma ideia do valor do imóvel que deseja adquirir, você pode fazer uma simulação no site da administradora de consórcio - como a Embracon, por exemplo, que há mais de 30 anos realiza os sonhos de milhares de brasileiros com o consórcio.
Para consórcio de imóveis, a Embracon trabalha com cartas de crédito de até R$ 500 mil, que podem ser divididas em até 240 mensalidades.
É você que determina o valor que pretende pagar pelo seu imóvel. O simulador é uma forma dinâmica de identificar qual o valor da sua mensalidade, levando em consideração o valor do bem que deseja obter e a facilidade de pagamento. O valor final já inclui as taxas relativas ao consórcio, como taxa de administração, que remunera a empresa de consórcio pela formação dos grupos, realização dos sorteios e entrega das cartas de crédito, e fundo de reserva, que garante que que o valor das cartas seja devidamente entregue, sem riscos.
Quanto a isso, é preciso ficar atento a algumas regras. O valor da mensalidade não pode ultrapassar 30% dos seus rendimentos mensais. Como isso funciona na prática?
Digamos que você queira investir em um imóvel de R$ 300 mil, e o valor da mensalidade fique em torno de R$ 2.500. Para conseguir arcar com este valor mensal de forma saudável, é necessário que seus rendimentos mensais sejam iguais ou maiores que R$ 7.500. As administradoras mantêm essa regra para evitar qualquer tipo de inadimplência.
A cada aniversário da cota, a administradora faz um reajuste no valor da mensalidade, considerando os índices inflacionários. Para o consórcio de imóveis, a base utilizada é o INCC (Índice Nacional de Custo de Construção). Com isso, ano a ano a parcela do seu consórcio pode ser alterada por conta da inflação. Essa alteração é diretamente refletida no valor da carta de crédito e, por consequência, desdobrada nas parcelas mensais.
O valor das mensalidades é extremamente importante para o funcionamento do consórcio, já que a modalidade é considerada uma forma de autofinanciamento.
Quando você fecha um contrato de consórcio, a administradora o coloca em um grupo. Esse grupo reúne outros consorciados com interesses parecidos com o seu - no caso, a maioria deve investir em consórcio de imóveis, por exemplo, com valores de cartas de crédito bem próximas.
O pagamento da mensalidade de cada integrante permite que o fundo comum tenha o valor suficiente para realizar as contemplações de duas formas: por meio dos sorteios mensais ou pela oferta de lance. Em qualquer uma das duas formas, é imprescindível que o consorciado mantenha suas mensalidades em dia, para que possa participar.
É importante lembrar que nenhuma administradora de consórcio pode garantir quando a contemplação pode acontecer para o consorciado.
No sorteio, por exemplo, precisa contar com a sorte, o que pode acontecer tanto nos primeiros quanto nos últimos meses de pagamento da cota.
Já a oferta de lance depende de outras variáveis. A seguir, vamos explicar como realmente funciona.
Como funciona o lance no consórcio de imóveis
O lance é um valor a mais que o consorciado pode oferecer com o objetivo de ser contemplado com antecedência com a sua carta de crédito.
Funciona da seguinte maneira: antes do dia da assembleia, o consorciado pode determinar o valor que deseja ofertar para ter acesso ao bem. Na maioria dos casos, as administradoras sugerem um valor acima de 10% da carta de crédito, para aumentar as chances de se ter um valor competitivo.
Em seu formato mais tradicional, o maior valor do lance permite a contemplação do consorciado. Porém, existem diversas modalidades de lance para tentar ser contemplado. Confira:
Lance livre
É o tipo mais conhecido de lance. Nele, o consorciado faz uma oferta dentro da Área de Clientes pelo bem que selecionou.
Este valor deve ser de, no mínimo, 10% do total da carta de crédito. Por exemplo: se o cliente estiver investindo em uma carta de imóveis de R$ 200 mil, precisa ter pelo menos R$ 20 mil de lance, para que seja caracterizado como um valor competitivo para contemplação. Se este valor for o maior da assembleia em que ele ofertou, ele é contemplado.
Lance fixo
Alguns grupos trabalham com a possibilidade de ofertar lance fixo. Funciona da seguinte maneira: a administradora determina um valor fechado, que corresponde a um percentual da carta de crédito.
Se for determinado que este percentual seja de 30%, significa que os clientes que investem em uma carta de consórcio de imóveis de R$ 200 mil, por exemplo, têm que oferecer R$ 60 mil como lance.
Como critério de desempate, a administradora pode utilizar o sorteio somente com os consorciados que ofertaram o lance. Cada grupo é responsável por estipular o valor mínimo de lance. Além disso, pode acontecer de, em alguns meses, esta opção não estar disponível dentro do grupo.
Lance embutido
Nessa modalidade de lance, o cliente pode utilizar parte da carta de crédito para oferecer como lance.
Na Embracon, este percentual é de 25%. Por exemplo, se o cliente estiver investindo em uma carta de crédito de R$ 300 mil para consórcio de imóveis, pode tentar o lance embutido para dar R$ 75 mil como lance. Se for contemplado, ele sai com uma carta de crédito de R$ 225 mil.
Essa possibilidade ajuda consorciados que querem ter acesso mais rápido à carta, mas não têm recursos para ofertar o lance.
Para ter acesso ao lance embutido, porém, é preciso consultar as regras do grupo. Muitos acabam excluindo essa possibilidade para não afetar o fundo comum e prejudicar os demais integrantes.
Uso do FGTS
No caso específico de consórcio de imóveis, você pode utilizar os recursos do FGTS (Fundo de Garantia de Tempo de Serviço) como oferta de lance.
Para isso, procure a Caixa, responsável por gerir o FGTS, e veja se está elegível para ter acesso ao fundo (lembrando que ele só pode ser utilizado para compra do primeiro imóvel).
Se a Caixa liberar, procure a administradora e registre o valor como oferta de lance. Para isso, é preciso tirar um extrato da sua conta com a assinatura do gerente e registrar o valor, para tentar a contemplação. O valor só é debitado se você for contemplado.
Contemplação do imóvel pelo consórcio
Independente da modalidade de lance, quando você é contemplado, o valor ofertado quita as últimas mensalidades do seu consórcio. Ou seja, o lance também é uma excelente opção para quem deseja antecipar o pagamento da sua cota de imóveis, com objetivo de ter acesso ao bem de forma mais rápida.
Seja via sorteio, seja via lance, após a contemplação o consorciado passa por uma nova análise de crédito realizada pela administradora. Nesse momento, são exigidos documentos e nova comprovação de renda.
Caso a mensalidade do consórcio ultrapasse 30% dos rendimentos mensais, a administradora pede a indicação de um devedor solidário, que compartilha a responsabilidade da cota e a dívida do consórcio. Converse com alguém de sua confiança para a indicação e explique todos os riscos, para evitar problemas posteriores.
Se as solicitações da administradora não forem devidamente atendidas, o consorciado corre o risco de perder o direito à contemplação e precisa voltar a participar das assembleias novamente. Vale lembrar que o dinheiro do lance só é efetivamente debitado após a aprovação da análise de crédito e dos documentos apresentados.
Quando o consorciado é contemplado, finalmente tem direito a receber o valor da carta de crédito. Dependendo do tempo em que está investindo na carta, o valor final pode ser um pouco diferente do originalmente contratado, devido aos reajustes mensais das parcelas.
Nesse momento, o consorciado precisa indicar o proprietário do imóvel que deseja adquirir. O valor da carta de crédito é integralmente transferido para o proprietário. Ou seja, isso significa que a carta tem poder de compra à vista, o que pode ajudar bastante na negociação na hora da compra.
Caso o valor da carta seja maior que o bem que deseja adquirir, é possível utilizar até 10% do saldo restante para despesas como documentações, transferência de propriedade, escritura de imóvel, entre outras burocracias. Mas, se o valor do bem for maior que a carta, não se preocupe: você também pode completar a transação com os seus próprios recursos.
Agora que você já sabe como funciona o consórcio de imóveis, vamos mostrar quais são as suas opções de compra com a carta de crédito.
O que posso comprar com consórcio de imóveis
Casa e apartamento são as opções mais óbvias quando falamos de consórcio de imóveis. Porém, é possível utilizar a carta de crédito para outras finalidades. Confira a seguir:
- Investir em um terreno: uma ótima opção para quem quer construir a casa da forma que realmente deseja, seja para moradia ou para aumentar patrimônio e alugar, por exemplo. Caso o consorciado queira construir um empreendimento, também é possível.
- Comprar apartamento na planta: existem ótimas oportunidades de se comprar um apartamento antes de sua construção. A vantagem é que você paga por um valor mais em conta no imóvel - mas precisa considerar custos posteriores com decoração, acabamento, entre outros detalhes. Com a carta de imóveis, você pode aproveitar essa oportunidade.
- Comprar imóvel já construído: para quem já tem a casa ou apartamento em vista e deseja utilizar a carta de crédito para essa finalidade. Uma ótima opção para quem já quer arrumar as malas e partir para a mudança assim que completar a transação.
- Investir em um imóvel comercial: também é possível utilizar a carta para comprar um ponto comercial ou até mesmo construir um do zero. Dessa forma, você pode garantir uma renda extra ou realizar o sonho de tocar o seu próprio negócio.
Para cada uma dessas opções, é necessário indicar o proprietário para a administradora, para que a transação seja feita. O consorciado só tem direito a receber o valor integral da carta de crédito 180 dias após a contemplação.
Vantagens e desvantagens do consórcio de imóveis
Agora que você conhece todos os detalhes do consórcio de imóveis, vamos mostrar as vantagens e desvantagens dessa modalidade.
Vantagens
Você define o valor da carta e das mensalidades
O consórcio é uma modalidade flexível, porque leva em consideração a saúde financeira dos interessados em comprar bens de alto valor.
Com o simulador, é o consorciado que define o valor da mensalidade e a quantidade de parcelas. O ideal é selecionar um valor que não te deixará apertado durante o pagamento, para não correr o risco de inadimplência.
Caso seja necessário rever o valor das mensalidades ou diluir mais as parcelas, você pode entrar em contato com a administradora, para que apresente novas opções.
Não há cobrança de entrada
Na grande maioria dos casos, as instituições financeiras exigem, pelo menos, 20% do valor de entrada do imóvel para facilitar sua compra.
Com o consórcio, este valor não é exigido: basta selecionar o total da carta de crédito em que deseja investir e começar a pagar as mensalidades do consórcio normalmente, enquanto a administradora define a criação dos grupos e realiza os sorteios mensais nas assembleias.
Você paga por um valor mais justo pelo bem
Com o consórcio, o valor a prazo do seu bem sai muito mais em conta do que o financiamento, por exemplo. Isso por conta da cobrança de juros: na modalidade de financiamento, com os juros compostos, o valor do seu bem pode custar mais que o dobro até o final da transação.
As administradoras cobram apenas algumas taxas relativas ao serviço que entregam. Em resumo, este valor não chega a mais que 20% do total do bem.
Colocando na ponta do lápis, se você começar a investir em um imóvel de R$ 400 mil, por exemplo, pode pagar, ao final, mais de R$ 800 mil por meio do financiamento. Já com o consórcio, com a inclusão das taxas, o valor pode chegar a R$ 480 mil, com o acréscimo dos reajustes, em que o consorciado paga a mais nas mensalidades, mas tem o retorno desse pagamento no valor final da carta de crédito.
Você escolhe como quer utilizar a carta de crédito
Por ser uma modalidade sem burocracias, o consórcio permite que o interessado escolha como quer utilizar a sua carta de crédito da maneira que desejar.
Como já mostramos, você pode construir um imóvel do jeito que sempre sonhou comprando um terreno e dando início às obras ou, se preferir, comprar um já decorado e construído.
Não é preciso decidir o imóvel assim que fecha o consórcio. Até a sua contemplação, você pode conferir as opções que mais têm a ver com você.
É possível quitar financiamento com o consórcio
Sabia que você pode investir em uma cota de consórcio com o objetivo de quitar um financiamento de imóvel?
Essa é uma ótima forma de evitar os juros que vêm nas parcelas restantes do seu financiamento.
Para isso, ao ser contemplado, basta indicar à administradora a instituição em que deseja quitar o seu patrimônio. O valor da carta de crédito é transferido de forma integral e deve servir para pagar a dívida por completo.
Você pode usar o FGTS como lance
Se você tiver um bom valor guardado de FGTS, pode se organizar para utilizá-lo como lance no consórcio de imóveis.
Para isso, basta fazer a oferta na Área de Clientes e tirar um extrato da sua conta da caixa, para comprovar a oferta. Se o seu valor for o maior, a administradora facilita para que você dê entrada junto à Caixa e possa ser contemplado de forma antecipada com a sua carta de crédito.
Não é preciso se prender ao valor final da carta de crédito
Pode acontecer de, na hora de escolher o seu imóvel para comprar, você tenha encontrado um com valor inferior à sua carta de crédito. Neste caso, é possível utilizar até 10% do total da carta para despesas burocráticas.
Se, mesmo assim, ainda tiver valor disponível na cota, é possível quitar parte do saldo devedor, para que você consiga antecipar o pagamento total do seu consórcio.
Caso o valor da sua carta seja insuficiente para a compra, converse com o proprietário e entenda as opções. As administradoras facilitam para que o interessado em comprar possa completar a transação com seus próprios recursos.
Portanto, independente do valor final do seu imóvel, o consórcio ajuda na realização do sonho de forma rápida e planejada.
Segurança na sua compra
O segmento de consórcio é fiscalizado pelo Banco Central (Bacen). Por isso, é importante selecionar uma administradora que tenha autorização para operar. Isso garante transparência na realização dos sorteios mensais, garantia a entrega das cartas de crédito no momento da contemplação e a certeza de que poderá investir seguramente na realização do seu sonho.
Todos os contratos entre as administradoras e os integrantes são regidos pela lei nº 11.795/2008, e isso acaba garantindo a segurança necessária para finalizar um negócio envolvendo o valor de uma casa, por exemplo. Confira o ranking do Bacen das administradoras confiáveis e escolha a que faz mais sentido para você - como a Embracon, por exemplo, que há mais de 30 anos ajuda as pessoas a realizarem seus sonhos por meio do consórcio.
Desvantagens
Assim como apresentamos as vantagens, vamos abordar um pouco das desvantagens do consórcio. Veja quais são elas.
Consórcio não dá acesso imediato ao bem
Por ser uma modalidade de compra planejada, o consórcio pode soar como uma experiência frustrante para quem deseja ter acesso imediato ao bem.
Isso porque, para a contemplação, é preciso participar dos sorteios mensais ou fazer a oferta de um lance. Independente da forma, nenhuma administradora pode garantir quando as contemplações realmente podem acontecer.
Consórcio dificulta transações imediatas
Caso se depare com uma oportunidade de compra de imóveis muito vantajosa, em que você queira comprar rapidamente, talvez o consórcio não seja para você.
A não ser que você já tenha sido contemplado e mantenha o valor guardado na administradora em busca dessa oportunidade, com o consórcio de imóveis o processo até a aquisição da carta depende de comprovação de renda, análise de documentos, entre outras burocracias. Tudo isso é realizado para garantir que a transação seja a mais segura possível tanto para o vendedor, quanto para o consorciado.
Atenção para quem paga aluguel
Se você mora de aluguel, mas quer realizar o sonho da casa própria por meio do consórcio, pode, sem problemas, começar a investir na sua cota.
Porém, até que seja contemplado, muito provavelmente você terá que arcar com os custos do aluguel e do consórcio. Embora seja uma opção difícil, sai bem mais em conta conciliar aluguel e consórcio do que aluguel e financiamento, por exemplo, que exige um valor mais elevado para obter aprovação da instituição financeira.
Você paga multa por desistência
Quando uma pessoa assina o contrato de consórcio precisa estar atento a alguns detalhes. Um dos mais importantes diz respeito ao cancelamento da cota.
O cancelamento é visto como uma quebra de contrato, porque coloca os demais integrantes do seu grupo de consórcio em risco. Afinal, quando um ou mais consorciados deixam de realizar os pagamentos mensais, põe em risco o fundo comum, que viabiliza as contemplações.
Para evitar que isso aconteça, as administradoras penalizam a quebra de contrato com multa. Caso o consorciado siga com o cancelamento, precisa participar dos sorteios, para que sua cota cancelada seja contemplada com a devolução dos valores pagos (já descontando a multa).
Por isso, caso esteja passando por algum tipo de dificuldade com o pagamento da sua cota, entre em contato com a administradora e avalie opções alternativas, como a flexibilização do pagamento ou transferência de propriedade da sua cota, por exemplo.
Agora que explicamos tudo sobre o aluguel e o consórcio de imóveis, abordando suas vantagens e desvantagens, vamos dar algumas dicas de como você pode se organizar para realizar o sonho de comprar o seu novo imóvel.
Dicas para fazer um consórcio de imóveis
Após analisar as vantagens e desvantagens do consórcio, ficou interessado na modalidade? A seguir, confira algumas dicas para se organizar para a compra do seu novo imóvel.
Avalie o que deseja comprar
Nessa etapa, é importante definir: o que você deseja com a compra de um imóvel?
Se a ideia for a compra de uma casa para proporcionar conforto para a sua família, provavelmente já sabe que precisa de um grande espaço em um bairro seguro e bem localizado. Mas, se a ideia é ter um apartamento menor, que comporte escritório para conciliar a sua vida profissional, bom, já estamos falando de outro perfil.
Ter em mente o que deseja comprar ajuda a tomar decisões mais assertivas na hora de determinar o valor da carta de crédito para o seu imóvel.
Entenda quanto pode investir por mês para a compra do imóvel
Agora que você sabe o que quer comprar, defina um valor justo para realizar esse investimento.
O ideal é que este valor seja 30% menor que seus rendimentos mensais, para não comprometer seus gastos correntes. Caso consiga guardar um montante superior a esse percentual, você pode investir parte do dinheiro para fazer a oferta do lance mais pra frente, por exemplo.
Faça uma simulação
Quando se tem uma ideia do quanto você pode gastar por mês para o consórcio e o tipo de imóvel que deseja comprar, fica mais fácil prosseguir com a simulação.
Com o consórcio de imóveis, você pode investir em cartas de até R$ 500 mil, que podem ser divididas em até 240 mensalidades. Caso queira investir em um imóvel com valor superior, você pode investir em mais de uma cota ao mesmo tempo. Só fique atento à soma das mensalidades das cotas, que não podem ultrapassar 30% dos seus rendimentos mensais.
Organize-se para o lance
Caso queira se organizar para ser contemplado de forma antecipada com o consórcio, você pode juntar dinheiro para fazer a oferta do lance quando se sentir mais confortável.
Na maioria dos casos, as administradoras exigem, no mínimo, 10% do total da carta, para que se tenha um valor competitivo de oferta. Também é possível utilizar os recursos do FGTS para essa finalidade, caso esteja investindo no primeiro imóvel.
Negocie a compra do imóvel
Como a carta de crédito dá poder de compra à vista, aproveite para fazer a melhor negociação possível na hora de escolher o imóvel que deseja comprar.
Se o valor do bem for maior que a sua carta, você pode negociar a forma com que deseja pagar o valor restante, com os seus próprios recursos.
Com liberdade, planejamento e boa organização, o consórcio se mantém como a modalidade mais flexível para a compra do seu novo imóvel.
Seja para a compra de uma casa ou apartamento mais confortável para sua família, ou para ampliar seu patrimônio e deixá-la como aluguel, o consórcio imobiliário tem tudo para te ajudar na conquista dos seus sonhos.
Faça uma simulação agora e comece, desde já, a investir no seu imóvel de uma forma que realmente vale a pena!